12.11.22

O mercado que se dane!

Falar em matar a fome e diminuir as desigualdades sociais causa enorme desconforto ao “mercado”.

Mas quem é esse mercado afinal de contas? É a Bolsa de Valores? São os banqueiros? É o mercadinho da esquina?

 

Como nos ensinou Maria da Conceição Tavares: existe uma grande diferença entre os economistas e os tecnocratas. Esses analistas preocupados com o mercado, sejam economistas ou jornalistas, não passam de tecnocratas, que não conseguem ver a importância da justiça social na construção da nação.

Fui perguntar ao Google quem era esse tal mercado e ele não me deu uma resposta convincente.

Só sei dizer que o “mercado” ficou nervoso quando o Lula disse que o teto de gastos não está acima do direito das pessoas a ter “café da manhã, almoço e janta”. E aí foi mais ou menos o fim dos tempos: a bolsa de valores caiu e o dólar subiu.

Pode-se resumir em uma palavra: especulação! Mais riqueza para os muito ricos e mais dureza para a classe média e os pobres.

E o jornalismo econômico, com raras exceções, segue a onda, advogam sem parar o respeito ao teto de gastos, só falta dizer que tem que “esperar o bolo crescer para distribuir pedaços fartos mais tarde”, como fez um antigo mago dos economistas da ditadura.

Mas esse mesmo mercado não ficou nervoso, ou tenso, com as diatribes de Paulo Guedes, o falecido posto Ipiranga. Não se abalou com os quase 700.000 mortos pela pandemia de COVID-19 e nem se coçou com os seguidos anos de rompimentos do tal teto no governo moribundo.

Aliás, também não vi reação, virulenta ou branda, quanto a proposta de deputados estaduais de São Paulo de reajustar o salário do governador (secretários e demais cargos comissionados) em 50% para o governo que tomará posse em 2023.

Mas bastou Lula falar em cumprir a sua principal promessa de campanha para o mundo desabar.

 

3.11.22

Na luta contra o fascismo a democracia marcou seu primeiro gol

Estamos nos aproximando do fim de um triste período da nossa história republicana, com pouco republicanismo.

Em alguns setores a mentira, agora apelidada de fake news, tem prevalecidos e assistimos cenas patéticas, ou assustadoras, a depender da percepção do espectador.

Adultos usam crianças como escudo em protestos, ilegais, contra o resultado das urnas. Inventam supostas prisões, às vezes do Lula, presidente eleito, às vezes de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo que conduziu com maestria o processo eleitoral.


Rodovia Castelo Branco – 1/11/22. - TV Globo

As narrativas se acumulam e o ridículo e a cafonice da nossa classe média salta aos olhos, tanto de quem tem, pelo menos, dois neurônios em funcionamento como para o público do exterior.

Enquanto isso Lula, o presidente escolhido pela maioria, trabalha sem descanso, mesmo sendo sua posse apenas primeiro de janeiro de 2023.

O trabalho de reconstrução será gigantesco.

Este não será um governo petista, assim como não foram os de Lula e Dilma, pois contaram com forças políticas diversas, caminhando sempre para o centro político, mas com a inserção do povo mais pobre.

Desta vez a diferença é a própria campanha eleitoral, que de início incorporou amplos setores da sociedade que perceberam o risco da escalada fascista na nossa sociedade.

A habilidade do presidente Lula será a fiadora da participação desses setores no governo, mas será preciso que se coloque claramente para a sociedade sob quais condições isso acontecerá.

Precisamos recuperar a política e a credibilidade dos políticos e isso demandará tempo, paciência e sabedoria.

As instituições precisarão ser recuperadas, deixando claro que elas pertencem ao estado brasileiro e não ao governo a ou b.

Aqui a torcida organizada do Corinthians fazendo o serviço que caberia  à Polícia Rodoviária Federal: desmanchar um bloqueio criminoso!


O novo governo também deverá clarear para a sociedade que não cabe às religiões interferirem nas questões de Estado.

São tantas coisas a serem feitas que o trabalho será hercúleo e precisaremos da união do campo progressista, sob a liderança do presidente Lula, para fazê-las.


22.10.22

Contribuições bolsonaristas para a eliminação dos pobres

 Este governo desunamo quer acabar com os pobres, atirando-os na lata do lixo, não oferecendo as oportunidades de acesso à educação, saúde, renda e moradia.

