30.11.08

Hoje é dia de PUC e FGV

Dois vestibulares interessantes ocorrem hoje aqui em Sampa: PUC e FGV!
A prova da PUC tem como diferencial três questões dissertativas interdisciplinares, muito boas.
A FGV é sempre um grande desafio. Aconselho aqueles que prestarem GV a prestar atenção na correção do CPV Vestibulares, é só clicar aqui. O time de professores entende tudo de vestibulares, mas muito mais de GV!
Boa sorte a todos!

29.11.08

Desempenho na Fuvest

O portal do ETAPA oferece ótimos serviços para quem prestou o exame da FUVEST e está ansioso por informações:

Clique aqui e calcule a nota da 1ª fase, incluindo os pontos do ENEM.

Vejam a tabela com as projeções (clique sobre ela para ampliar):

27.11.08

Relativizando uma notícia (boa ou má?)

Vejam a notícia da Agência Brasil:

Governo federal vai financiar construção de sete presídios para jovens no país

Marco Antonio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Ministério da Justiça entregou hoje (27) o projeto executivo de sete presídios para jovens adultos (com idade entre 18 a 24 anos) a serem construídos nos próximos meses em diferentes estados brasileiros.
Cada penitenciária vai gerar 421 vagas e a previsão do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) é de que as unidades estejam prontas no segundo semestre de 2009. Segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro, os futuros presídios marcam uma mudança conceitual na política penitenciária do país, ao priorizarem as condições de ressocialização.
“É a interrupção de uma cadeia de formação de criminosos que abala toda a sociedade. É um investimento altamente positivo, necessário e que não deve ser interrompido”, disse o ministro.
“Teremos condições reais e efetivas de realizar tratamentos para a reintegração dos presos e assim evitar a reincidência”, acrescentou o diretor-geral do Depen, Airton Michels.
As unidades prisionais, de âmbito estadual, terão salas de aula onde os detentos receberão cursos educacionais e profissionalizantes. Haverá, ainda, ala de saúde com médicos, psicólogos e assistentes sociais. Cada detento dividirá a cela com outros cinco presos.
O único critério a ser respeitado para encaminhamento de condenados aos presídios destinados a jovens será a faixa etária, não havendo nenhum tipo de restrição relativo ao tipo de crime praticado.
Para construção dos presídios, o Ministério da Justiça vai repassar em torno de R$ 14,8 milhões a cada um dos sete estados contemplados com os projetos: Bahia, Alagoas, Piauí, Pará, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A iniciativa de criar as unidades prisionais, de âmbito estadual, faz parte do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).
De acordo com o Depen, a população carcerária do Brasil é de aproximadamente 443 mil presos dos quais, 112 mil, 26% do total, são homens com idade entre 18 e 24 anos.

O lado bom da notícia: a idéia de ressocialização.
O lado ruim: só agora tivemos essa idéia? E só para aqueles que tenham entre 18 e 24 anos de idade?
Podemos entender como uma pequena semente de mudança no sistema prisional, por outro lado ela pode ser infrutífera se a miséria e a desigualdade continuar campeando no país, ou com reduções a passos de tartaruga como vemos hoje.
Na minha modesta opinião de nada adianta reformas no sistema prisional se não tivermos amplas reformas na sociedade (de base?).
A começar pela educacional. Educação pública, de boa qualidade, em período integral e pública para todos! Entendo esse como ponto de partida. Só assim evitaremos novas boas notícias como esta.

