27.3.24

Eu não tenho orgulho das forças armadas do Brasil

 

Manifestação estudantil contra a Ditadura Militar. Domínio público / Acervo Arquivo Nacional

Hoje o presidente Lula disse que o povo brasileiro tem carinho pela Aeronáutica, Exército e Marinha.

Presidente, o senhor teve meu voto, mas me inclua fora desse carinho todo.

As Forças Armadas brasileiras me envergonham. São tantos golpes, tanta intromissão na vida civil e em assuntos que não lhe dizer respeito que só me causa repulsa.

Cadê a autocrítica em relação ao golpe de 1964? Cadê as punições aos militares de alta patente envolvidos na tentativa de golpe de 08/01/2023?

Nos causam vergonha apenas.

Quantas mães morreram sem ter seus filhos para prantear? Quantas mães, esposas, filhos e filhas ainda esperam a volta dos seus entes queridos?

A impunidade desses bandidos de farda deu origem a essa polícia violenta, que mata primeiro e depois forja as investigações para concluir, quase como regra, que a culpa é da vítima.

Então me perdoe presidente Lula, mas enquanto persistir a impunidade as Forças Armadas do Brasil não terão meu respeito e sinto muito pelo seu pronunciamento de hoje (27/03/2023).

21.3.24

Lembrar para que nunca mais aconteça




 O R7 publicou uma notícia que me deixou abismado: alunos das séries finais do Ensino Fundamental II integram grupo de apologia ao nazismo! Alunos de uma escola muito tradicional, acompanhados de estudantes de outras instituições.

Clique aqui para ler a notícia na íntegra.

Esse é o preço do esquecimento Presidente Lula! Alunos de 11 a 14 anos defendendo a barbárie.

Só isso já justificaria a lembrança do 01/04/1964 e de todos os males causados ao país, principalmente ao povo pobre da nossa nação!

O caráter pedagógico dessa lembrança é fundamental. 

Tudo bem que o presidente Lula não queira se indispor com a caserna, mas não pode ser impeditivo para manifestações do PT, MST, MTST e demais integrantes da sociedade civil.

Também seria muito importante a reativação da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, de acordo com a Lei nº 9.140, de 04 de dezembro de 1995, deixando-a na responsabilidade do Ministério dos Direitos Humanos, na pessoa do ministro Sílvio Almeida, conforme prevê o próprio governo (https://www.gov.br/participamaisbrasil/cemdp).

Não é necessário fazer alarde, simplesmente coloca a comissão para funcionar e a estrutura que já está pronta começa a funionar, chamando as Secretarias de Direitos Humanos dos estados e municípios para participar, construindo memoriais, museus e exposições.

Mas é muito importante lembrar para que nunca mais se repita! E quase aconteceu novamente no dia 08/01/2023.

Precisamos estar atentos e não deixar as atrocidades realizadas pelos facínoras de 1964 cair no esquecimento ou tornarem-se banais. Foram criminosos, crimes que a nossa constituição classifica como de lesa-humanidade, imprescritíveis!

Suprimiram partidos políticos, só autorizando o funcionamento de dois, prenderam e sumiram com parlamentares, mataram jornalistas, operários, camponeses, indígenas e todos aqueles que ousavam dizer não aos desmandos das “autoridades”.

Dentre os males trazidos pela ditadura está a censura. Nossos artistas tiveram suas obras censuradas.

A seguir fac-símile da brilhante obra Cálice de Chico Buarque e Gilberto Gil:

Isso é só uma pequena amostra do que os militares foram capazes.

Não podemos permitir que isso aconteça de novo!






19.3.24

A ditadura não acabou

Agência Câmara d Notícias
 

Houve uma ditadura no Brasil implantada pelo golpe militar de 1964. Um grande conluio envolvendo as Forças Amadas, empresários e figuras do mundo político e jurídico, todos alinhados com os EUA no contexto da Guerra Fria, inclusive com possível apoio armado dos estadunidenses em caso de confronto com as forças progressistas.