Veja um resumo:



12.10.22

Casos de família: a luta contra o fascismo num momento crucial

O segundo turno se aproxima e dos votos dos eleitores teremos o resultado que vai determinar o projeto de nação que seremos.

De um lado a democracia e o respeito aos indivíduos e a proteção aos mais fracos e do outro os defensores da ditadura, tortura, do preconceito e da morte.

Carregamos quase 700.000 mortos pela pandemia.

Nesse período vimos pessoas morrendo por falta de oxigênio e muitos por falta de vacinas, enquanto o (des)presidente da república (assim mesmo, com letras pequenas) e seus asseclas riam e se divertiam com a morte.

O país se dividiu e minha família – numerosa família de nordestinos que há muito tempo residem no Sudeste – também.

Somos todos trabalhadores. Professores e professoras, funcionários de universidades, policiais, engenheiros, pequenos proprietários, bancários, profissionais de TI etc. Mas todos são trabalhadores, uns com um bom padrão de renda e outros lutando com mais dificuldades.

Pois bem, também nos dividimos.

Divisão marcada pela fake News e pelo fanatismo religioso.

Como é normal numa família tão numerosa não tenho contato próximo com todos os parentes, até porque muitos moram em outras cidades, principalmente no interior de São Paulo e outros moram em bairros distantes na capital mesmo.

Então a pregação fascista desses me entristeceu, mas o mecanismo foi simples: bloque nas redes sociais!

Mas outras pessoas eram muito próximas e, nesse caso, o sentimento é de luto. Primos com os quais compartilhamos ótimos momentos de vida, festas de final de ano, aniversários e encontros diversos me trouxeram um sentimento de luto.

É como se tivesse perdido uma pessoa amada para sempre.

Não posso conviver com quem defende a tortura. Com quem acha que uma pessoa preta vale menos do que uma pessoa branca ou que uma mulher é fruto de uma fraquejada e que merece ganhar menos do um homem porque engravida. Que tem em professores e cientistas seus inimigos pessoais. Que discrimina pessoas trans.

Dentre estes que me enlutaram existem pessoas com bom nível de instrução formal, pessoas por quem eu nutria profundo respeito e muito carinho.

Divergência de opinião é normal e bacana, mas não posso aceitar o fascismo como opinião.

Aqui jaz uma pessoa ferida pela política, que sempre foi minha paixão.

Mas tem suas compensações. Tenho um grupo no WhatsApp com o nome de “Florianos com Lula 2022”; meus pais, ele com 80 e ela com 78 anos, estão firmes no 13; minhas irmãs e sobrinhos também e, aqui em casa, eu e minha companheira de vida temos nos apoiados mutuamente nos momentos de tristeza.

Minha felicidade maior está na convicção política do meu filho, jovem estudante de engenharia no interior de São Paulo.

Isso pra não falar dos amigos, todos eleitores convictos, embora nem todos petistas, do Lula e do Haddad aqui em São Paulo.


22.9.22

chegou a Primavera


Aí vem o Sol do Equinócio da Primavera - https://www.panoramio.com/photo/79262512 - Autor: Cláudio Oliveira Lima

 A primavera chegou e com ela uma possibilidade razoável de elegermos Lula no primeiro turno.

Junto com ele, teremos que eleger uma bancada progressista para que consigamos tirar o país desse lamaçal no qual estamos mergulhados.

Ler o noticiário é um permanente exercício de sofrimento. Mentiras oficiais, agressões, atentados e disparates proferidos pelo coisa ruim e seus seguidores é o que mais aparece.

Às vezes me bate um desalento, mas também uma esperança de dias melhores.

O movimento de artistas e intelectuais nas redes sociais é emocionante. O apoio a democracia só cresce, vindo dos mais diferentes endereços.

Ainda falta Ciro Gomes, mas esse parece ser muito difícil, está tomado de rancor e ódio ao PT e ao Lula.

 

  


19.9.22

Renasce a esperança!

Temos um hino pra eleição de 02/10!

É como se a esperança reacendesse um chamamento para a reconstrução da nossa frágil democracia.

É muito bom ouvir vozes tão lúcidas e ver parte do país irmanado na missão de eleger Lula e uma grande bancada progressista para a nova legislatura do Congresso.

