30.10.10

Dilma 13!

Vou repetir o voto do 1º turno: Dilma!
Como escreveram no twitter outro dia: Dilma não é a candidata dos meus sonhos, mas Serra é o maior dos meus pesadelos!
A edição da revista Istoé que está nas bancas nos apresenta um comparação entre os governos do FHC e do Lula.
Embora reconheça enormes deficiências no atual governo, a comparação é uma goleada de Lula sobre FHC. Então, na minha forma de ver, votar em Dilma é sepultar definitivamente o discurso neoliberal que conduziu o governo FHC e a presença do PSDB e do DEM no cenário político Nacional.
Ao mesmo tempo significa derrotar a direita raivosa, presente nas igrejas, tanto católica quanto evangélica, e em "coisas" como a TFP, Monarquistas e outras anomalias anacrônicas que vimos colocar as manguinhas de fora durante a campanha.
Além dessas forças, votar em Dilma significa derrotar também o PIG - Partido da Imprensa Golpista - ativo como nunca na manipulação e invenções de crises nesta campanha.
Por isso meu voto vai para Dilma! O da minha esposa também.  Meu filho Jaime, com 10 anos, disse que também votaria em Dilma, por que ela é "idealista" e de esquerda e o Serra é um capitalista que só pensa em privatização e lucro.
Bom Dilma para todos!
Abaixo, alguns inforgráficos que copiei da Istoé, edição nº 2138 (clique sobre eles para ampliá-los):

29.10.10

Que raloim que nada!

A onda neoconservadora no discurso do PSDB

Quem refletir um pouco sobre a linha da campanha presidencial do PSDB neste ano de 2010, terá dificuldades em associar esta agremiação direitista a pessoas como Franco Montoro e Mário Covas.
A guinada neoliberal não é nova, mas o discurso conservador, que consegue angariar simpatias naquilo que há de mais atrasado na civilização contemporânea é.
Nunca imaginei ver um partido que se auto-intitulado socialdemocrata lado a lado com a TFP, instituições monarquistas e católicas que sentem saudades da Santa Inquisição.
Outra característica é o machismo!
José Serra usa e abusa do preconceito com Dilma nos enfrentamentos públicos, fala num tom que nunca ousaria usar se do outro lado estivesse um homem.
Quando foi defender o seu vice – o tal Índio da Costa – Serra disse que não via problema em ter amante, desde que a relação fosse discreta.
Somem-se a isso as declarações homofóbicas e temos o quadro que compõem o atual cenário peessedebista.
Alguém se lembra de ter ouvido tantas sandices numa outra campanha eleitoral?
Para coroar a campanha, segundo o UOL – Eleições, José Serra nos brindou com a seguinte fala ontem:
“José Serra com os tucanos Antonio Anastasia e Aécio Neves, em Uberlândia (MG)

“Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos. Pegue a lista de pretendentes e mande um e-mail. Fale que quem votar em mim tem mais chance com você”, pediu o presidenciável tucano, José Serra, diante de simpatizantes em Uberlândia (MG), nesta quinta-feira (28).”

Qual o real significado dessas palavras? O que ele quis dizer com isso?

24.10.10

A armação que pode vir nesta semana final

O Luiz Carlos Azenha, do ótimo Vi o Mundo, nos alerta sobre a possibilidade armações - das mais variadas - que poderão ocorrer nesta reta final da campanha eleitoral.
Leiam:

Alerta de quem é do ramo: a armação que pode vir nos dias finais de campanhapor

Luiz Carlos Azenha

O alerta é de um jornalista experiente, com amplos contatos na comunidade de informações, com arapongas e ex-arapongas.
Não nasce de um evento específico, mas de um encadeamento lógico de fatos: a campanha sórdida e subterrânea na internet, os panfletos apócrifos, as chamadas por robôs e a farsa de Campo Grande, onde o único ferido — realmente ferido — foi um militante petista com um corte no supercílio (que não apareceu no Jornal Nacional).
Vem da repetição de um padrão no telejornal de maior audiência: Dilma, agressiva; Serra, vítima. Um padrão que se manteve na noite deste sábado, quando a Globo omitiu o discurso do governador paulista Alberto Goldman em que ele sugeriu uma comparação entre Lula e Hitler (com menção ao incêndio do Reichstag), omitiu que militantes de PT fizeram um cordão de isolamento para que uma passeata tucana avançasse em Diadema e destacou o uso, por eleitores de Serra, de capacetes para se “proteger” das bolinhas de papel.
O colega, em seu exercício de futurologia, mencionou o Rio de Janeiro como o mais provável palco de uma armação, por dois motivos:

1) é onde fica a Globo;

2) é onde subsiste a arapongagem direitista.

Como lembrei neste espaço, anteriormente, foi assim o golpe midiático perpetrado em 2002, na Venezuela, retratado nos documentários A Revolução Não Será Televisionada e Puente LLaguno.
Parte essencial daquele golpe, que juntou militares insatisfeitos com a oposição em pânico e apoio maciço da mídia, foi a acusação de que militantes chavistas tinham atirado em civis desarmados, quando as 19 mortes registradas num confronto entre militantes das duas partes resultaram de tiros disparados por franco-atiradores e policiais de Caracas leais à oposição. Porém, foram semanas até que tudo ficasse claro para boa parte dos venezuelanos e para a opinião pública internacional.
O Brasil de 2010 não é a Venezuela de 2002, mas não custa ficar alerta.

23.10.10

Estou gravemente ferido!

Verdade!
Um pombo cagou na minha cabeça!
Isso aconteceu na Praça Getúlio Vargas, em Guarulhos, São Paulo.
O UOL e o Jornal Nacional filmaram tudo.
Será que eu consigo uma licença de uns dois dias por concussão cerebral?
O pombo vestia vermelho e só pude ver as primeiras letras de um cartaz que ele segurava: Dil...
Infelizmente a pancada foi muito forte, causou-me tonturas e náuseas, esses sintomas apareceram logo depois que recebi uma ligação no celular.
Vejam o local do crime hediondo:

11.10.10

Pérolas do José Serra

Vejam que singela a entrevista concedida por José Serra ao SPTV em 2006.
Prestem atenção ao pensamento do "jênio" sobre as questões educacionais, elas aparecem a partir dos 5'30", mas o mais brilhante aparece por volta dos 5'50".

5.10.10

Qual o problema com a candidatura do Tiririca?

Levei essa questão outro dia ao twitter. Muitas pessoas estavam revoltadas com a candidatura do palhaço.
Do ponto de vista legal e do jogo democrático ele tem todo o direito de se candidatar. Eu não votaria nele nunca, assim como não votaria em José Serra, Alckmin, Ana Paula Junqueira ou Maguila.
A razão é simples: não me sinto representado por nenhum deles!
O problema é que mais de 1.300.000 paulistas sentem-se representados pelo Tiririca, assim como 11.500.000 desejam que Alckmin governe São Paulo, dentre os quais eu não me incluo. Então vamos combinar: ou aceitamos e participamos do jogo ou ficamos fora dele. Não vale elogiar a democracia só quando o resultado nos agrada.
Ou será que alguns querem o retorno do voto censitário, quando só os “bons” opinavam?
O grande problema que vivemos neste processo é a despolitização do processo. A mídia não abriu espaço para discussão dos projetos, apenas lançou denuncias ao léu!
Por outro lado o PT e os seus aliados não responderam politicamente aos ataques, ancorados na vantagem que as pesquisas demonstravam. Erraram!
Também não se mobilizaram para responder adequadamente e politicamente aos ataques dos setores reacionários das igrejas, tanto a católica quanto a evangélica. Na minha modesta e inútil opinião nesse item ela perdeu mais do que 3% dos votos.
Aqui em São Paulo Mercadante seguiu o mesmo caminho. Agarrou-se a alguns slogans de gosto popular, como a tal “aprovação automática” e deixou o debate político de lado.
Espero que a campanha de Dilma não repita os mesmos erros no 2º turno. Poderá custar-lhe caro e também ao país, não escaparemos da bancarrota com mais 4 anos de tucanos na condução do Brasil.
Terá que ser ágil em responder às questões indigestas, como o aborto por exemplo. Mas fazê-lo do ponto de vista política e não dizer que o Serra também é. Não! É um direito da mulher, a sua criminalização é responsável por inúmeras mortes por ano além de enorme prejuízo aos cofres públicos.
As igrejas teem todo o direito de expressar sua opinião sobre este e outros fatos, mas o Estado e as políticas públicas não podem ser reféns desta ou daquela religião e muito menos o PT e sua candidata podem aceitar as ofensas e mentiras que padres, bispos, pastores e outros idiotas do mesmo porte tem publicado. Que paguem pelas suas mentiras de acordo com a lei!
Também não dá para assistir a truculência da mídia e não tomar nenhuma medida, dentro do jogo legal, contra os latifundiários da informação. Querem se apoderar das mentes das pessoas, vendendo a ideia de que a opinião publicada é a mesma que opinião pública. Não é!
Para isso a coordenação da campanha tem que atuar de maneira bem afinada com a blogosfera, lançando mão dos blogs sujos para difundir informações e também desmentir, com agilidade, as mentiras lançadas pela mídia ou pelos meliantes, que infestam a rede a soldo de determinados sujeitos políticos.
Sem essa prontidão a candidatura de Dilma corre o risco de ser derrotada e aí pobre do nosso país e pobres de nós!

