31.8.09
Blog do Planalto
Claro que devemos lê-lo com um cuidado: é a versão oficial! Mas, como temos a versão da oposição na Veja, Folha, Estadão etc. nada como um bom contraponto.
Boa leitura.
30.8.09
O ex-ladrão que virou professor
O ex-ladrão que virou professor
Fora da escola, achou a literatura
26.8.09
Dilma x Lina: mais uma crise fabricada
- Não passam de factóides. Não passam de uma farsa.
Sobre a suposta manobra contábil que ganhou asas e virou fato quase inquestionável, diz o ex-Secretário da Receita Federal de FHC:
-É farsa, factóide... a Petrobras tem ABSOLUTO DIREITO (NR: Destaque a pedido do entrevistado) de escolher o regime de caixa ou de competência para variações cambiais, por sua própria natureza imprevisível, em qualquer época do ano. É bom lembrar que a opção pelo regime de caixa ou de competência não repercute sobre o valor do imposto a pagar, mas, sim, a data do pagamento. Essas coisas todas são demasiado elementares.
Sobre o suposto encontro entre a também ex-secretária da Receita, Lina Vieira, e a ministra Dilma, o líder do DEM ataca avaliação de Maciel:
- É a opinião dele, que é técnica. A opinião dele é técnica e não abrange a conotação política que o Brasil todo está interessado em esclarecer. (...) Não se trata de uma avaliação técnica, mas política que deve ser feita no campo político e por políticos.
25.8.09
Capão Redondo: quando a justiça funciona
Não foi fácil olhar aqueles rostos, lágrimas tentavam cobrir o vermelho que a fumaça trouxe.
perder tudo é falar bobagem, perderam o pouco que tinham.
800 famílias.
um terreno partícular.
a justiça em ação, nesses casos ela funciona, o terreno vai voltar para o proprietário, que por tanto tempo nunca foi lá usar.
tinha mais de 500 policiais.
Vai um grande salve pros bombeiros, que mesmo sem a água chegar, fizeram o possível para os moradores não perderem mais, muitos sairam passando mal intoxicados, também tinha uma equipe fiminina da PM que veio trazer água pra gente e leite, lição de humildade em meio ao caos.
Se quiser ver as fotos da praça de guerra, é só clicar aqui.
Moradores de rua tocam fogo na revista Veja
24.8.09
Negro agredido no Carrefour, motivo: acusado de roubar o próprio carro
Esse post eu "roubei" do Boteco Sujo, clique aqui para visitá-lo. Texto oportuno, ainda mais num momento em que vários personagens, como um tal de Ali Kamel, insistem em dizer que não existe racismo no Brasil.
Dez motivos para não comprar no Carrefour
1. Espanca negro que dirige EcoSport.
2. Discriminou os atores de "Cidade de Deus"...
3. ...mas fez acordo com os traficantes de verdade para "terceirizar" sua segurança.
4. Dizem que agride crianças...
5. ...e também não gosta de homossexuais.
6. Na França, foi flagrado vendendo carne vencida.
7. Comprava roupas de Bangladesh produzidas em condições insalubres.
8. É acusado de matar ladrão de coxinha...
9. ...e de transformar uma barra de cereal em caso de polícia...
10. ...mas já comprou carga roubada dos grandes ladrões.
21.8.09
19.8.09
Marina Silva não é mais do PT
18.8.09
Carta aberta à companheira Marina Silva
17.8.09
15.8.09
14.8.09
A Globo bate na Record
Marina da Silva vai para o PV
14/08/2009 10:11:47
13.8.09
Como era de se esperar...
12.8.09
Até tu, Marina Silva?
A senadora é uma legítima petista, do tempo que a utopia guiava o partido e a ideia era fazer política de um jeito diferente, com participação das bases e sem personalismos.
A construção do partido e a sua chegada aos diversos cargos executivos mostraram que entre o que se diz e o que se faz há uma diferença enorme.
Algumas honrosas exceções marcaram essa época: o recentemente falecido deputado federal Adão Pretto – clique aqui para saber quem ele foi – e a senadora Marina da Silva.
Alguns outros que mereceriam destaque foram-se para outras legendas.