É preciso desfazer tudo que esse governo fez e fazer uma grande faxina na sociedade.

Não se pode admitir preconceitos, de quaisquer tipos.



  

16.9.22

Solidariedade a Vera Magalhães, mas está faltando a autocrítica

O que aconteceu com a jornalista Vera Magalhães no debate entre os governadores é inadmissível, não podemos aceitar, seja qual for o ângulo de análise. 

Devemos prestar toda nossa solidariedade a ela.

Clique aqui para ver o vídeo do absurdo.

Mas, como mencionou Milly Lacombe precisamos tentar entender o cenário que tornou tal episódio possível. Basta clicar aqui para ler o que escreveu a jornalista.

A mídia brasileira precisa fazer sua autocrítica, algo que ela pede com sofreguidão ao PT, por exemplo.

Talvez precisem se espelhar no que afirma o youtuber Felipe Neto, que afirmou em vídeo recente que se enganou quando fazia críticas ácidas ao Lula e ao PT. Ou ao ReinaldoAzevedo, que cunhou o termo “petralha” e percebeu, em tempo, a armadilha da Lava Jato.

Vera Magalhães não fez nada disso, continua com sua postura arrogante e teima em não aprender com os fatos recentes.

Sua louvação a Lava Jato e sua devoção ao juiz parcial Sérgio Mouro é constrangedora.

A forma como sempre se referiu a presidenta Dilma, carregada de preconceito e desinformação é de causar vergonha alheia.

Seria ela uma pessoa ingênua? Como ocorre com jornalistas que saem da faculdade, sedentos por construir uma carreira nesse mundo competitivo?

Não é caso. Ela já tem muita experiência, afinal com quase 50 anos de vida e uma carreira desenvolvida em grandes veículos de comunicação essa alegação não cabe.

Faltou-lhe inteligência? Não é possível, uma pessoa que ocupa posições de entrevistadora ao vivo não teria a longevidade que ela tem como âncora/entrevistadora.

Então o que sobra como alternativa para justificar as ações dela no passado recente, tão bem delineadas no texto de Milly Lacombe?

Deixo tal julgamento para quem desejar fazê-lo.

14.9.22

Eles poderiam estar vivos


Documentário mostra por que Bolsonaro foi responsável por mais da metade das mortes na pandemia Campanha de financiamento coletivo: https://apoia.se/elespoderiamestarvivos

Em “Eles Poderiam Estar Vivos”, cineasta mostrará que a estratégia da imunidade de rebanho por contágio, defendida pelo governo federal, gerou centenas de milhares de mortes desnecessárias Como teria sido a pandemia no Brasil se o governo Bolsonaro não tivesse agido deliberadamente para aumentar a transmissão do novo coronavírus? O documentário “Eles Poderiam estar Vivos” mostrará que o país poderia ter sido referência no combate à Covid-19, mas a estratégia do governo federal de imunidade de rebanho por contágio nos levou a quase 700 mil mortes. Financiamento coletivo O filme é totalmente independente e está sendo financiado por meio de uma campanha de financiamento coletivo (https://apoia.se/elespoderiamestarvivos)
O dinheiro arrecadado será usado para finalizar o longa, que tem previsão de lançamento para antes das eleições. “Quanto antes melhor“, ressalta Gabriel. “Preciso contratar um produtor, editores, montadores e designers gráficos”, explica. Redes sociais do filme: https://twitter.com/ElesVivos
Campanha de financiamento coletivo: https://apoia.se/elespoderiamestarvivos


 

10.9.22

Imbrochável!

Durante a ditadura cívico-militar tivemos generais boçais ocuparantes da cadeira de presidente da república que preferiam o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo.

Veio a redemocratização e com ela o governo Sarney. Diga o que quiser sobre ele e suas jequices, mas ele sabia respeitar a liturgia do cargo. Não me ocorre lembrança dele desrespeitar uma autoridade estrangeira ou falar barbaridades em seus pronunciamentos.

Depois veio o Fernando Collor, que durante a campanha eleitoral afirmou que tinha “aquilo roxo”. Vergonha alheia, mas que caiu como uma luva para o eleitorado dele, machista e necessitado de permanente autoafirmação.