Durante 21 anos convivemos com militares se alternando no poder, por meio de eleições indiretas, com o apoio do STF e de parcela importante de políticos e empresários.

Os desmandos foram imensos. Corrupção generalizada, prisões arbitrárias, além de punições a funcionários públicos civis e a militares legalistas (sim, eles existiram um dia). Censura nas artes e na imprensa, perseguição implacável aos artistas.

O mais chocante foram os assassinatos, não nos confrontos armados, mas na tortura, além dos desaparecimentos dos opositores.

Existem famílias que não sabem o destino dos corpos dos seus entes queridos e não puderam chorar suas perdas.

Em 8/1/23 alguns saudosistas desses tempos sombrios tentaram repetir um golpe de estado. Felizmente se deram mal, mas se não houver punições exemplares, tanto para os civis e militares envolvidos na tentativa de golpe de 8/1/23, como para aqueles que torturaram e mataram na ditadura de 1964 estaremos sempre correndo o risco de que tudo se repita.

A Lei de Anistia (28/8/79) foi resultado da mobilização de parte da sociedade, mas, apesar de ter permitido o retorno dos exilados e a liberação dos presos políticos, possibilitou também a impunidade dos torturadores.

Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o próprio texto da Constituição Federal diz que a tortura é crime de lesa-humanidade e imprescritível, por isso fez um questionamento ao Supremo Tribunal Federal.

Em que pese os esforços da ex-presidenta Dilma Rousseff ao instaurar a Comissão Nacional da Verdade, que funcionou entre 2012 e 2014, as recomendações do seu relatório final, com uma lista com 377 nomes de pessoas que violaram os direitos humanos durante a ditadura, recomendando a responsabilização criminal, civil e administrativa de 196 pessoas dessa lista que ainda estão vivos, não obteve resultados concretos.

A comissão também recomendou em seu relatório final a revisão do trecho da Lei da Anistia que estende o benefício para agentes da ditadura.


Fonte: Pesquisadores alertam que Lei da Anistia ainda é um problema atual - Reportagem – Karla Alessandra – 30/8/21 - Agência Câmara de Notícias

18.3.24

62

Meus pais e eu (estou sentado, minha mãe é só baixinha mesmo)

Aqui estou para falar um pouco sobre mim mesmo. Mas não é para contar histórias, é apenas para dizer que dia 16 último completei 62 anos de idade.

Não pensei que alcançaria essa idade, por razões várias, nem mesmo imaginava que seria possível viver tanto.

Por ocasião do aniversário fiquei de alma lavada e enxaguada, como diria o velho Odorico Paraguaçu (azar de quem não o conheceu).

Almocei com meus pais, esposa, irmãs e sobrinhos, muita risada como de costume. Faltou o filhão, mas ele veio um dia antes para dar um beijo e um abraço.

Depois, nas redes sociais e por telefonemas (moda antiga) os parabéns dos amigos mais próximos e, para completar, via redes sociais, os cumprimentos recebidos de ex-alunos, ex-alunas e de ex-colegas de trabalho.

Fiquei feliz por ter sido lembrado por alunos e alunas queridas da primeira escola na qual lecionei, ainda no século passado, particularmente por ser lembrado por pessoas da primeira turma de ensino fundamental e de ensino médio que pude acompanhar por toda aquela fase.

Muitos alunos de cursinho, o que é natural, dada a proximidade das relações estabelecidas.

Uma coisa me chamou a atenção. Não recebi nenhum tipo de cumprimentos dos alunos e alunas da última escola na qual lecionei, embora tenha desenvolvido uma boa relação com alunos e alunas dessa instituição.

Mas foi nela que tive os maiores enfrentamentos, desde 2016/2017, com a turminha do MBL e do Escola sem Partido. Para ser justo eles eram minoritários, mas eram barulhentos. E vejam que coincidência, deles não recebi nenhum abraço ou felicitações.

Nesses 62 anos tive muitas falhas e errei bastante, mas sempre de cabeça erguida por conta das escolhas políticas, das causas que abracei e do profissionalismo no trato com a docência.