Sinceramente, pensei que a senadora abandonaria o partido quando perdeu a queda de braço para o Mangabeira Unger e o pessoal do agronegócio na condução da política ambiental para a Amazônia.
Ali Lula cometeu uma enorme traição, mais uma, às históricas bandeiras do PT e daqueles que seguiram com ele na caminhada até o Planalto.
Ela manteve-se serena.
Diante das movimentações desta semana não sei o que pensar.
Tenho enorme respeito e admiração por Marina Silva, mas migrar para o PV? Partido associado aos tucanos, liderado por um fanfarrão do porte do Gabeira em nada vai acrescentar à sua biografia.
Pior se sair candidata à presidência da república por esse saco de gatos, supostamente de plataforma verde.
Tem razão quem diz que se isso acontecer ela fortalecerá a oposição mais reacionária, encarnada por DEM-PSDB.
Por outro lado, como continuar sua batalha dentro do PT?
Alguns articulistas defendem que ela force uma prévia, mobilizando o partido e talvez rejuvenescendo-o com tal atitude.
Poderia ser a portadora de uma enorme discussão interna, inclusive retomando as questões da democracia e da participação das bases na condução do partido.
Penso apenas que ela não deve cair no personalismo e despolitização da luta política, o que, sem sombra de dúvida, acontecerá se migrar para o PV e candidatar-se a presidência da república.
Às vezes tenho recaídas utópicas!
11.8.09
Pela extinção do Senado
A necessária proporcionalidade entre as unidades da Federação está mantida na Câmara dos Deputados, conforme já demonstrei aqui.
Concordo plenamente com as análises de Luis Nassif – clique aqui para ler – que aponta um golpismo tucano nessa onda moralista. Querem destituir Sarney para apoderar-se da direção do Senado, assim ficaria mais fácil combater o candidato do presidente Lula em 2010.
No entanto, isso não é impeditivo para considerar a extinção pura e simples do Senado da República. Proposta, aliás, defendida por Eduardo Suplicy na sua primeira eleição, salvo traição desta frágil memória.
Hoje, no Terra Magazine, li uma entrevista com o presidente da OAB defendendo que se abram processos por quebra do decoro parlamentar contra os 81 senadores.
Ótimo!
Assim poderemos separar o joio do trigo, se é que há trigo por ali.
Clique aqui para ler a entrevista com Cézar Britto.
10.8.09
Desses grampos telefônicos a grande mídia não reclama
SENTENÇA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS EVIDENCIA PARCIALIDADE DA JUSTIÇA E CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Nesta quinta-feira, dia 06 de agosto de 2009, a Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA divulgou a sentença do caso “Escher e outros Vs Brasil”, na qual condena o Brasil pelo uso de interceptações telefônicas ilegais em 1999 contra associações de trabalhadores rurais ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná. O Estado brasileiro foi considerado culpado pela instalação dos grampos, pela divulgação ilegal das gravações e pela impunidade dos responsáveis.
A polêmica em torno de escutas telefônicas é atual. Há menos de um ano, denúncias de grampo nas investigações da Polícia Federal ao banqueiro Daniel Dantas causaram reações indignadas no Congresso, e nos poderes Executivo e Judiciário. Recentemente, a divulgação das gravações sigilosas do filho de José Sarney causou polêmica e resultou em uma medida judicial que proibiu a veiculação das conversas. A sentença divulgada hoje evidencia o fato de que, no Brasil, setores da Justiça e da classe política se comportam de maneira distinta em função dos atores envolvidos.
A denúncia à OEA foi feita em dezembro de 2000 pelo MST, pela Justiça Global, pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), pela Terra de Direitos e pela Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP). Amanhã (07), os peticionários irão solicitar uma reunião com o Conselho Nacional de Justiça, Ministério da Justiça e das Relações Exteriores, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Câmara dos Deputados, Governo do Paraná, Tribunal de Justiça do Paraná para discutir a implementação da sentença.