A propósito, presenciei uma discussão num ônibus e o machão briguento afirmou para o cobrador que tinha aquilo roxo. Um gaiato, no fundo do ônibus gritou: então corta, porque gangrenou!

Com o impeachment do caçador de marajás, vice-rei de Alagoas, assumiu a presidência da república o Itamar Franco, que ficou famoso por três coisas: ressuscitar o Fusca, criar o plano Real e ir ao camarote presidencial no carnaval acompanhado por uma modelo com a perereca exposta.

Com FHC, Lula e Dilma a sexualidade dos presidentes parou de ser manchete de jornais, mas voltou com o golpista Temer, que teve seu tratamento de uretra mostrado em horário nobre e sua virilidade elogiada por Roberto Jefferson, que afirmou que só num homem viril seria possível tal doença.

Mas eis que surge o boçal maior da República. O atual (des)presidente, que sempre cantou suas “virtudes sexuais” em entrevistas, fossem elas com as galinhas na tenra infância ou como comedor de gente com dinheiro público, usa o 7 de setembro para afirmar - sem que ninguém tivesse perguntado -, sua imbrochabilidade!

 O desqualificado que ocupa a cadeira da Presidência da República não se cansa de dar vexames, desde os mais graves, como a demora na aquisição de vacinas e a compra de107 imóveis, alguns deles em dinheiro vivo, até esse coro digno da 5ª Série A, dizendo-se imbrochável.

Fico imaginando a dificuldade da imprensa estrangeira em explicar para o seu público leitor o significado da expressão e a importância dela nas comemorações dos 200 anos de Independência do país.

Parece que não há limites para o fundo do poço!

8.9.22

Qual independência?

O Brasil nunca foi independente, sempre tivemos “donos”, fossem as metrópoles ou as elites locais, associada aos colonizadores.


E, para piorar, nossas elites nunca tiveram um projeto de nação, sempre preocupadas com a exploração do povo e contentes com as migalhas que caem da mesa dos colonizadores.

Basta olhar com atenção para nossa história, que é sempre marcada pelo entreguismo e pela espoliação do povo.

Foi assim na Independência, pela qual indenizamos os portugueses, comprando a independência de Portugal e nos enredando com a Inglaterra, para depois passarmos a esfera de dominação dos EUA.

Também a Proclamação da República foi um acerto feito pelas elites, tendo o povo apenas como massa de manobra

E assim sucessivamente, com golpes de estado aqui e acolá, com a violência das armas e o servilismo das Forças Armadas sempre que os avanços do campo popular chamavam a atenção.

Prevaleceu sempre o atraso da elite agrária sobre o projeto de nação.

Quando conquistamos alguns avanços eles são contidos por articulações escrotas, foi assim no governo João Goulart, quando o Brasil foi interrompido pela ditadura cívico militar de 1964, foi assim com os tímidos avanços dos governos petistas no início deste século.

Assim vai o Brasil, padecendo sob o jugo das elites, juntamente com a América Latina, onde hoje prevalecem os golpes patrocinados pela máquina judiciária, travestindo o que sempre fizeram com o poder das armas por uma pretenda legalidade.

É as desculpas se aprimoram. Em 1964 era a ameaça comunista, agora é a ameaça da conquista de direitos por parte da imensa maioria. Antes eram as igrejas, o rádio e os jornais contra o comunismo, agora são as fake news, ou melhor dizendo as mentiras propagadas pelas redes sociais

2.9.22

Sobre educação política

Não me entendam mal, mas, às vezes, sinto saudades das aulas de OSPB. Não a matéria criada pela ditadura, mas aquela que se lecionava nas escolas pública no final dos anos de 1980, especialmente do livro assinado pelo Frei Beto, conforme mencionado no texto abaixo.



Em 2016 publiquei nesse blog o texto abaixo, que trata da necessidade de educação política nas escolas, além dos outros espaços coletivos.

Claro que hoje teríamos outros espaços para essa educação, mas a ideia continua presente.

Enquanto não construirmos um sólido conhecimento na área estaremos suscetíveis aos governos como este que nos apavora e que tantas coisas ruins têm produzido na sociedade.

 

Educação política 

Vivemos uma crise na nossa sociedade. Penso que essa crise tenha começado aí por volta de 1500.

