21.4.11

Taiguara

Gostaria muito que as novas gerações conhecessem Taiguara, mas sua música não toca no rádio, para a mídia é como se os dois estivessem mortos.
Vale visitar a página www.taiguara.com.
A qualidade do som não é grande coisa, a imagem também não, mas o conteúdo vale ouro!

20.4.11

FHC abre a boca e só fala besteira

Nesta semana FHC voltou à ribalta. Espaço o tal sociólogo sempre tem com a grande mídia. Dentre muitas baboseiras escreveu que seu partido deveria preocupa-se apenas com os "homens bons", deixando os pobres de lado. Só faltou defender a volta do voto censitário!
Cláudio Lembor, um liberal conservador e lúcido escreveu um belo texto no Terra Magazine.
Confiram abaixo a íntegra do texto:

Palavras mal proferidas

Cláudio Lembo
De São Paulo

A última semana foi farta em acontecimentos político-partidários. Lançamento de novo partido. Finalização por Comissão do Senado de parecer sobre a Reforma Política. Só estes fatos bastariam para preencher a pauta de todos os veículos informativos. Houve mais, porém. As lideranças políticas - vivas e mumificadas - disseram o que queriam e ouviram o que não queriam.
Um texto político é muito diverso de um trabalho acadêmico. Neste as idéias devem jorrar sem qualquer limite. É a criação. Indica, por vezes, novos caminhos. Abre perspectivas. Novas veredas para o conhecimento.
O documento político, por seu turno, deve receber forte cuidado de seu autor. Com suas idéias ele está envolvendo toda a militância de sua agremiação e pode ferir sensibilidades da sociedade.
É, pois, imperdoável para o líder político equivocar-se nas palavras ou escrever descuidadamente. No mínimo demonstra profunda soberba e total desrespeito a seus pares. Muitos são os temas na sociologia contemporânea suportados em aspectos político-partidários das sociedades democráticas. Grandes espaços do mundo - dentre eles a América Latina - conheceram a plenitude das práticas democráticas há menos de cinqüenta anos.
Ingressar em terminologia chula para se referir ao conjunto do coletivo eleitoral é barbarizar as instituições e desrespeitar a cada eleitor em particular. Não há, na nossa legislação, o voto censitário. Aquele que dividia o eleitorado de conformidade com sua capacidade contributiva ou os bens que possuía.
A República adotou o voto universal, abandonando as velhas práticas da monarquia. Todo eleitor conta com um voto de igual peso ao de todos os demais eleitores. No momento atual, paira no ar uma vontade de retorno ao passado por parte de alguns políticos. Um divide o eleitorado de conformidade com visões elitistas.
Outros desejam retomar ao sistema de lista fechada. Este perdurou durante o Império e se transformou em instrumento de extinção das oposições. A situação tornou-se tão insustentável que, em determinado momento, D.Pedro II resolveu por instituir listas incompletas. Desta forma, permitia-se a eleição de representantes oposicionistas.
Apesar da experiência existente na História eleitoral pátria, alguns dos atuais legisladores parecem desconhecer o passado ou não se preocupar com os exemplos recolhidos por nossos antepassados.
Quando os tenentes de 1930 chamaram Assis Brasil para elaborar o novo Código Eleitoral, examinaram todos os contextos da sociedade e só depois editaram o novo diploma legal. A sociedade alterou-se profundamente nestes últimos oitenta anos, mas os princípios reformistas dos revolucionários daquela época mostram-se capazes de recolher as grandes mutações sociais.
Inseriram, por exemplo, na legislação nacional o voto feminino. Na época, era conquista que atingia a poucas mulheres. No entanto, hoje, qualquer estudioso de temas eleitorais, sabe que o voto da mulher é essencial para a conquista de vitórias eleitorais. Neste longo intervalo de tempo, aconteceu a Revolução Tecnológica. Basta aproximá-la da Revolução Industrial e se captarão todas as novas situações surgidas ou por surgir.
A Revolução Industrial destronou a burguesia e deu espaço aos trabalhadores. Permitiu a concepção de partidos socialistas e o surgimento do comunismo. Hoje, a Revolução Tecnológica contém elementos ainda mais explosivos no espaço social. Deverá levar a individualismo sem precedentes na História. Fragilizara as religiões tradicionais. Conduzirá a um hedonismo acentuado.
Tudo isto leva a um mundo novo, onde alguns constatam a crise dos intelectuais e das velhas elites. Esgotaram-se as formas clássicas de fazer política. Não há espaço para príncipes expor - sem censura - suas opiniões. Todos somos iguais nesta grande aurora. As palavras, em sua forma clássica, encontram-se no ocaso

Respeito é bom...

Esta vaga não é sua nem por um minuto from Bruno Siqueira (malha) on Vimeo.

17.4.11

Aprendendo com exemplos

Dentre os educadores sempre discutimos a questão do aprendizado por meio de exemplos.
Essa pedagogia é elementar, está associada ao desenvolvimento do indivíduo e não somente a escolarização. 
É fundamental para ensinar valores como ética, honestidade, respeito ao coletivo etc.
Por isso é essencial que os pais forneçam exemplos decentes às crianças, assim como as figuras públicas -  como professores, artistas, atletas de renome ou políticos - devem fornecer esses exemplos a toda a sociedade.
Isso deve ocorrer sem causar prejuízo a individualidade e a privacidade dessas pessoas públicas.
Por isso é de causar estranheza a atitude do senador Aécio Neves que negou-se a fazer o teste do bafômetro, conforme noticiado pela imprensa no dia de hoje - clique aqui para ver a notícia.
Além de negar-se a dar provas do cumprimento da lei, ou seja, provar que não havia ingerido álcool além da conta, o senador estava dirigindo com sua habilitação vencida.
Sabemos que tais desobediências são comuns no nosso país, são fatos do cotidiano dos policiais e fiscais de trânsito, mas não se espera isso de um senador que acaba de lançar-se como principal baluarte da oposição ao governo Dilma.

8.4.11

Rose Nogueira

No capítulo de ontem da novela Amor e Revolução - SBT - o depoimento final coube a jornalista Rose Nogueira.
Emocionante e de causar muita revolta.
Sobre Rose Nogueira recomendo também a leitura de um excelente artigo no Blog Escrevinhador, de autoria do Rodrigo Vianna, contando a história dela na Folha da Tarde - que ela cita no início do depoimento que foi ao ar ontem.
Clique aqui para ler o artigo.

7.4.11

Amor e Revolução

Fato incomum aqui neste blog: vou elogiar uma novela!
Estreou na terça-feira no SBT a novela Amor e Revolução. Pela primeira vez a TV apresenta ao grande público uma novela com a temática envolvendo a ditadura militar de 1964. É verdade que a Globo apresentou Anos Rebeldes nos anos 1990, mas não era novela.
Nos dois primeiros capítulos o excesso de didatismo atrapalhou o ritmo da trama. Ou isso ou os atores jovens não estão habituados a linguagem televisiva.
A ficção acompanhada de momentos dramáticos da quartelada - como o incêndio criminoso da sede da UNE (União Nacional dos Estudantes) no Rio de Janeiro -, tem a missão de mostrar um pouco deste momento triste da nossa história.
Gostei muito dos depoimentos finais, como faz Benedito Ruy Barbosa nas suas tramas globais. O primeiro de autoria da Amélia Telles foi impressionante. O de ontem à noite foi mais intenso ainda, com relatos horripilantes.
Espero que essa trama seja bem sucedida.
Abaixo os vídeos dos dois depoimentos iniciais: