O Brasil tem apresentado dados assustadores em relação à violência contra as mulheres. Os casos de feminicídio se avolumam e nos colocam numa triste posição em relação ao panorama mundial.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Direitos Humanos ocupamos o 5° lugar nesse vergonhoso indicador e o UOL informa
que ocorre um feminicídio a cada 7 horas no país. Vivemos uma verdadeira
epidemia.
O que leva um homem a agredir a companheira?
Qualquer causa é injustificável, mas o machismo que
estrutura nossa sociedade, seja nas dentro de casa, seja nas empresas, na
política e na emissão desvairada de opiniões estapafúrdias de autoridades – como
orgulhar-se dos filhos machos e chamar a mulher de fraquejada – estimulam tais
violências.
Algumas medidas tomadas nos últimos anos sinalizam para
a tentativa do Estado de interferir nessa questão, como a Lei Maria da Penha de
2006. (Clique aqui
para ver um vídeo sobre a criação dessa Lei)
Embora tenha sido um grande avanço e considerada como
uma lei a ser seguida por outros países ela não foi suficiente para que os crimes
fossem evitados.
É comum que parte das vítimas tenham conseguido medidas
protetivas que, na verdade, mostram-se ineficientes para conter os agressores.
Como mudar tal situação é a indagação mais comum
quando discutimos esses crimes.
Penso que, em primeiro lugar, precisamos de um
processo educacional, começando na idade pré-escolar, antimachista e de
incentivo a tolerância.
Exigir a aplicação das leis com rigor, para isso é
necessário que se faça um processo de educação das autoridades policiais e
judiciais, com foco no combate ao machismo.
Aprimorar todos os mecanismos contidos na Lei Maria da
Penha e incentivando sistemas de orientação como os coletivos feministas,
buscando incentivar o protagonismo das mulheres.
Combater de forma implacável as manifestações machistas
de comunicadores e autoridades.
São medidas iniciais e por isso devemos começar nas
escolas, pensando no médio e longo prazo e, no curto prazo, ampliar as Delegacias
das Mulheres.
Para ajudar nessa reflexão compensa ler essa matéria
de autoria Ireuda Silva, publicado no Nexo Jornal, é só clicar aqui para ter acesso.