28.1.23

Foi golpe

Michel Temer discorda do Lula sobre o golpe sofrido por Dilma Rosseuf em 2016, mas vejam, na própria voz do golpista, o que disse no programa Roda Viva há um ano.

O que mais me surpreende é o que os jornalistas e comentaristas da própria TV Cultura, são incapazes de recuperar essas imagens durante os noticiários da emissora.



23.1.23

Genocídio

Em face dos crimes cometidos pelo governo anterior muitos se apegam as questões semânticas para justificar o injustificável, assim não querem que chamemos de terroristas os vândalos que destruíram os prédios públicos da praça dos 3 Poderes em Brasília no último dia 8 e nem de genocídio o que aconteceu ao povo Ianomami nos últimos quatro anos.

Não vou perder nosso tempo com essas sutilezas do idioma, mas gostaria de recorrer à definição de uma das expressões citadas: genocídio.

“Genocídio é a eliminação sistemática e intencional de um grupo por meios ativos (aplicação de forças que resultem na morte) ou passivos (negligência e negativa de prestação de assistência). Em geral, os grupos vítimas de genocídios apresentam indivíduos com ligações étnico-raciais, de nacionalidade e religiosas.

O extermínio desses grupos acontece por conta de fatores discriminatórios que consideram a existência dos indivíduos daquele grupo algo tão insignificante a ponto de ter sua extinção “permitida” na visão dos genocidas”

Fonte: Mundo Educação. Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/genocidio.htm>. Acesso em 23/01/23.

Ante tal definição não resta dúvida sobre como chamar o que aconteceu nas terras do Povo Ianomami.

Foram inúmeros pedidos de socorro por parte dos nativos, endereçados a ministros e outras autoridades, ignorados, seguidos por medidas que agravaram a situação daquele povo.

Essa política foi anunciada pelo ex-presidente durante sua campanha, ou seja, quem votou nele concordou com a ação criminosa.

Há toda uma cadeia de responsáveis diretos pelo ocorrido: presidente da república, vice-presidente – que acompanhava de perto a agonia da floresta e seus povos – a ministra Damares, os ministros Ricardo Salles, Moro, a Funai e os agentes econômicos interessados em eliminar os povos originários (garimpeiros ilegais, pecuaristas, madeireiros etc.).

A morte de 570 crianças e o sofrimento causado pela malária, além de outras doenças, foi resultado da omissão deliberada do governo, da negação da FUNAI (militarizada e evangélica) em atendê-los, da supressão de verbas destinadas à saúde indígena, ou seja, um autêntico GENOCÍDIO.

 

16.1.23

Ladrões, mentirosos, burros e malvados


Ontem fez uma semana que uma horda de gente tosca tentou um golpe no Brasil.

Imagino que, por debaixo dos panos, havia uma quantidade enorme de fascistas, alguns com fardas outros não, elaborando o roteiro que, felizmente, não obteve sucesso.

São ladrões em razão dos roubos praticados, muitos deles usando dinheiro público. Além disso tentaram destruir a incipiente democracia na qual vivemos.

Criaram narrativas embasadas apenas em mentiras, atualmente chamadas de fake News, e nelas acreditam com uma devoção cega.

Burros por terem produzido provas contra si mesmos, em rede nacional.

Atacaram patrimônio público valioso pelo prazer da destruição, apenas por maldade, ignorando o valor histórico e material dos bens destruídos ou surrupiados.

Vemos agora um grande grupo de pessoas presas e esperamos que caia sobre eles o rigor da Lei e que paguem por todas as barbaridades cometidas.

6.1.23

Um país destruído

 

Os últimos 4 anos foram marcados pela destruição do país e, consequentemente, da sociedade brasileira.

Laços de amizade e familiares foram rompidos pela pregação de ódio, a ignorância e o delírio coletivo destacaram-se de forma inacreditável.

A violência, física e verbal, atingiu níveis insuportáveis no chamado período democrático, parecia não haver saída.

Mas parte da sociedade brasileira, a maioria, resolveu mudar e, com muita luta, conseguimos uma importante vitória sobre o fascismo que se destacava.

No entanto o estrago foi imenso.

Reconstruir a nação dará um imenso trabalho e não poderá ser obra de um período de governo.

A jornalista Natuza Nery fez excelente matéria mostrando a destruição de um patrimônio público, símbolo do poder central, detonado por um bando de imbecis.

 



1.1.23

Feliz 2023, 2024, 2025, 2026...

 


Só agora, com Lula e o ministério empossado, me animei a desejar um bom ano novo para todos vocês.

Foram quatro anos de apreensão, muito choro e desânimo. A cada dia a sensação de que estávamos no fundo do poço e, no dia seguinte, a gente descobria que era mais fundo, parecia um buraco sem fundo.

Um período duro, mesmo para pessoas que, como eu, viveram o período da ditadura.

Em 2023 a esperança vai nos acompanhar, tenho certeza. Esperança de humanidade, de inclusão, de combate sem tréguas à desigualdade social.

Claro que todos os problemas, produzidos ao longo dos mais de 500 anos de invasão, não serão resolvidos por um homem ou um período de governo.

Precisamos de mudanças profundas, de vigilância constante, creio que teremos que nos dedicar à militância, nos limites das possibilidades de cada um de nós, para que a desigualdade seja reduzida.

Penso que as tarefas serão maiores do que aquelas realizadas nos dois primeiros mandatos. O estrago desses quatro anos do governo do coisa ruim foi muito grande, os retrocessos foram enormes.

Para 2023 tenho um foco pessoal: acertar, no limite do possível, minha saúde física e mental. Já no campo político quero me juntar aos coletivos de militância virtual.

Por isso, nesse momento, gostaria de desejar a todas as amigas e todos os amigos, inclusive aqueles do campo virtual, um feliz 2023 e agradecer a companhia de cada um de vocês, só com essa solidariedade foi possível ultrapassar esses quatro anos.

Muito obrigado, mas é importante lembrar que ainda não podemos soltar a mão de ninguém!