23.1.23

Genocídio

Em face dos crimes cometidos pelo governo anterior muitos se apegam as questões semânticas para justificar o injustificável, assim não querem que chamemos de terroristas os vândalos que destruíram os prédios públicos da praça dos 3 Poderes em Brasília no último dia 8 e nem de genocídio o que aconteceu ao povo Ianomami nos últimos quatro anos.

Não vou perder nosso tempo com essas sutilezas do idioma, mas gostaria de recorrer à definição de uma das expressões citadas: genocídio.

“Genocídio é a eliminação sistemática e intencional de um grupo por meios ativos (aplicação de forças que resultem na morte) ou passivos (negligência e negativa de prestação de assistência). Em geral, os grupos vítimas de genocídios apresentam indivíduos com ligações étnico-raciais, de nacionalidade e religiosas.

O extermínio desses grupos acontece por conta de fatores discriminatórios que consideram a existência dos indivíduos daquele grupo algo tão insignificante a ponto de ter sua extinção “permitida” na visão dos genocidas”

Fonte: Mundo Educação. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/genocidio.htm>. Acesso em 23/01/23.

Ante tal definição não resta dúvida sobre como chamar o que aconteceu nas terras do Povo Ianomami.

Foram inúmeros pedidos de socorro por parte dos nativos, endereçados a ministros e outras autoridades, ignorados, seguidos por medidas que agravaram a situação daquele povo.

Essa política foi anunciada pelo ex-presidente durante sua campanha, ou seja, quem votou nele concordou com a ação criminosa.

Há toda uma cadeia de responsáveis diretos pelo ocorrido: presidente da república, vice-presidente – que acompanhava de perto a agonia da floresta e seus povos – a ministra Damares, os ministros Ricardo Salles, Moro, a Funai e os agentes econômicos interessados em eliminar os povos originários (garimpeiros ilegais, pecuaristas, madeireiros etc.).

A morte de 570 crianças e o sofrimento causado pela malária, além de outras doenças, foi resultado da omissão deliberada do governo, da negação da FUNAI (militarizada e evangélica) em atendê-los, da supressão de verbas destinadas à saúde indígena, ou seja, um autêntico GENOCÍDIO.

 

2 comentários:

AÇÃO AMBIENTAL disse...

Desumano e típico de facistas...

Bebel disse...

Neste momento é um dos acontecimentos mais triste do nosso País. Uma vergonha perante aquele brasileiro que tem sentimento de amor ao próximo de verdade.