26.9.22
22.9.22
chegou a Primavera
A primavera chegou e com ela uma possibilidade razoável de elegermos Lula no primeiro turno.
Junto com ele, teremos que
eleger uma bancada progressista para que consigamos tirar o país desse lamaçal no
qual estamos mergulhados.
Ler o noticiário é um
permanente exercício de sofrimento. Mentiras oficiais, agressões, atentados e
disparates proferidos pelo coisa ruim e seus seguidores é o que mais aparece.
Às vezes me bate um
desalento, mas também uma esperança de dias melhores.
O movimento de artistas e
intelectuais nas redes sociais é emocionante. O apoio a democracia só cresce,
vindo dos mais diferentes endereços.
Ainda falta Ciro Gomes,
mas esse parece ser muito difícil, está tomado de rancor e ódio ao PT e ao
Lula.
19.9.22
Renasce a esperança!
Temos um hino pra eleição
de 02/10!
É como se a esperança
reacendesse um chamamento para a reconstrução da nossa frágil democracia.
É muito bom ouvir vozes
tão lúcidas e ver parte do país irmanado na missão de eleger Lula e uma grande
bancada progressista para a nova legislatura do Congresso.
É preciso desfazer tudo
que esse governo fez e fazer uma grande faxina na sociedade.
Não se pode admitir
preconceitos, de quaisquer tipos.
16.9.22
Solidariedade a Vera Magalhães, mas está faltando a autocrítica
O que aconteceu com a jornalista Vera Magalhães no debate entre os governadores é inadmissível, não podemos aceitar, seja qual for o ângulo de análise.
Devemos prestar toda nossa solidariedade a ela.
Clique aqui
para ver o vídeo do absurdo.
Mas, como mencionou Milly
Lacombe precisamos tentar entender o cenário que tornou tal episódio possível.
Basta clicar aqui para ler o que escreveu a jornalista.
A mídia brasileira precisa
fazer sua autocrítica, algo que ela pede com sofreguidão ao PT, por exemplo.
Talvez precisem se
espelhar no que afirma o youtuber Felipe Neto, que afirmou em vídeo recente que
se enganou quando fazia críticas ácidas ao Lula e ao PT. Ou ao ReinaldoAzevedo, que cunhou o termo “petralha” e percebeu, em tempo, a armadilha da
Lava Jato.
Vera Magalhães não fez
nada disso, continua com sua postura arrogante e teima em não aprender com os
fatos recentes.
Sua louvação a Lava Jato
e sua devoção ao juiz parcial Sérgio Mouro é constrangedora.
A forma como sempre se
referiu a presidenta Dilma, carregada de preconceito e desinformação é de
causar vergonha alheia.
Seria ela uma pessoa
ingênua? Como ocorre com jornalistas que saem da faculdade, sedentos por construir
uma carreira nesse mundo competitivo?
Não é caso. Ela já tem muita
experiência, afinal com quase 50 anos de vida e uma carreira desenvolvida em
grandes veículos de comunicação essa alegação não cabe.
Faltou-lhe inteligência?
Não é possível, uma pessoa que ocupa posições de entrevistadora ao vivo não teria
a longevidade que ela tem como âncora/entrevistadora.
Então o que sobra como alternativa
para justificar as ações dela no passado recente, tão bem delineadas no texto
de Milly Lacombe?
Deixo tal julgamento para
quem desejar fazê-lo.
14.9.22
Eles poderiam estar vivos
13.9.22
10.9.22
Imbrochável!
Veio a redemocratização e
com ela o governo Sarney. Diga o que quiser sobre ele e suas jequices, mas ele
sabia respeitar a liturgia do cargo. Não me ocorre lembrança dele desrespeitar
uma autoridade estrangeira ou falar barbaridades em seus pronunciamentos.
Depois veio o Fernando
Collor, que durante a campanha eleitoral afirmou que tinha “aquilo roxo”. Vergonha
alheia, mas que caiu como uma luva para o eleitorado dele, machista e necessitado
de permanente autoafirmação.
A propósito, presenciei uma discussão num ônibus e o machão briguento afirmou para o cobrador que tinha aquilo roxo. Um
gaiato, no fundo do ônibus gritou: então corta, porque gangrenou!
Com o impeachment do
caçador de marajás, vice-rei de Alagoas, assumiu a presidência da república o
Itamar Franco, que ficou famoso por três coisas: ressuscitar o Fusca, criar o plano Real e ir ao
camarote presidencial no carnaval acompanhado por uma modelo com a perereca
exposta.
Com FHC, Lula e Dilma a sexualidade
dos presidentes parou de ser manchete de jornais, mas voltou com o golpista Temer,
que teve seu tratamento de uretra mostrado em horário nobre e sua virilidade
elogiada por Roberto Jefferson, que afirmou que só num homem viril seria
possível tal doença.
Mas eis que surge o boçal
maior da República. O atual (des)presidente, que sempre cantou suas “virtudes
sexuais” em entrevistas, fossem elas com as galinhas na tenra infância ou como
comedor de gente com dinheiro público, usa o 7 de setembro para afirmar - sem
que ninguém tivesse perguntado -, sua imbrochabilidade!
O desqualificado que ocupa a cadeira da
Presidência da República não se cansa de dar vexames, desde os mais graves, como
a demora na aquisição de vacinas e a compra de107 imóveis, alguns deles em
dinheiro vivo, até esse coro digno da 5ª Série A, dizendo-se imbrochável.
Fico imaginando a dificuldade
da imprensa estrangeira em explicar para o seu público leitor o significado da
expressão e a importância dela nas comemorações dos 200 anos de Independência
do país.