25.11.08

Tempo de mudar de tempo

Aproxima-se o final de mais um ano.
Logo começarão os “resumos dos fatos mais importantes do ano de 2008”. Coisa bem chata de se ver e se ler. Normalmente a TV dedica boa parte do tempo para as celebridades e para as tragédias. Deprimente!
Naqueles poucos momentos dedicados à política não faltarão menções à eleição de Barack Obama.
Óbvio que um presidente negro num país racista como os EUA é algo de muita significância, mas não é a redenção dos pecados do mundo. Parece-me que os EUA perseguem os modelos fascistas, na busca insana do salvador da pátria. Era o Bush, agora é o Obama.
A crise mundial, provocada pelo deus mercado, também deverá ocupar minutos preciosos, entre a propaganda de um banco e a de outro.
Duvido que a mídia ouse dizer que a culpa é de quem tem a grana e o poder. Ou diga, com todas as letras: o neoliberalismo conduziu o mundo ao fracasso!
Ainda penso que o excesso de lucro é o pai das crises do sistema capitalista, mas prometo voltar ao assunto quando tiver mais tempo.
Aqui, ao sul do Equador, continuaremos neuróticos com nossa mídia grande, ou como gosta Paulo Henrique Amorim, o PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Durante muito tempo li nos cadernos de economia que o dólar abaixo de R$ 2,00 seria a plena falência da nossa economia, agora leio que o dólar acima de R$ 2,00 é a própria encarnação do capeta! Vai entender.
Os grandes e graves problemas continuarão esquecidos, providencialmente, nas mesas e gavetas dos editores e dos supremos juízes: crimes do colarinho branco, fusão da BrOi, reforma política, escândalo da Alstom...
A indignação continuará seletiva, só atingirá aqueles que não pertencem ao seleto clube que sempre esteve no poder ou aos seus apaniguados.
A educação continuará sendo discutida nas páginas de Veja, no seu monumental esforço tucano-privatista.
Os nossos não partidos políticos continuarão a não ter projetos para o nosso país. Aliás, terão: contratar o melhor marqueteiro para as eleições de 2010.
Depressão pré-natalina? Pode ser. Na verdade odeio o natal. Aquele velho barbudo com aquele enorme saco nas costas me causa asco. E o casacão? E ainda aquela simulação de neve? Um horror!

22.11.08

Domingo é dia de FUVEST!

E mais um montão de vestibulares Brasil a dentro!
É um exame exigente demais e reflete bastante as injustiças do nossos país, uma vez que a maioria dos estudantes oriundos das escola pública ficarão de fora da USP e demais universidades públicas.
Para quem vai prestar o exame amanhã, alguns conselhos:
- muita calma, relaxe sem exageros;
- nada de exageros do tipo festas, etílicos ou gastronômicos;
- visite o local de exame ainda hoje, principalmente se você não o conhece (em caso de dúvida, clique aqui e verifique onde fará a prova).
No mais, muito sucesso para todos!

20.11.08

Dia da Consciência Negra

Muito oportunamente a revista Caros Amigos lança uma bela coleção:



O professor Joel Rufino dos Santos é historiados, professor universitário e autor de vários livros, sendo reconhecido legitimamente como referência em história africana e do povo negro brasileiro.
Abaixo as capas dos 2 primeiros fascículos:




17.11.08

Vestibulares 2009

A maratona dos vestibulares está a todo vapor!
A moçada está suando os neurônios, se é que é possível.
Ontem teve Unicamp, um exame sempre cercado de expectativas, pois além de ser uma das melhores instituições de ensino e pesquisa do país, sua prova é sempre muito criativa e dissertativa, não há espaço para os testes.
Não gostei da prova de Geografia da Unicamp ontem. Pareceu um pouco de forçada de barra.
O tema geral da prova era “O homem e os animais”. Clique aqui e aqui para ver a resolução feita pelo UOL Vestibulares. Pouco criativas e, de certa forma, com conteúdos tradicionais demais da conta. Clique aqui e veja o contraponto com essa de História, criativa e inteligente, abordando um conteúdo importante e tradicional das provas de História.
Ontem também foi dia de ESPM (clique aqui para conhecer a instituição).
Na prova de Geografia alguns temas conhecidos e questões bem elaboradas e uma bastante ousada, a primeira, que combinava Geografia e Literatura. Clique aqui e veja os comentários dos amigos do CPV.
Uma prova capaz de deixar os professores de Geografia felizes e saltitantes foi a da FGV/Direito. Clique aqui e veja que beleza de prova. Conteúdos tradicionais, mas atualizados, com necessidade de reflexão e domínio do texto, além dos conceitos geográficos. Cabe-nos ressaltar e lamentar a ausência de Geografia Física, por opção da banca examinadora, na minha modesta opinião, um grande equívoco.
Bom, logo chega o bicho papão: FUVEST!