Agora ela está totalmente exposta, seja na política de alta rapinagem seja no cotidiano.

Do deputado safado ao flanelinha que pratica extorsão, passando pelo árbitro de futebol que arruma os resultados dos jogos em benefício de alguns apostadores.

Não é, portanto, uma crise política apenas. Às vezes tenho a impressão de que as pessoas que reclamam, a maioria pelo menos, o fazem por não se beneficiar das maracutaias.

Por outro lado, percebo uma dificuldade muito grande em imputar as responsabilidades pertinentes, mesmo por parte daquelas pessoas razoavelmente informadas e com bom nível de educação formal.

A educação política acontece, prioritariamente, dentro dos sindicatos, partidos políticos, ONGs, associações comunitárias, centros acadêmicos etc. e com o próprio amadurecimento do indivíduo.

É fácil perceber, no entanto que o individualismo presente no nosso modo de vida afasta as pessoas dessas instituições participativas.

Entendo que a ação política, o exercício da cidadania, independe da escolarização, mas, por outro lado, sinto que a escola poderia contribuir decisivamente com a formação política dos nossos jovens.

Não no aspecto partidário, mas no conhecimento da Constituição, por exemplo, assim como dos demais aspectos legais da defesa do cidadão, do conjunto de deveres e direitos pertinentes ao exercício da cidadania, além da história dos partidos políticos, do sindicalismo, do movimento estudantil, enfim das inúmeras oportunidades que, ao longo da história, fizeram do povo protagonista do seu próprio destino, sem depender dos heróis, fabricados ou verdadeiros.

Talvez uma disciplina escolar, calcada nas relações interdisciplinares, que retome o que havia de bom numa matéria imposta pela ditadura militar, OSPB (Organização Social e Política Brasileira), que foi brilhantemente reformulada numa coleção didática escrita por Frei Betto. Teríamos então um grande encontro da História e da Geografia, mediado pelo Português, com o apoio das outras disciplinas escolares para, num esforço conjunto, oferecer ao aluno possibilidades de leitura do mundo que o capacite ao pleno exercício de sua cidadania, entregando-lhe um arsenal adequado para a leitura da grande mídia sem cair na armadilha do sensacionalismo barato das notícias frugais.

Temas como crise política, reforma política, América Latina, ambiente, mídias, saúde (física, mental, sexual), enfim um amontoado de temas que, repito, em conjunto com as outras disciplinas escolares, poderia ser abordado de acordo com os anseios da comunidade escolar e do contexto que lhe diz respeito.

Claro que tal proposta não pode se distanciar de uma melhoria no sistema educacional, com melhores salários e capacitação para os profissionais envolvidos na sua execução.

Texto publicado em 2/09/2016

29.8.22

Debate na Band

Ontem foi dia do primeiro debate entre os candidatos à presidência da república na Rede Bandeirantes, que organizou o evento junto com a TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo.

Não me agrada o formato desses debates, parecem-me muito engessados, com limite de tempo muito severo, mas, sinceramente, não sei qual modelo seria mais interessante.

Lembrei-me de outros debates, como aquele que reuniu políticos brilhantes as vésperas das eleições de 1989: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Leonel Brizola (PDT), Paulo Maluf (PDS), Roberto Freire (PCB), Affonso Camargo (PTB), Aureliano Chaves (PFL), Ronaldo Caiado (PSD), Mário Covas (PSDB) e Guilherme Afif Domingos (PL). Fernando Collor (PRN) e Ulysses Guimarães (PMDB).

Grandes frasistas, alguns com as marcas das oligarquias que lhe deram origem, com Brizola e Lula afiadíssimos e Maluf como o herdeiro da ditadura militar que estava acabando, era mais interessante do que os de hoje.

Ontem estiveram presentes os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe d’Ávila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil). Nenhum deles com o brilho dos políticos que estavam presentes em 1989, inclusive Lula.

Na minha visão Lula jogou pelo empate, o que pra ele já serve. Como líder nas pesquisas eleitorais qualquer bate-boca seria desgastante,

A desvantagem nas pesquisas obrigou o Bolsonaro a partir para o ataque, mas tentando se resguardar de ataques adversários.