DESCRIÇÃO DO CASO
Em maio de 1999, o então major Waldir Copetti Neves, oficial da Polícia Militar do Paraná, solicitou à juíza Elisabeth Khater, da comarca de Loanda, no noroeste do estado, autorização para grampear linhas telefônicas de cooperativas de trabalhadores ligadas ao MST. A juíza autorizou a escuta imediatamente, sem qualquer fundamentação, sem notificar o Ministério Público e ignorando o fato de não competir à PM investigação criminal. Durante 49 dias os telefonemas foram gravados. A falta de embasamento legal para determinar a escuta demonstra clara intenção de criminalizar os trabalhadores rurais grampeados.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná convocou uma coletiva de imprensa e distribuiu trechos das gravações editados de maneira tendenciosa. O conteúdo insinuava que integrantes do MST planejavam um atentado à juíza Elisabeth Khater e ao fórum de Loanda. O material foi veiculado em diversos meios de imprensa, o que contribuiu para o processo de criminalização que o MST já vinha sofrendo.
O CONTEXTO
O caso aconteceu durante o governo de Jaime Lerner no Paraná, em meio a um processo violento de perseguição aos trabalhadores rurais e aos movimentos sociais paranaenses. Autoridades e ruralistas se uniram em uma campanha que resultou em um aumento dos índices de violência no campo no estado e que, através do uso da máquina do Estado, possibilitou atos de espionagem e criminalização contra trabalhadores organizados. Durante a “Era Lerner”, foram assassinados 16 trabalhadores rurais no estado.
O caso das interceptações telefônicas no Paraná é exemplo emblemático de um processo de criminalização dos movimentos sociais que se intensifica a cada dia no Brasil. É notável a articulação feita entre setores conservadores da sociedade civil e do poder público para, através do uso do aparelho do Estado, neutralizar as estratégias de reivindicação e resistência das organizações de trabalhadores. Em setembro de 2000, o Ministério Público do Paraná, através da promotora, Nayani Kelly Garcia, da comarca de Loanda, emitiu parecer que afirma categoricamente que as ilegalidades no processo do caso das interceptações telefônicas “evidenciam que a diligência não possuía o objetivo de investigar e elucidar a prática de crimes, mas sim monitorar os atos do MST, ou seja, possuía cunho estritamente político, em total desrespeito ao direito constitucional a intimidade, a vida privada e a livre associação”.
A SENTENÇA
O Brasil foi condenado a realizar uma investigação completa e imparcial e a reparar integralmente as vítimas pelos danos morais sofridos em decorrência da divulgação na imprensa das conversas gravadas sem autorização.
A Corte Interamericana da OEA considerou que:
O Estado violou o direito à vida privada e o direito à honra e à reputação reconhecidos no artigo 11 da Convenção Americana de Direitos Humanos, em prejuízo das vítimas dos grampos;
O Estado violou o direito à liberdade de associação reconhecido no artigo 16 da Convenção Americana, em prejuízo das vítimas, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra;
O Estado violou os direitos às garantias judiciais e à proteção judicial reconhecidos nos artigos 8.1 e 25 da Convenção Americana em prejuízo das vítimas a respeito da ação penal seguida contra o ex-secretário de segurança do Paraná, da falta de investigação dos responsáveis pela primeira divulgação das conversas telefônicas e da falta de motivação da decisão em sede administrativa relativa à conduta funcional da juíza que autorizou a interceptação telefônica.
Na sentença, a Corte Interamericana determina que o Estado deve:
indenizar as vítimas dentro do prazo de um ano;
como medida de reparação, realizar um ato público de reconhecimento de responsabilidade internacional com o objetivo de reparar violações aos direitos à vida, à integridade e à liberdade pessoais;
investigar os fatos que geraram as violações;
publicar a sentença no Diário Oficial, em outro jornal de ampla circulação nacional e em outro jornal de ampla circulação no Estado do Paraná, além de em um sítio web da União Federal e do Estado do Paraná. Determinou um prazo de seis meses para os jornais e dois meses para a internet;
O Estado deve restituir as custas dos processos;
O Estado deverá apresentar um relatório do cumprimento da sentença no prazo de um ano. A Corte supervisará o cumprimento íntegro da sentença e só dará por concluído o caso quando o Estado cumprir integralmente a sentença.
Espero que o Estadão, Folha e o resto da turma não considerem a OEA como instrumentalizada pelo “lulo-petismo” ou subvencionada pelo petróleo do Hugo Chávez.
7.8.09
Torcendo para que os podres apareçam no Senado
Minha esperança é que, ao sair ferido, o acusado jogue tudo no ventilador, de uma única vez.