15.11.08

Domingo é dia de UNICAMP!

Aos meus alunos e alunas que farão a prova da UNICAMP fica aqui o meu desejo de muito sucesso!
Tranquilidade e calma são itens fundamentais para a prova! Ler a prova com atenção e cuidar da redação das repostas é grande parte do caminho para a 2ª fase.
Mais uma vez sucesso a todos!

13.11.08

Mais um jovem assassinado bestamente

Copiei do Blog do Ferréz. Clique na imagem para ampliá-la.

Mais uma crise, a nossa crise!

Hoje os jornais apresentam com grande destaque mais uma crise no governo Lula, desta feita envolvendo o aparato repressivo, principalmente a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência.
Há uma escalada contra algumas figuras importantes dos últimos meses, particularmente o delegado Protógenes Queiroz e o juiz Fausto De Sanctis, ambos responsáveis pelas prisões de importantes figuras da rapinagem de colarinho branco e contas recheadas.
Os mocinhos viraram bandidos rapidamente! Obra e graça da mídia nativa e da grana os ex-presidiários possuem, inclusive com direito a recordes de tempo para emissão de Habeas Corpus pelo ministro-empresário do STF, Gilmar Mendes.
Vejam, clicando aqui, que matéria interessante, da pena de um dos melhores JORNALISTAS (assim mesmo, com letras grandes) deste país, Bob Fernandes.
A mesma questão abordada pela Folha de São Paulo e pelo Estadão você encontra clicando aqui e aqui respectivamente.
Se tal crise prospera, como promete, só me resta somar àqueles que consideram o presidente Lula um frouxo!
Compensa ler com atenção o texto que segue abaixo, de autoria de Luciano Martins Costa e veiculado no programa de rádio do Observatório da Imprensa (disponível no Observatório da Imprensa):

Duas polícias
O noticiário de quinta-feira (13/11) dos jornais pode induzir o leitor a entender que há duas polícias atuando no caso do Banco Opportunity: uma investigando crimes atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas e seus sócios e outra investigando os investigadores.
Enquanto uma das partes alimenta a imprensa com supostos abusos cometidos pelo delegado Protógenes Queiroz e seus assistentes, outra segue tentando esclarecer até onde foram as ações ilegais do banqueiro.
Entre os dois principais jornais de São Paulo, observa-se claramente que a Folha de S. Paulo dá mais destaque à apuração de possíveis abusos da polícia, enquanto o Estado de S. Paulo oferece mais espaço para novidades nas denúncias contra Dantas.
Em destaque na edição de quinta-feira (13) no Estadão, a notícia de que nova investigação da Polícia Federal encontra mais indícios para incriminar o controlador do Banco Opportunity. Em destaque na Folha, a estratégia dos advogados de Daniel Dantas, que pretendem pedir a anulação de todos os processos penais e de inquéritos produzidos pela Operação Satiagraha e levar o processo para o Supremo Tribunal Federal.
O noticiário pode levar o leitor a entender duas coisas: primeiro, que o barulho em torno da apuração dos métodos da Polícia Federal ajuda o acusado. Segundo, que os advogados de Dantas confiam plenamente em um julgamento favorável no Supremo Tribunal Federal.