Simone Tebet saiu ganhadora, mas o que isso significa? Acho que nada. Em razão do adiantado da hora e do formato engessado do debate o máximo que ela vai conseguir é firmar-se como "terceira via".

O "professor" Felipe D'Ávila é um zero à esquerda e continuou com esse papel, já a Soraya Thronicke fez um treino razoável, preparando-se para futuras empreitadas.

O Ciro Gomes, sobre o qual se depositava enorme expectativa, se controlou, o que é ruim para o espetáculo e, assim como o Lula, parecia travado, não brilhou como de costume nos debates e entrevistas.

Os entrevistadores foram bem, estranhei o nervosismo do Leão Serva, diretor de jornalismo da Cultura, parecia que ia ter um trem.

O ponto alto foi Vera Magalhães. A jornalista que se esmerou em atacar o PT e Lula nos últimos anos, sendo sempre uma ardorosa defensora de Moro e cia., sofreu um ataque gratuito do atual presidente. Ela vem sendo chamada de esquerdista nas redes bolsonaristas e Bolsonaro, irritado com a pergunta sobre vacinas, partiu para o ataque.

Jornalistas de vários veículos foram às redes sociais para prestar solidariedade a jornalista.

No mesmo esquema Bolsonaro também atacou Simone Tebet. Esta lhe respondeu como ele merecia ser respondido.

Não sou analista político, mas arriscaria dizer que Bolsonaro foi o que mais perdeu e Simone Tebet a que se saiu melhor da refrega.

Aguardemos os próximos capítulos!

Ontem foi dia do primeiro debate entre os candidatos à presidência da república na Rede Bandeirantes, que organizou o evento junto com a TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo.

Não me agrada o formato desses debates, parecem-me muito engessados, com limite de tempo muito severo, mas, sinceramente, não sei qual modelo seria mais interessante.

Lembrei-me de outros debates, como aquele que reuniu políticos brilhantes as vésperas das eleições de 1989: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Leonel Brizola (PDT), Paulo Maluf (PDS), Roberto Freire (PCB), Affonso Camargo (PTB), Aureliano Chaves (PFL), Ronaldo Caiado (PSD), Mário Covas (PSDB) e Guilherme Afif Domingos (PL). Fernando Collor (PRN) e Ulysses Guimarães (PMDB).

Grandes frasistas, alguns com as marcas das oligarquias que lhe deram origem, com Brizola e Lula afiadíssimos e Maluf como o herdeiro da ditadura militar que estava acabando, era mais interessante do que os de hoje.

Ontem estiveram presentes os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe d’Ávila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil). Nenhum deles com o brilho dos políticos que estavam presentes em 1989, inclusive Lula.

Na minha visão Lula jogou pelo empate, o que pra ele já serve. Como líder nas pesquisas eleitorais qualquer bate-boca seria desgastante,

A desvantagem nas pesquisas obrigou o Bolsonaro a partir para o ataque, mas tentando se resguardar de ataques adversários.

Simone Tebet saiu ganhadora, mas o que isso significa? Acho que nada. Em razão do adiantado da hora e do formato engessado do debate o máximo que ela vai conseguir é firmar-se como "terceira via".

O "professor" Felipe D'Ávila é um zero à esquerda e continuou com esse papel, já a Soraya Thronicke fez um treino razoável, preparando-se para futuras empreitadas.

O Ciro Gomes, sobre o qual se depositava enorme expectativa, se controlou, o que é ruim para o espetáculo e, assim como o Lula, parecia travado, não brilhou como de costume nos debates e entrevistas.

Os entrevistadores foram bem, estranhei o nervosismo do Leão Serva, diretor de jornalismo da Cultura, parecia que ia ter um trem.

O ponto alto foi Vera Magalhães. A jornalista que se esmerou em atacar o PT e Lula nos últimos anos, sendo sempre uma ardorosa defensora de Moro e cia., sofreu um ataque gratuito do atual presidente. Ela vem sendo chamada de esquerdista nas redes bolsonaristas e Bolsonaro, irritado com a pergunta sobre vacinas, partiu para o ataque.

Jornalistas de vários veículos foram às redes sociais para prestar solidariedade a jornalista.

No mesmo esquema Bolsonaro também atacou Simone Tebet. Esta lhe respondeu como ele merecia ser respondido.