Lembro-me dos amigos da adolescência, quando nos sentávamos na praça da igreja, lá em Varginha, e falávamos como seria o distante ano 2000, os carros voariam, as pessoas não se prenderiam aos lugares etc. e tal.

A gente sonhava e imaginava um mundo sem guerras, sem fome, sem doenças, uma vez que a ciência daria conta de tudo.

Às vezes sinto vontade de ter uma conversinha com aquele moleque de 15 anos, que achava que era fácil mudar o mundo. Até parece.

E aqui estamos, 62 anos depois e sinto que o mundo ao meu redor está pior, passamos poucas e boas, vivemos uma ditadura terrível, cercado por outras piores e temos que tolerar um bando de imbecis, com elevado déficit cognitivo, pedindo a volta da ditadura!

 Vimos as guerras do Vietnã e da África, dentre outras, com tantas atrocidades e a gente pensava que nunca mais veríamos nada igual e hoje temos a Faixa de Gaza.

Gasta-se uma fortuna em armas e destruição, enqanto milhões padecem de fome.

É, acho que teremos que deixar para as próximas gerações dar um jeito nesse trem aqui.

14.3.24

Karl Marx

 


Cadê o ministério do governo Lula?

O tempo vai passando, já vai para mais de um ano da posse do Governo Lula e parte significativa da população não tem em mente os nomes dos ministros e ministras.

Enquanto Flávio Dino estava no Ministério da Justiça ele era destaque da comunicação dos atos de governo, até porque os bolsominions do Congresso insistiam em chamá-lo com frequência para depor e, por consequência, passaram vergonha.

Mas era secundado, com destaque, por Sílvio Almeida, Nísia Trindade, Sônia Guajajara, Aniele Franco dentre outras, às vezes no Congresso, às vezes na mídia.

A saída de Flávio Dino para o STF parece ter emudecido o Ministério. E temos ali pessoas brilhantes, capazes de enfrentar a inteligência (?) de Nikolas Ferreira, Zé Trovão, Carol de Toni e congêneres.

O que acontece? Qual a razão desse silêncio homérico de um Ministério com pessoas tão capazes?

Claro que temos alguns ministros que melhor seria que não estivessem por lá. Algumas perdas, como Ana Moser, são irreparáveis, mas ainda assim temos valorosos colaboradores e valorosas colaboradoras no governo, por que os deixar à margem da comunicação do governo?

Às vezes o excesso de holofotes sobre Lula não contribuí para a imagem dele, seria melhor deixar as grandes decisões, ou aquelas que causam grandes impactos sobre a população por conta dele e as decisões cotidianas nas mãos dos outros integrantes do governo.

Lula precisa agilizar a sua “brigada” de boas notícias, seria bom termos nomes como o Felipe Neto neste lugar, ou mesmo André Janones, que sabem o idioma das redes sociais, mesmo que fossem para distribuir boas notícias para a militância e está repercutir nas redes.

Há uma nítida dificuldade de se lidar com esses instrumentos modernos de comunicação, como o X, Instagram e TikTok, por exemplo. Não consigo imaginar o Lula, ou o ministro Padilha, fazendo as dancinhas típicas do TikTok, mas é necessário disputar e ocupar esses espaços virtuais.

  

13.3.24

01 de abril de 1964

 No mês de março algumas pessoas e instituições comemorarão o golpe de 1964, que instituiu uma ditadura militar, com forte apoio do empresariado nacional, com raras exceções.

Leonardo Silva de Recife, Pernambuco, Brasil , CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

Prefiro lembrar a data, com muita raiva, de 01 de abril, quando, de fato, os tanques foram às ruas e deram início a um longo período de terror, que matou e “desapareceu” muitos brasileiros e brasileiras valorosos.

Infelizmente o governo Lula opta por ignorar a data, assim como está ignorando os mortos e desaparecidos políticos em nome de uma pacificação, que mais se assemelha e uma rendição aos milicos.