Fraturas do sistema
Paralelamente ao caso específico da chamada Operação Satiagraha, o Estado de S. Paulo oferece uma entrevista com o diretor dos Serviços Judiciários do Principado de Mônaco, responsável pela extradição do banqueiro Salvatore Cacciola para o Brasil. Ali estão expostas as fragilidades do controle do Estado sobre grandes somas de dinheiro que circulam pelo sistema financeiro internacional, o que facilita fraudes e estimula o crime do colarinho branco.
A imprensa poderia fazer mais desses trabalhos: em vez de se perder nos detalhes confusos de uma investigação, explicar para o leitor como funcionam os grandes esquemas, e por que nenhum governo até hoje produziu um sistema eficiente para controlar o fluxo do dinheiro sujo pelo mundo.
Pelas fraturas do sistema financeiro internacional se movimentam o dinheiro do narcotráfico, os lucros da corrupção e os ganhos de especuladores.

A propósito e para encerrar com chave de outro, reproduzo texto do Mino Carta, editorial publicado na Revista CartaCapital de número 521:

Um pesadelo, creio eu
Ocorre-me um enredo estranho, peculiar, não sei se li algum dia e vem da memória, ou de um sonho. É um conto, eu diria, não simplesmente policial. Nele a complexidade é notável, atinge profundidade igual à alma de um país.
O entrecho começa pela descrição do seu protagonista, que o autor batiza Ezequiel. Por trás de olhos azuis carregados de estupor à beira da insegurança, ele é obcecado pelo impulso irredutível da acumulação. Dinheiro e poder. Determinado, audacioso, singra a vida ao sabor de casos de corrupção e falcatruas de alto bordo, com o adendo de capilares operações de escuta telefônica. Uma investigação policial apura-lhe o conjunto da obra e indicia Ezequiel. Nos seus escritórios, apreende, inclusive, discos rígidos que, tudo indica, resumem suas aventuras e apontam parceiros. Nada acontece, com a inestimável contribuição de certa juíza da Suprema Corte, cenho de governanta de castelo escocês e carente de lábios. Ela impede com argumentos “pueris” (o adjetivo é do autor) a abertura dos tais discos.
Desde o momento das privatizações das telefônicas e que tais por parte do governo do Pássaro Misterioso, episódio que passou a ser conhecido como “A Bandalheira Supimpa”, a história de Ezequiel não somente divide a polícia, mas também, e sobretudo, atinge os mais altos escalões da política, para tornar-se epicentro da luta intestina pelo poder. E chega até a embrenhar-se, com tocha e cordas, pelas cavernas dos humores nacionais. Quanto a esta incursão nas entranhas de emoções e pendores da nação, o autor será mais explícito mais adiante.
Depois de indiciado, passam-se quatro anos, e no ínterim Ezequiel prossegue nas suas investidas. Entre outras façanhas, entrega à revista de maior tiragem do País um dossiê falso de contas no exterior de figurões variados, a começar pelo presidente da República. Segundo o autor, trata-se de uma manobra urdida por Ezequiel para medir o grau da sua influência. Regozija-se ao cabo: tudo passa na mais alva das nuvens. Move-se, porém, outra operação policial, comandada pelo delegado Aristófanes. O projeto prevê a conclusão das investigações para data posterior a certas eleições programadas para começo de outubro. O furo de uma repórter de conceituado jornal revela a operação em andamento em abril. Aristófanes decide então apressar o desfecho, na tentativa de evitar que o Manobrista Excelente tenha tempo para excogitar largas precauções.
Como e por que a repórter entrou em cena, e como e por que o jornal publicou-lhe o texto o autor não esclarece. Limita-se a aventar a hipótese de algum redondo contato entre o investigado e a cultivadora de furos. De todo modo, os resultados da operação policial acabam na mesa de um jovem juiz de primeira instância, o qual determina a prisão da indigitada figura e de alguns dos seus apaniguados. Um deles, aliás, tentou corromper um delegado a mando daquele, na certeza de que todos têm seu preço.
Assume grandiosamente a ribalta o presidente da Suprema Corte, pomposo luminar da ciência jurídica, versão às avessas da história do sapo transformado em príncipe. Ele mimeografa habeas corpus a favor dos presos como o aprendiz de mágico multiplica vassouras. Memorável a passagem em que o autor colhe Ezequiel a dizer que na Suprema Corte conta com “facilidades”, bem como aquela em que avisa: obrigado a falar, botará a boca no trombone. E tudo fica basicamente como estava meses a fio. O único evento digno de registro é a autorização dada pela Corregedoria da Polícia para uma operação de busca e apreensão nas casas dos delegados que se permitiram investigar Ezequiel. Só falta prendê-los. O autor, que gosta de suspense, deixa entrever a possibilidade deste happy ending.
Não escapa, de todo modo, à moral da fábula: não há corruptor sem corrupção, e é tolo quem não se aproveita da situação, excepcionalmente favorável para um mestre no assunto como Ezequiel. Inocente, é óbvio, pois cumpre as regras do jogo, e estas valem mais que a lei. Nas linhas derradeiras, a chave para o melhor entendimento: a minoria privilegiada, e os aspirantes ao privilégio, vislumbra em Ezequiel o seu herói, aquele que mostra o caminho da felicidade do alto da montanha da sabedoria.
Enredo de um conto do absurdo? Talvez sonhei, como já disse, e teria sido pesadelo. Observo, porém, certas semelhanças com eventos dos últimos anos ocorridos neste nosso país do futuro.

