Estou
impactado com a rapidez e a avidez com as quais formamos opiniões e divulgamos
informações.
Falo
do massacre cometido em Paris contra jornalistas da revista Charlie Hebdo.
Não
podemos aceitar assassinatos como os que foram cometidos em Paris, ou em São
Paulo, na Baixa Fluminense, na Faixa de Gaza, na Síria ou em Osasco. A morte de
seres humanos é repugnante, assassinatos cruéis são mais torpes ainda.
A
meu juízo, muitas das charges publicadas pela revista são desrespeitosas para com
os muçulmanos, católicos, judeus, enfim contra a religião e a fé das pessoas. Sempre
os ataques foram desferidos contra fatos e atos de religiosos, mesmo que
fazendo usos de símbolos sagrados dessas religiões, e não contra toda a
religião. Considero de péssimo gosto fazer isso. Eu não compraria tal revista.
Clique aqui
e veja uma pequena amostra dos trabalhos que a revista publicou.
Alguns
amigos tem acusado a publicação de racista, por causa de uma charge mostrando a
ministra francesa como uma macaca. Informações dão conta que a charge foi, na
verdade, uma crítica a Frente Nacional (partido de extrema direita) que havia
ofendido a Ministra. Clicando aqui
você lê texto sobre tais ofensas.
Algumas
situações despertam atenção dos leitores mais cuidadosos:
1)
Como
é que terroristas sob a vigilância do serviço secreto francês conseguem
desfilar, a luz do dia, de carro por Paris e armados até os dentes?
2)
Esses
mesmos terroristas estavam muito bem informados, pois sabiam dia, hora e local
da reunião de pauta da revista, mas toda essa competência e treinamento não
impediu que um deles “esquecesse” o documento de identificação no carro.
3)
O
massacre ocorreu no momento que uma onda xenófoba e islamofóbica varre a
Europa, ou seja, caiu com uma luva para a direita raivosa.
4)
Nenhum
grupo terrorista assumiu o massacre até agora. Que terrorismo é esse que não se
vangloria dos seus feitos?
5)
Convenientemente
a mídia noticia que os três suspeitos foram mortos, ou seja, caso resolvido.
Creio
na possibilidade de que tenham sido fanáticos que cometeram o massacre, mas
entre o que a gente acredita e a prova cabal do ocorrido vai uma distância
enorme.
Só
para lembrar tivemos um atentado tenebroso em Oklahoma (EUA) em 1995.
Imediatamente surgiram testemunhas, com apoio de imagens de câmeras de
segurança e do FBI, afirmando ter visto um árabe estacionado próximo ao prédio.
Mais de 160 mortos.
Descobriu-se
depois que os “terroristas árabes” eram, na verdade, cidadãos estadunidenses, militares,
cristãos e professavam a crença na “supremacia branca”.
Sobre
Oklahoma leia aqui.
Só
para terminar não me lembro de ninguém condenado “todos os cristãos” pelo ato
dos dois fanáticos.