Não sou analista político, mas arriscaria dizer que Bolsonaro foi o que mais perdeu e Simone Tebet a que se saiu melhor da refrega.

Aguardemos os próximos capítulos!

Ontem foi dia do primeiro debate entre os candidatos à presidência da república na Rede Bandeirantes, que organizou o evento junto com a TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo.

Não me agrada o formato desses debates, parecem-me muito engessados, com limite de tempo muito severo, mas, sinceramente, não sei qual modelo seria mais interessante.

Lembrei-me de outros debates, como aquele que reuniu políticos brilhantes as vésperas das eleições de 1989: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Leonel Brizola (PDT), Paulo Maluf (PDS), Roberto Freire (PCB), Affonso Camargo (PTB), Aureliano Chaves (PFL), Ronaldo Caiado (PSD), Mário Covas (PSDB) e Guilherme Afif Domingos (PL). Fernando Collor (PRN) e Ulysses Guimarães (PMDB).

Grandes frasistas, alguns com as marcas das oligarquias que lhe deram origem, com Brizola e Lula afiadíssimos e Maluf como o herdeiro da ditadura militar que estava acabando, era mais interessante do que os de hoje.

Ontem estiveram presentes os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Felipe d’Ávila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil). Nenhum deles com o brilho dos políticos que estavam presentes em 1989, inclusive Lula.

Na minha visão Lula jogou pelo empate, o que pra ele já serve. Como líder nas pesquisas eleitorais qualquer bate-boca seria desgastante,

A desvantagem nas pesquisas obrigou o Bolsonaro a partir para o ataque, mas tentando se resguardar de ataques adversários.

Simone Tebet saiu ganhadora, mas o que isso significa? Acho que nada. Em razão do adiantado da hora e do formato engessado do debate o máximo que ela vai conseguir é firmar-se como "terceira via".

O "professor" Felipe D'Ávila é um zero à esquerda e continuou com esse papel, já a Soraya Thronicke fez um treino razoável, preparando-se para futuras empreitadas.

O Ciro Gomes, sobre o qual se depositava enorme expectativa, se controlou, o que é ruim para o espetáculo e, assim como o Lula, parecia travado, não brilhou como de costume nos debates e entrevistas.

Os entrevistadores foram bem, estranhei o nervosismo do Leão Serva, diretor de jornalismo da Cultura, parecia que ia ter um trem.

O ponto alto foi Vera Magalhães. A jornalista que se esmerou em atacar o PT e Lula nos últimos anos, sendo sempre uma ardorosa defensora de Moro e cia., sofreu um ataque gratuito do atual presidente. Ela vem sendo chamada de esquerdista nas redes bolsonaristas e Bolsonaro, irritado com a pergunta sobre vacinas, partiu para o ataque.

Jornalistas de vários veículos foram às redes sociais para prestar solidariedade a jornalista.

No mesmo esquema Bolsonaro também atacou Simone Tebet. Esta lhe respondeu como ele merecia ser respondido.

Não sou analista político, mas arriscaria dizer que Bolsonaro foi o que mais perdeu e Simone Tebet a que se saiu melhor da refrega.

Aguardemos os próximos capítulos!

24.8.22

Prof.ª Juliana

Está na hora de fazer escolhas!

Gostaria de apresentar a candidatura a deputada estadual da Prof.ª Juliana, vereadora da cidade de Americana, uma jovem liderança do Partido dos Trabalhadores.

Voz progressista solitária na Câmara dos Vereadores da cidade tem demonstrado que com trabalho, persistência e apoio da população é possível melhorar a vida das pessoas.

Ter uma pessoa como a Prof.ª Juliana na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo significará uma enorme esperança de  melhoria no estado de SP, com práticas políticas verdadeiras, aquela política que visa apenas o bem estar da população.

Veja um pouco da sua trajetória:



19.8.22

O que significa ser político?


Fonte: https://medium.com/virada-pol%C3%ADtica/14-iniciativas-que-est%C3%A3o-virando-a-pol%C3%ADtica-e-voc%C3%AA-precisa-conhecer-942287dd9f98

Ser político é algo inerente ao próprio ser humano.

Conviver é um ato político, assim como relacionar-se com outros seres humanos, seja no trabalho ou na vida pessoal.