Embora com a “palavra inteira”, este texto destina-se apenas aos bons entendedores da política brasileira.

Revista Fórum

A edição de outubro da Revista Fórum está supimpa!
A entrevista de Luiz Gonzaga Belluzzo é simplesmente sensacional.
Elucidativa quanto à crise que ameaça o planeta, além de apresentar uma leitura do estágio atual da sociedade estadunidense extremamente perspicaz.
A leitura é obrigatória para quem deseja entender que existe além do Jornal Nacional e da Veja.

11.11.08

A reordenação pós-crise - texto da Agência Carta Maior

Com a chamada "A REORDENAÇÃO PÓS-CRISE" a Agência Carta Maior brinda-nos com excelente texto sobre a crise financeira mundial e o papel do Brasil nela.
Abaixo segue a introdução do texto.

US$ 553,5 bilhões atam o Brasil à ciranda mundial

Redação - Carta Maior

Moeda é poder. O consenso aparente em torno da regulação dos mercados nesse momento esconde a dimensão política da crise. Existe hegemonia embutida em uma nota de dólar; explorados e exploradores na definição da taxa de juro. Está em jogo a reordenação da hierarquia entre moedas abalada pelo colapso da ordem neoliberal. A prática não ecoa o consenso reformista dos discursos oficiais. Foi assim também em 1929.
Uma Guerra mundial levou para os campos de batalha a arbitragem de impasses que paralisavam as nações, corroíam regimes monetários e minavam a produção e circulação da riqueza. A nova correlação de forças sancionada pelo argumento bélico foi legitimada em Bretton Woods, em 1944, quando a velha liderança britânica cedeu lugar à supremacia dos EUA, dos seus bancos, da sua indústria e da sua moeda em todo o planeta.
A disputa em marcha no mundo encontra urgências e impasses equivalentes na vida interna das nações. O Brasil não é exceção: US$ 553,5 bilhões de dólares atam o país à ciranda mundial.
Decisões tomadas desde os anos 90, destinadas a atrair, incentivar e garantir a mobilidade do capital estrangeiro na economia nacional restringiram a autonomia da política econômica e podem enfraquecer o Brasil nas respostas para enfrentar a crise. A prerrogativa da intervenção pública - sobretudo no mercado financeiro - ficou subordinada a regras que fortalecem e protegem grupos de interesses locais e internacionais; os mesmos que agora ameaçam por em movimento uma montanha desordenada de capitais voláteis, cuja força é suficiente para reverter a retomada do desenvolvimento.
Hoje esses recursos equivalem a US$ 553,5 bilhões. Um poder de pressão quase três vezes (2,7 vezes) superior à margem de autonomia proporcionada pelas reservas cambiais acumuladas desde 2003 (US$ 200 bilhões). Assimetrias dessa ordem ajudam a entender um paradoxo da crise: a exemplo do Brasil, inúmeras nações da periferia do capitalismo clamam por reformas na arquitetura financeira mundial, mas hesitam em aplicá-las internamente.
Para entender como essa dependência se cristalizou e a dificuldade para reverter algo que aprisiona a economia numa espécie de “caos calmo”, Carta Maior ouviu vários economistas entre os quais a professora Daniela Magalhães Prates, da Unicamp. Especialista em economia internacional, Daniela publicou recentemente um artigo oportuno em parceria com Marcos Antonio Macedo Cintra, também da Unicamp: “Keynes e a hierarquia de moedas: possíveis lições para o Brasil”, texto incluído na coletânea “Economia do Desenvolvimento, teoria e políticas keynesianas”, organizada por João Sicsú e Carlos Vidoto.
Clique aqui para a íntegra da matéria.