Ao contrário de países vizinhos, que passaram por ditaduras semelhantes, não punimos os militares e os civis que mataram e desapareceram com pessoas, deixando muitas famílias com a dor da perda e de não poder plantear seus mortos

Lançar luzes sobre esse passado recente é fundamental para que ele não se repita e seria muito pedagógico para construção do nosso futuro.

Penso que a tentativa de golpe de 8/1/23 e toda a movimentação da extrema direita, com protagonismo de alguns oficiais das Forças Armadas, tem uma relação óbvia com a impunidade do que aconteceu a partir de 1964.

Esse acerto de contas é muito necessário, tanto o acerto com o 8/1//23, quanto o acerto de contas com a ditadura cívico-militar de 1964. Sem isso nunca teremos um país de verdade.

Não entendo que as Forças Armadas sejam pacificadas deixando esses indivíduos, que cometeram crimes, livres, leves e soltos.

Precisam ser punidos de acordo com os regulamentos das Forças Armadas e de acordo com a justiça criminal também. Na sua maioria esses oficiais são pessoas perversas, que tem um senso muito próprio de democracia e verdade.

A partir de 1964 deram início a uma guerra interna, contra comunistas que, segundo eles, estariam prontos para tomar o país. Em nome dessa guerra torturaram, mataram, despareceram com operários, estudantes, políticos e pessoas anônimas.

Forjaram fugas, atropelamentos e suicídios. A impunidade faz parecer que os agentes do Estado que possuem armas possuem também o poder sobre a vida e a morte das pessoas não armadas.

Enquanto não houver julgamentos e reparações históricas, principalmente a localização dos corpos daqueles que foram assassinados, não haverá paz.

Precisamos seguir o exemplo da Argentina, Chile e Uruguai, nossos vizinhos que viveram ditaduras semelhantes e mostrar para os jovens do que eles foram capazes.

Assim terminaremos de vez com a escola sem partido e deixaremos os adeptos das ditaduras sem coragem de colocar a cara a mostra.

8.3.24

Dia 8 de março, dia de lembrar e lutar

Hoje é dia de comemorar o Dia Internacional das Mulheres, mas, por favor, sem chocolates e flores. É dia de lutar e lembrar aquelas que tombaram vítimas do feminicídio, que sofrem violência doméstica e que ganham menos do que os homens para fazer a mesma coisa que eles.

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Artigo_Lei_Maria_da_Penha_(8695976633).jpg][img]undefined[/img][/url Superior Tribunal de Justiça STJ do Brasil, CC POR 2.0, via Wikimedia Commons

Infelizmente não há muito o que comemorar. Faltam mulheres no governo e algumas que permaneceram perderam poder no jogo da política do “é dando que se recebe”, mas no caso do atual governo não está recebendo.

Governos progressistas têm enfrentado o problema há décadas, mas o machismo estrutural e os valores patriarcais que organizam nossa sociedade são muito fortes e acabam prevalecendo.

Havia, durante um bom tempo, a esperança de que as novas gerações superassem esses valores, mas hoje essa esperança está se esvaindo, principalmente quando vemos o nosso Congresso, majoritariamente machista, conservador e extremamente retrógrados, com deputados jovens e eleitos por jovens!

O que fazer? Há um esforço descomunal por parte dos educadores para reverter esse quadro, mas, muitas vezes, são impedidos pelas famílias, que os qualificam como doutrinadores, propagadores da ideologia de gênero (seja lá o que for isso), esquerdistas, feministas etc.

Aliás, hoje recebi pelo WhatsApp uma publicação repudiando um “Congresso Antifeminista” em Santa Catarina, evento agendado para hoje – 08/03/2024 – dentro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Não tenho palavras para expressar minha indignação.

Vamos averiguar alguns indicadores que mostram a necessidade de leis que garantam a vida das mulheres e, ao mesmo tempo, a necessidade do feminismo.

Esse gráfico foi produzido pelo Senado Federal

Fonte: Agência Senado

Esse outro gráfico foi resultado de uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2022.

