Faz muitos anos deixei a militância partidária, um
pouco por desencanto, outro pouco por necessidade de trabalhar mais e um
“poucão” por questões de saúde.
Não abandonei as posturas de esquerda nem o sonho do
socialismo, apenas me convenci da minha incapacidade – e da minha geração – em
produzir transformações profundas e necessárias na sociedade.
Optei então por exercer minha profissão com profunda
dedicação e estimular a criticidade dos alunos e alunas fazendo com que
buscassem, de maneira incessante, uma leitura atenta do mundo que os cerca,
função inerente aos saberes geográficos.
Por outro lado não abandonei meus princípios: defesa
intransigente dos mais frágeis e dos despossuídos, luta por justiça (naquela em
que acredito), prática permanente da solidariedade e sempre pensando nas
questões sociais em detrimento do lucro e do capital.
Por isso sempre participo do processo eleitoral,
mesmo que virtualmente, defendendo candidaturas mais à esquerda, embora com
críticas, tanto ao processo eleitoral – não suporto a ideia de ser obrigado a
votar e urnas eletrônicas –, quanto ao partido ou candidatos escolhidos.
Nestas eleições votarei em Dilma(13) – mais uma vez – para
presidenta. Claro que vou arrastar o Michel Temer de vice, são ossos do
processo. Considero esta opção como a mais viável para que se produzam mais
avanços no campo social. Aposto ainda que num eventual próximo mandato haja
mais atenção para com as minorias, mesmo por que precisamos estancar esse clima
de ódio que toma conta do país, e ainda uma regulamentação na área de
comunicação, pondo fim assim ao poder das poucas famílias que produzem e manipulam
informações. Ainda vale ressaltar a destinação uma fatia bem maior do orçamento para a educação.
Para senador meu escolhido é o Suplicy(131). Mesmo torcendo
o nariz para essa campanha que ele faz, com base no manual do escoteiro mirim,
na maioria das vezes omitindo as candidaturas de Dilma e Padilha. É uma voz
importante na defesa das minorias e dos Direitos Humanos.
Para governador vou de Padilha(13). Parece-me óbvio que São Paulo
elegerá Alckmin, mas isso é um caso para a psiquiatria.
Fui convencido por pessoas próximas a votar numa
jovem professora, Ana Lídia(1303),
para deputada federal. Com uma defesa clara do socialismo e com uma forte presença
da questão de gênero, seu discurso é fundamental para oxigenar o PT, sem contar
que a sua tenra idade aponta para uma renovação mais do que necessária. Conta muito o fato de ser professora, ou seja, coleguinha de profissão.
Depois de muito pensar, pesquisar e ouvir os amigos e
amigas, resolvi cravar o voto para deputado estadual no Renato Simões(13813). A sua atuação na
área de Direitos Humanos foi fundamental para a minha escolha. Nesse tempo em
que se alimenta o ódio contra minorias e grupos mais frágeis da sociedade,
tempo no qual a Polícia Militar de SP mata a torto e a direito, é fundamental a
presença de parlamentares como ele na Assembleia Legislativa.
Um comentário:
Estava perdidaço com relação a quem votar para o legislativo. Vou aproveitar suas duas sugestões.
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