Aborto é armadilha da direita

Excelente texto do Altamiro Borges, peguei no Blog do Miro!

Por Altamiro Borges

Nas manchetes dos jornalões e nos monólogos da televisão, a direita tenta forçar a candidatura Dilma Rousseff a discutir unicamente o tema do aborto. A mídia evita tratar dos grandes temas nacionais, das diferenças abissais de projetos entre os dois concorrentes no segundo turno, e se esforça para impor uma pauta carregada de ignorância, preconceitos e dogmas religiosos.
A armadilha é visível. Na campanha, Dilma tratou o tema como uma questão de saúde pública, evitando visões simplistas. Já o demotucano Serra até poderia ser mais facilmente prejudicado pelos preconceitos. Como ministro da Saúde de FHC, ele liberou o uso da “pílula do dia seguinte”. Em 1998, ele também foi demonizado pela cúpula da Igreja Católica por normatizar a realização do aborto nos casos previstos em lei. Agora, ele simplesmente foi poupado pela direita e sua mídia.

A demonização de Dilma
Entre as baixarias da campanha da direita, muitos avaliam que este tema foi um dos responsáveis pelas surpresas nos últimos dias do primeiro turno – queda de Dilma Rousseff, identificada com as lutas feministas, e crescimento de Marina Silva, evangélica e conservadora. Serra, blindado pela mídia, acabou se beneficiando da polêmica travada entre as duas candidatas mulheres.
O jogo sujo foi pesado. A Regional Sul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que contempla São Paulo, divulgou documentonas missas em que “recomenda encarecidamente” que não se vote em Dilma por ser “contra a vida”. Pela internet, um culto da Igreja Batista de Curitiba, visto por quase 3 milhões de pessoas, mostra cenas fortes de fetos mortos e despedaçados e o pastor pedindo que não se vote na petista, que “defende o aborto e o casamento gay”.

Campanha fascista de boataria
O impacto desta boataria foi corrosivo. Marcelo Déda, reeleito em Sergipe, garante que “a queda de Dilma e o crescimento de Marina no final se deveu ao recrudescimento do fundamentalismo religioso. É o efeito do púlpito nas igrejas”. No mesmo rumo, Eduardo Campos, reeleito em Pernambuco, afirma que “nos últimos 15 dias, especialmente, houve uma campanha fascista de boataria”. O senador Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, lembra que “o pastor pode ter dificuldade para conseguir votos dos fiéis. Para tirar voto, o efeito é inverso”.
Apesar de vários alertas – o blogueiro Rodrigo Vianna foi um dos primeiros a advertir sobre os estragos nas bases católicas e evangélicas –, a comando de campanha de Dilma, sempre muito hermético, não percebeu o efeito nefasto da onda de boatos. Agora, finalmente ele reconhece que subestimou o tema. “Foi uma campanha perversa, com inverdades sobre o que penso, o que digo. Vamos fazer um movimento no sentido de esclarecer com muita tranqüilidade nossas posições... A gente percebeu tarde, mas percebeu”, explica a candidata.

Da cegueira ao exagero
O comando de campanha afirma agora que a reconquista destes votos passou a ser prioridade no segundo turno. Ou seja, de um extremo ao outro – da cegueira ao exagero. De fato, é necessário esclarecer a sociedade, principalmente os setores religiosos mais conservadoras. Mas este não é o principal tema da campanha, nem sequer para os movimentos feministas mais lúcidos. Deve-se evitar a armadilha imposta pela direita. O que está em debate na sucessão é o futuro do Brasil.