Fonte: Dados revelam crescimento alarmante de todos os tipos de violência contra a mulher. Infográfico: Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2022)

Já essa tabela retirei do Vermelho.org (jornal do PC do B) e mostra uma série histórica que facilita a comparação do quadro de violência.

Ou seja, essa pequena amostra indica a necessidade de políticas permanentes de defesa da vida das mulheres e de estímulos a sua emancipação social, política e financeira. O que mostramos ontem com relação a execução do orçamento do Ministério das Mulheres vai no sentido contrário dessas necessidades.

Recomendo acompanhar a entrevista com Maria da Penha, que dá nome a Lei, no ICL.


Veja a divulgação completa do evento e a página de inscrição no evento clicando AQUI.














7.3.24

Notícias ruins para quem fez o "L"

Hoje a mídia não apresenta boas notícias para quem, como eu, fez o L nas últimas eleições.

Claro que a situação melhorou como um todo, nossa democracia tem se fortalecido e p Brasil retomou o ligar que lhe cabe no cenário internacional, em que pese Israel nos qualificar como um “anão diplomático”.

Mas voltemos à mídia.

O governo, de maneira surpreendente, não está fazendo nenhum esforço para a cassação das concessões públicas da Jovem Pan, chamada carinhosamente de Jovem Klan, dados os pendores fascistas desta emissora.

Claro que a cassação é função do poder judiciário, em última instância, mas a Secretária de Comunicação e a Advocacia Geral da União têm papel importante nessa questão.

A citada emissora mentiu descaradamente, distribuiu fake news a torto e a direito, tem muitos dos seus “jornalistas” processados e foragidos.

A retirada das concessões das emissoras da Jovem Pan teria importante papel pedagógico para a mídia comercial nativa. Difícil entender a razão de não o fazer.

Outra notícia preocupante, apontado pelo ICL Notícias na reportagem de Igor Mello e Karla Gamba (clique aqui para ler a matéria completa), dá conta que o Ministério das Mulheres executou apenas 18,5% do orçamento destinado para a pasta em 2023. O ministério tinha disponível um total de R$ 149 milhões, mas gastou efetivamente apenas R$ 27,5 milhões.

Mas a coisa não para por aí. Um programa essencial para a proteção das mulheres é a Casa da Mulher Brasileira, centro de acolhimento e apoio às mulheres vítimas da violência, não gastou um real dos R$ 18 milhões destinados no Orçamento para implementação de novas unidades.

Dados consultados pelos repórteres no Portal da Transparência, com a palavra o Ministério das Mulheres, a Secretaria da Comunicação e o governo federal.

Por fim, mas não menos importante, as análises da pesquisa que avaliou o governo Lula nos dias 25, 26 e 27/02 , indicando um avanço nas opiniões sobre o governo.

O jornalista Leandro Demori chamou a atenção para a data da pesquisa, coincidindo com a manifestação do Bolsonaro na Av. Paulista, que repercutiu intensamente na mídia e juntou uma multidão na avenida. Estimativas feitas pela USP dão conta de aproximadamente 185.000 pessoas.

Outros analistas chamaram a atenção para a participação dos evangélicos nessa avaliação negativa.

Também a pesquisa apontou uma percepção de piora da economia e da inflação, embora a realidade não confirme isso, mas, me parece, que muitas igrejas e pastores evangélicos disseram isso nos cultos do último mês, sem contar o papel das redes sociais, particularmente o WhatsApp e Telegram.

Espero que as notícias ruins sobre as ações do governo parem por aí e que tenhamos um 8 de março marcante, com medidas importantes para a proteção das mulheres e avanços significativos no papel da mulher do nosso país.

4.3.24

Uso de charges

Sempre gostei dessa linguagem, tanto de charges quanto de quadrinhos. Como professor usava e abusava das charges, tanto nas aulas quanto nas avaliações. Depois de aposentado resolvi usá-las nas redes sociais. O meu Instagram (@proftoni62) é um grande disseminador de charges, sempre citando as fontes, é obvio.

Talvez isso seja resultado da minha falta de talento para as artes. Sou péssimo no desenho e tenho muita tristeza por nunca ter aprendido a tocar um instrumento musical.