Parece que não há limites
para o fundo do poço!
8.9.22
Qual independência?
O Brasil nunca foi independente, sempre tivemos “donos”, fossem as metrópoles ou as elites locais, associada aos colonizadores.
E, para piorar, nossas
elites nunca tiveram um projeto de nação, sempre preocupadas com a exploração
do povo e contentes com as migalhas que caem da mesa dos colonizadores.
Basta olhar com atenção
para nossa história, que é sempre marcada pelo entreguismo e pela espoliação do
povo.
Foi assim na Independência,
pela qual indenizamos os portugueses, comprando a independência de Portugal e
nos enredando com a Inglaterra, para depois passarmos a esfera de dominação dos
EUA.
Também a Proclamação da
República foi um acerto feito pelas elites, tendo o povo apenas como massa de
manobra
E assim sucessivamente,
com golpes de estado aqui e acolá, com a violência das armas e o servilismo das
Forças Armadas sempre que os avanços do campo popular chamavam a atenção.
Prevaleceu sempre o
atraso da elite agrária sobre o projeto de nação.
Quando conquistamos
alguns avanços eles são contidos por articulações escrotas, foi assim no
governo João Goulart, quando o Brasil foi interrompido pela ditadura cívico militar
de 1964, foi assim com os tímidos avanços dos governos petistas no início deste
século.
Assim vai o Brasil,
padecendo sob o jugo das elites, juntamente com a América Latina, onde hoje prevalecem os golpes patrocinados pela máquina judiciária, travestindo o que sempre fizeram com o poder das armas por uma pretenda legalidade.
É as desculpas se aprimoram. Em 1964 era a ameaça comunista, agora é a ameaça da conquista de direitos por parte da imensa maioria. Antes eram as igrejas, o rádio e os jornais contra o comunismo, agora são as fake news, ou melhor dizendo as mentiras propagadas pelas redes sociais
2.9.22
Sobre educação política
Não me entendam mal, mas, às vezes, sinto saudades das aulas de OSPB. Não a matéria criada pela ditadura, mas aquela que se lecionava nas escolas pública no final dos anos de 1980, especialmente do livro assinado pelo Frei Beto, conforme mencionado no texto abaixo.
Em 2016 publiquei nesse blog o texto abaixo, que trata da necessidade de educação política nas escolas, além dos outros espaços coletivos.
Claro que
hoje teríamos outros espaços para essa educação, mas a ideia continua presente.
Enquanto não
construirmos um sólido conhecimento na área estaremos suscetíveis aos governos
como este que nos apavora e que tantas coisas ruins têm produzido na sociedade.
Educação
política
Vivemos uma crise na nossa sociedade. Penso que essa crise tenha começado aí por volta de 1500.
Agora ela
está totalmente exposta, seja na política de alta rapinagem seja no cotidiano.
Do deputado
safado ao flanelinha que pratica extorsão, passando pelo árbitro de futebol que
arruma os resultados dos jogos em benefício de alguns apostadores.
Não é, portanto,
uma crise política apenas. Às vezes tenho a impressão de que as pessoas que
reclamam, a maioria pelo menos, o fazem por não se beneficiar das maracutaias.
Por outro
lado, percebo uma dificuldade muito grande em imputar as responsabilidades
pertinentes, mesmo por parte daquelas pessoas razoavelmente informadas e com
bom nível de educação formal.
A educação
política acontece, prioritariamente, dentro dos sindicatos, partidos políticos,
ONGs, associações comunitárias, centros acadêmicos etc. e com o próprio
amadurecimento do indivíduo.
É fácil
perceber, no entanto que o individualismo presente no nosso modo de vida afasta
as pessoas dessas instituições participativas.
Entendo que a
ação política, o exercício da cidadania, independe da escolarização, mas, por
outro lado, sinto que a escola poderia contribuir decisivamente com a formação
política dos nossos jovens.
Não no
aspecto partidário, mas no conhecimento da Constituição, por exemplo, assim
como dos demais aspectos legais da defesa do cidadão, do conjunto de deveres e
direitos pertinentes ao exercício da cidadania, além da história dos partidos
políticos, do sindicalismo, do movimento estudantil, enfim das inúmeras
oportunidades que, ao longo da história, fizeram do povo protagonista do seu
próprio destino, sem depender dos heróis, fabricados ou verdadeiros.
Talvez uma
disciplina escolar, calcada nas relações interdisciplinares, que retome o que
havia de bom numa matéria imposta pela ditadura militar, OSPB (Organização
Social e Política Brasileira), que foi brilhantemente reformulada numa coleção
didática escrita por Frei Betto. Teríamos então um grande encontro da História
e da Geografia, mediado pelo Português, com o apoio das outras disciplinas
escolares para, num esforço conjunto, oferecer ao aluno possibilidades de
leitura do mundo que o capacite ao pleno exercício de sua cidadania,
entregando-lhe um arsenal adequado para a leitura da grande mídia sem cair na
armadilha do sensacionalismo barato das notícias frugais.
Temas como
crise política, reforma política, América Latina, ambiente, mídias, saúde
(física, mental, sexual), enfim um amontoado de temas que, repito, em conjunto
com as outras disciplinas escolares, poderia ser abordado de acordo com os
anseios da comunidade escolar e do contexto que lhe diz respeito.
Claro que tal
proposta não pode se distanciar de uma melhoria no sistema educacional, com
melhores salários e capacitação para os profissionais envolvidos na sua
execução.
Texto publicado em 2/09/2016