Já não é de hoje que defendo a extinção pura e simples do senado. Não é por ranhetice ou moralismo udenista, mas sim por uma questão de respeito aos cidadãos e a democracia. No bicameralismo não faz nenhum sentido!
Estranha-me o silêncio ensurdecedor da maioria dos senadores tidos como honestos. Parece-me que todos temem alguma coisa. Terão o rabo preso?
Torci muito para Collor falar o que sabe. Talvez assim o Pedro Simon também falasse e aí o Renan abrisse o bico, fazendo com que o Tasso...
Já pensaram no estrago?
Seguem imagens – por enquanto aperitivo – deste sonho:
Educação, ainda falta muito em toda a América Latina
6.8.09
O que está acontecendo no RS?
MP Federal pede afastamento da governadora Yeda Crusius
5.8.09
Conhecendo o twitter
No momento estou seguindo um pessoal muito legal, ligado ao jornalismo, além de amigos de profissão, alunos e ex-alunos.
A experiência está sendo boa, pena que toma muito tempo.
Assuntos que estão bombando hoje: crise no Senado, entrevista do Serra ao Jô ontem à noite e uma campanha contra a homofobia.
Claro que os mais jovens usam para dizer que foram ao banheiro, ao shopping etc. e tal. Também parece ser um território habitado por muitos solitários – isso é impressão, não tenho base científica para tal afirmação.
Estou por lá: proftoni.
3.8.09
Os interesses econômicos que sustentam o golpe em Honduras
Honduras tem muito petróleo, conforme mostraram as prospecções feitas por uma empresa norueguesa há um ano, a pedido do presidente Zelaya. O presidente deposto acionou judicialmente as empresas estadunidenses que vendiam petróleo caro a seu país e se juntou ao grupo Petrocaribe, criado pela Venezuela. O projeto de Zelaya para a nova Constituição previa que os recursos naturais de Honduras não poderiam ser entregues para outros países. O artigo é de Frida Modak, ex-secretária de imprensa do presidente Salvador Allende.
2.8.09
TV Brasil, uma TV que respeita o público
Clique aqui para ler o editorial do Estadão de hoje.
Aqui você lê o editorial da Folha e uma excelente reflexão do Marcelo Salles do Fazendo Media.
Imagino que varias coisas deverão ser corrigidas ao longo do tempo, a característica deste meio não permite a estagnação.
Por outro lado, nas poucas chances que tive de vê-la, tenho assistido programas de alta qualidade, inovadores e que dificilmente estariam numa TV comercial.
Destaco o programa comandado por Ancelmo Gois e Vera Barroso. Acabo de assistir a reprise do programa da semana, o tema era a anistia. Sensacional!
Como disse a blogueira Maria Frô no Twitter: melhor fechar a Folha de S.Paulo.
Caso queira conferir a programação é só clicar aqui.
1.8.09
Cidadania, a gente se vê por aqui
Vendem a imagem de gente boa com muita criatividade e com campanhas dispendiosas.
Quando o exercício pleno da cidadania se faz necessário, omitem-se.
Além de cidadania a imprensa tem certas obrigações, implícitas e explícitas, que não podem ser abandonadas.
Não vou voltar a falar do sensacionalismo do tratamento dado a “gripe suína”, mas sim da ausência de uma manifestação cidadã, principalmente das redes de TV.
Com a penetração que tem no território nacional poderiam, facilmente, transformar-se no maior instrumento de prevenção da influenza A junto à população.
E onde estão nossos publicitários, premiados no mundo inteiro por sua excelência e criatividade?
Estava hoje imaginando peças publicitárias – com animações e algum senso de humor, se possível – instruindo a população a lavar as mãos, proteger boca e nariz com o lenço ao tossir e espirrar, evitar aglomerações etc.
Que tal o Maurício de Souza ceder o Cascão e toda a Turma da Mônica para este grande empreendimento?
Já imaginaram tais peças sendo vistas por milhões de brasileiros nos intervalos das novelas, jogos de futebol, programas de variedades que inundam manhãs e tardes do brasileiro?
Este deveria compor o papel social da TV – e da mídia de forma geral – que está declarado na Constituição e que os proprietários dos impérios tanto falam.