Essa charge que destaquei faz uma referência à literatura, o livro O Menino do Pijama Listrado – cujo filme me fez chorar muito –, associado ao drama do genocídio vivido hoje pelo povo palestino na Faixa de Gaza e na Palestina de forma mais ampla.

Clique aqui para ler um pequena síntese do livro.

A maioria dos chargistas têm uma capacidade de síntese impressionante, o @cartunistadascavernas (Gilmar), @arocartum (Renato Aroeira), @miguelpaiva (Miguel Paiva), Carlos Latuff dentre outros,

Recomendo seguir todos.


2.3.24

É urgente taxar os super ricos

Além de taxar os super ricos no Brasil é necessário taxá-los no mundo!

Os paraísos fiscais precisam ser vigiados por todos e pensar que essa grana vai auxiliar na resolução dos grandes problemas dos países pobres: fome, habitação, educação, ambiente combate à pobreza etc. 

Abaixo segue vídeo do ICL, com a fala do André Roncaglia, professor de economia da Unifesp e doutor em economia do desenvolvimento pela FEA-USP.

Esse debate segue interditado no Brasil por conta do receio da classe média, que tem medo de perder o seu jipe Renegade, ou ver seu Rolex paraguaio ser confiscado.

Não se trata disso. A explicação do professor André Roncaglia é muito boa e mostra quem seria o alvo de tal taxação.

A proposta de Fernando Haddad é excelente. Seria fácil de ser executada? Seria facilmente aprovada?

Embora a discussão seja econômica, a decisão sobre ela é POLÍTICA! Por isso a importância de discutir e aprender sobre política.



1.3.24

A guerra sem limites de Israel contra o povo palestino

 



    Imagem via Facebook                                                                   



  Fonte: CNNPortugal – 8/06/22

O acontecimento de ontem (29/2) na Faixa de Gaza foi um crime de guerra terrível, parte do genocídio em curso na Palestina, quer queiram ou não os sionistas, isso é um fato!

Guarda semelhanças com as ações dos EUA na Guerra do Vietnã.

Não adianta ofender o presidente Lula e a diplomacia brasileira, o que Israel faz, patrocinado pelos EUA e com o apoio silencioso, com raras exceções da Europa, pode ser comparado ao que os judeus sofreram na 2ª Guerra Mundial e aos assassinatos étnicos (armênios, tutsis etc.) cometidos ao longo da História.

O jornalista Jamil Chade, do portal UOL publicou um texto sobre o tema (clique aqui para ler) indicando que o Brasil aumentou o tom contra a postura de Israel por conta desse massacre de ontem.

Importante ressaltar que não se pode aceitar a versão do direito de defesa, alegado por Israel. Se assim entendermos, podemos afirmar que os palestinos estão tentando se defender desde os anos de 1940.

A crueldade do ato de ontem superou todas as outras, se é que isso é possível. A quantidade de mulheres e crianças assassinadas nessa guerra é impressionante.

Sempre com a cobertura bondosa da mídia corporativa brasileira, que prefere tirar a credibilidade das fontes palestinas,  mesmo que em desacordo com a própria mídia israelense. O jornalista Chico Alves publicou um texto primoroso sobre o tema no ICL Notícias (é só clicar aqui para ler a matéria na íntegra).

Não há limites para a crueldade das guerras, mas essa, movida a pretexto de combater o terrorismo do Hamas, impressiona pelas imagens, principalmente dos ataques aos hospitais e escolas.

Crianças sendo amputadas sem anestesia é de doer na alma. As cenas que nos chegam pelas redes sociais são de fazer chorar. Imagino que não tenha nada mais desumano do que bombardear hospitais, escolas e templos religiosos.

Já passam de 30.000 mortos, sem contar aqueles corpos que estão desaparecidos entre os escombros.

A máquina de propaganda sionista não permite que fontes independentes verifique as alegações de lado a lado. Nossa mídia assume o que afirma Israel como verdade e sempre questiona o que dizem os palestinos.