Vivemos fazendo escolhas, nem sempre as melhores, mas sempre as possíveis. Às vezes damos com os burros n’água, outras acertamos. Isso é fruto de decisão política.

Há uma tendência de demonizar a política e os políticos. Mas isso é um equívoco.

Dentro do nosso sistema de governo, a tal democracia representativa, todos os políticos são escolhidos por voto direto do povo, então o erro está, em primeiro lugar, em quem escolhe.

Claro que precisamos aperfeiçoar os critérios de escolha, mas não há outro caminho no momento que não esse, o da democracia representativa.

Precisamos primeiro cumprir o que está escrito na Constituição Federal. A busca incessante da justiça social e da diminuição das desigualdades devem orientar as ações políticas, mas como explicar isso ao eleitor?

Em 02 de outubro próximo vamos votar para Presidente da República, que chefiará o poder Executivo Federal nos próximos quatro anos, os governadores das 27 unidades da federação, também com mandato de 4 anos, um Senador por unidade da federação com mandato de 8 anos, além de deputados federais e estaduais, com mandatos de quatro anos.

Você sabe qual a função de cada um desses cargos? Como são escolhidos? Quanto custa cada um deles para a população?

Vamos tentar responder essas questões nas próximas postagens,

 

15.8.22

Voto obrigatório é um desserviço à democracia

Em abril de 2008 publiquei um texto contra o voto obrigatório. O tempo passou, mas continuo com a mesma opinião: voto obrigatório é uma anomalia!

Não é possível que, em pleno século XXI, as pessoas sejam obrigadas a exercer um direito. Isso causa, a meu ver, enorme distorção no sistema de representação política.




Fiz alguns recortes de contextualização no texto original:

A obrigatoriedade do voto é uma anomalia que precisa ser corrigida imediatamente, deveria ser item prioritário da Reforma Política, aquela prometida faz tempo e que nunca acontece.

Obrigar o indivíduo, sob coação, a fazer algo não pode ser encarado como exercício de um direito.

Tal obrigatoriedade fragiliza um dos principais elos do exercício político: o partido!

O partido político além de disputar o poder, o que é legítimo, deveria também preocupar-se em educar o cidadão para a política e a representação, esforçando-se por ser um canal de participação, ao mesmo tempo em que renovaria suas próprias lideranças.

Considero que dentre os vários problemas políticos existentes em nossa legislação o voto obrigatório é o mais escandaloso, seguido de perto do instituto da reeleição.

Como é no mundo:

Politize. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/coluna/atualidades-vestibular/por-que-o-voto-no-brasil-nao-e-facultativo/

A reeleição permite a criação de “donos de cargos representativos”. Isso à direita e à esquerda, afinal já tem ex-guerrilheiro com 24 anos como deputado federal “profissional”.

Isso inibe o surgimento de novas lideranças e a oxigenação da representação parlamentar.

O voto facultativo obrigaria os partidos políticos a fazerem-se presentes no cotidiano das pessoas, nas fábricas, escolas, nos bancos etc., pois seria mais importante convencê-la a participar para depois pedir-lhe o voto.

Com a obrigatoriedade vemos os partidos jogando suas fichas no “marquetingue” político em detrimento de ideias e propostas.

Programa de governo então é coisa que só é produzida depois que ocorre a eleição e olhe lá!

As legendas de aluguel, que pontificam no horário político obrigatório, tenderiam ao desaparecimento, pois o teatro político seria transferido para a vida real, longe das telinhas e das jogadas asquerosas.

Embora várias pesquisas de opinião indiquem a contrariedade da população com relação ao voto obrigatório, as iniciativas legislativas contra ele não têm prosperado.

A CNN fez uma radiografia das abstenções nas últimas eleições presidenciais:

Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/politica/eleicoes-2022-acirramento-e-economia-tendem-a-elevar-comparecimento-as-urnas/






14.8.22

Votou contra os direitos trabalhistas das empregadas domésticas.

 

Maldade e perversidade, só assim pra justificar esse tipo de voto.

Pelo raciocínio desse ser desprezível que ocupa a cadeira de presidente da república a escravidão era bem legal, afinal as despesas dos "empregadores" eram bem menores, uma vez que não precisavam pagar 13º, Férias, Licença Maternidade...

Nessas eleições que se aproximam a escolha não é nenhum pouco difícil!