9.11.08

Futuro Líder

O blog dos alunos e alunas da Escola Pueri Domus - Unidade Crescer Sempre já está no ar!
O nome do é "Futuro Líder".
Clique na imagem abaixo para ter acesso ao blog.


Machado de Assis

Vejam que página excelente preparada pelo MEC:

Clique na imagem para acessar o portal.

6.11.08

Novo blog

Estarei ausente nos próximos 3 dias. Estou trabalhando na preparação do blog dos alunos da Escola Pueri Domus - Unidade Crescer Sempre.
Visitem-nos: www.liderdofuturocs.blogspot.com

5.11.08

Obama presidente!

Como não poderia deixar de fazer segue o texto do blog A ESCOLHA DO PRÓXIMO PORTEIRO:

Senhoras e Senhores, o 44º Presidente dos Estados Unidos: Barack Hussein Obama

A sensação

Foi uma noite linda.
Acompanhando, perplexo, desde as 5 PM, testemunhei uma corrida presidencial que começou às margens estaduais de George W. Bush v. John Kerry, e transcendeu a façanha descomunal quando Barack Obama passou a vencer estado trás estado vermelho, até terminar com uma esmagadora maioria de Votos Eleitorais, e mais de sete milhões de votos a mais do que seu rival, John McCain.
Quando Obama venceu Ohio, a multidão que se assentava em Grant Park, Illinois, respirou aliviada. Mais de 125 mil pessoas ansiosas, à espera de um resultado diferenciado, finalmente puderam constatar que o democrata venceria em grande escala, conforme o esperado. O público republicano, insistindo na negação das pesquisas às vésperas das eleições, compreendia que a luta de McCain tornara-se mais complicada do que o desejado.

Clique aqui para ler o restante do texto.

4.11.08

Entrevista com Moniz Bandeira na Agência Carta Maior

O declínio da hegemonia dos EUA e os desafios para um projeto de esquerda

A hegemonia dos EUA na América Latina se desvanece como decorrência do fracasso das ditaduras militares e das políticas neoliberais aplicadas por governos democráticos. O neoliberalismo desmoralizou-se, o Estado voltou assumir função de organização do sistema produtivo. Mas a esquerda segue sem uma plataforma. "Grande parte da esquerda, sem conhecer o pensamento de Marx, continua a pensar conforme os parâmetros gerados ao tempo de Stalin", avalia o cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira.

Redação - Carta Maior

Ganhe quem ganhar as eleições desta terça-feira, o novo presidente dos EUA tomará posse em 20 de janeiro de 2009, em meio a uma crise mundial que alguns avaliam como igual, ou pior que a de 1929. Daquela emergiu a liderança transformadora de Franklin Roosevelt nos EUA; mas também houve Hitler, na Alemanha e ambos se viabilizaram através de uma Guerra Mundial.
A única certeza, desta vez, é que não será uma simples troca de guarda no trono do império. Os EUA constituem o epicentro de um colapso que marca o fim da supremacia dos mercados financeiros desregulados em todo o planeta. A implosão dessa engrenagem liberou massas de instabilidade descomunais. Dia a dia sua propagação avança em movimentos assimétricos, sem que se possa antever ainda, com toda clareza, qual será a real extensão dos abalos econômicos, bem como os desdobramentos políticos que ela trará.
Um marcador inaugural do ciclo que agora se fecha poderia ser 11 de setembro de 1973.
O local, o Chile, de Salvador Allende. A parteira da história: as baionetas, metralhadoras e caças aéreos mobilizados para atacar La Moneda, o palácio presidencial onde o médico socialista Salvador Allende morreria. Pelas mãos da Junta militar liderada pelo General Augusto Pinochet, o neoliberalismo radical de Hayek e Friedman deixaria os laboratórios de economia de Chicago para voltar à história. O ensaio chileno antecederia em quase uma década as políticas consagradas pelo Consenso de Washington que agora desabam ruidosamente.
Depois de um ciclo que começou em sangue, e termina agora em desastre econômico planetário, qual será o passo seguinte da história? Que lições o passado oferece ao futuro para evitar a repetição de erros, ilusões e tragédias? Em que medida a crise amplia ou restringe o espaço de autonomia política dos povos latino-americanos? Até que ponto ela enfraquece a capacidade de intervenção norte-americana, inviabilizando novos golpes e ações violentas como a que derrubou Allende? Quais os trunfos, e limites, para um avanço das agendas progressistas na região?
Para responder a essas e outras urgências, Carta Maior entrevistou o cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira. Professor titular de História da Política Exterior do Brasil na Universidade de Brasília (UnB), hoje aposentado, Moniz Bandeira é autor de mais de 20 livros que o credenciam como uma voz obrigatória nesse momento. O título de sua obra mais recente, lançada simultaneamente no Brasil e no Chile, sintetiza essa pertinência: “Fórmula para o caos – A derrubada de Salvador Allende (1970-1973)”.


Leia a entrevista clicando aqui.

Entrevista publicada pela Agência Carta Maior em 03/11/08.

Congresso de Pedagogia em Cuba

Clique sobre a imagem para ampliá-la.



3.11.08

Zé Dirceu na CartaCapital

CartaCapital - 5/11/08.

A CartaCapital desta semana apresenta excelente entrevista com Zé Dirceu, o todo poderoso da República. Leia aqui parte da entrevista.
Na mesma revista apresenta também a versão do delegado Protógenes Queiroz, clique aqui para ler parte dela.
Leituras imperdíveis e esclarecedoras.
As negativas e desvios lembram-me da estratégia de Maluf. Este costuma posar de vítima, Dirceu não perde o jeitão arrogante.
É com este Maquiavel tupiniquim que o PT tem que se haver.
Tudo nele soa-me ensaiado demais, apela ao legalismo e ao fato de “ninguém provou nada contra mim”, ou seja: malufismo puro!
Quem diria! O famoso “Daniel” – codinome cubano – endireitou. Nada pior do que um ex-comunista na direita.
Ele sempre foi da turma que dizia que os fins justificavam os meios. Mesmo nos combates internos do Partido.
Inteligente, ágil, um verdadeiro “animal” político. Infelizmente as ações que ele capitaneou, não apenas no governo Lula, mas bem antes disso, enterraram a ética e as novidades do PT.
Hoje ele é um partido idêntico aos outros. Deve muito disso ao Zé Dirceu e a sua turma.