29.2.24

Refletir sobre o passado para construir um futuro melhor




Não podemos aceitar que fato como esse da imagem se repita. Para além da imagem foi uma vida que se foi, vitimada por assassinos fardados em nome do Estado.

Por isso Lula errou feio ao dizer, numa entrevista para a Rede TV, que não quer remoer o passado, ao falar sobre os mortos e desaparecidos na ditadura cívico-militar.

Não se trata de remoer nada, mas sim entender o passado e como foi possível permitir tal violência por parte do Estado e, em seguida, com a redemocratização, por quais razões esses crimes não foram devidamente punidos.

Quando olhamos para nossos vizinhos, que tiveram experiências tão, ou mais dolorosas como a nossa, conseguimos ver punições exemplares, como foi feito no Chile, Argentina e Uruguai, por exemplo.

Por que não fizemos o mesmo? Os militares brasileiros “controlaram” o processo de redemocratização, chegando ao absurdo de anistiar a si próprios, até mesmo com relação a crimes praticados após a promulgação da Lei da Anistia.

Não podemos anistiar crimes de sangue, sob pena de vê-los repetidos em outros momentos. Os agentes do Estado, sejam soldados ou generais, devem ser severamente punidos.

A coalizaomemoria.org.br publicou uma nota sobre a declaração do Lula na Rede TV, citada a seguir, copiada da página do iclnoticiais.com.br:

“Entendemos que a fala do presidente é equivocada, e gostaríamos de convidar o governo e a sociedade civil a refletir sobre a questão. Queremos começar destacando que falar sobre os 60 anos do golpe de Estado não se trata de remoer o passado. Pelo contrário, trata-se de colocar em debate o que queremos para o futuro do Brasil”, informa a Coalizão que reúne mais de 100 coletivos e entidades de todo o país, entre elas o Instituto Vladimir Herzog.

“Localizar os desaparecidos deve ser parte de uma agenda mais ampla, que passa inclusive por uma discussão sobre o quanto inúmeros setores da sociedade foram atingidos pela ditadura e até hoje nem foram reconhecidos como vítimas do regime. Indígenas, camponeses, moradores de favelas e periferias, a população negra, os LGBTQIA+, os trabalhadores”, aponta a Coalizão.

Não podemos compactuar ou aceitar pacificamente as declarações do presidente da República. Dentre os muitos acertos de Lula devemos registrar esse episódio lamentável!

Muito provavelmente se os envolvidos no golpe de 1964, militares ou não, tivessem sido exemplarmente punidos, o 8/01/23 não teria acontecido.

 

28.2.24

Isenção de impostos para igrejas não é correto

Hoje, o jornalista Chico Alves, publicou no iclnoticias.com.br um artigo tratando do avanço da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que amplia os benefícios fiscais para os templos de todas as religiões:

“A Proposta de Emenda Constitucional que amplia a imunidade tributária de entidades religiosas e templos de qualquer religião foi aprovada na comissão especial por unanimidade, em votação simbólica. Agora, será avaliada em plenário.”

Clique aqui para ler a matéria completa.

Templo de Salomão – fonte: Universal.org

Ao mesmo tempo aparecem na imprensa notícias sobre as fortunas dos líderes dessas igrejas, compostos na sua maioria, por pessoas pobres. Leia aqui e aqui matérias mostrando a riqueza de alguns pastores.

Isso só mostra que a exploração da fé rende muito dinheiro para alguns pilantras.

Não cabe ao Estado se meter nas religiões, mas cabe ao Estado cobrar os impostos devidos, já que é uma atividade lucrativa, aliás isso é Bíblico, “daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

As isenções de impostos precisam ser associadas ao desenvolvimento do país ou setores mais sensíveis da economia. Seria fundamental isentar mais faixas salariais, fazendo assim com que o consumo aumente.

Além disso, os deputados e senadores cobram o equilíbrio fiscal, palavras bacanas para cortar gastos sociais. Cálculos de especialistas apontam que, se a proposta for aprovada, vai significar uma renúncia fiscal de R$ 1 bilhão!

A ampliação da imunidade tributária para as igrejas auxilia as pessoas ricas em detrimento dos pobres. Por outro lado, é necessário aumentar a fiscalização da Receita Federal sobre esses pastores milionários.


27.2.24

Política, mentiras e armações diversas

Ontem conversei com uma querida amiga que se nega a falar sobre política. Ela teve uma experiência pessoal que a deixou muito magoada por isso quer distância desse tema. No fim da conversa ela disse que não “há verdades” nos políticos.

Gostaria de partir disso: não existem verdades absolutas, mas sim visões das "verdades".

 

Imagem da Terra Plana


Imagem de <a href="https://br.freepik.com/vetores-gratis/planeta-bonito-do-planeta_1103753.htm#query=terra%20plana&position=26&from_view=keyword&track=ais&uuid=5a0c1010-e906-4ea2-b42e-9ebaf6e1368b">Freepik</a>


Imagem de um "político honesto"


semelhante à imagem da Terra Plana - Fonte: Poder360





Quando estudante, aprendi que as verdades podem ser fabricadas. Mesmo diante de imagens, ela, a verdade, pode ser mudada. No caso de uma reportagem filmada a narrativa – palavra da moda – pode ser alterada pela simples posição da câmera. Podemos afirmar que a fotografia revela uma verdade diferente a depender do ângulo revelado.

Mas não podemos brigar com o fato em si. Ele existe, mas a interpretação, ou leitura desse fato, depende da visão de mundo de cada um, seja jornalista, acadêmico ou um cidadão comum como eu.

Na minha maneira de pensar os políticos, gestores e agentes públicos têm o dever de não mentir. Quando o fizerem devem ser severamente punidos, com a perda do cargo e, principalmente, dos vencimentos.

Hoje temos uma lista enorme de mentirosos provados. Ex-presidentes da República, militares de alta patente, Governadores de estados, juízes, desembargadores, senadores, deputados etc. As mentiras dessas pessoas normalmente resultam em crimes ou acobertamento deles.

Na questão que envolve crimes de políticos existe uma arma terminal: o voto! Mas a mentira é consagrada nas urnas, como vemos hoje no caso de deputados e senadores, que compõem a maioria do Congresso Nacional, que se defendem com novas mentiras, hoje chamadas de fake News.

Tal punição exigiria uma educação política acurada, que poderia ser adquirida nas aulas de Língua Portuguesa, História, Geografia, Sociologia, Matemática e demais disciplinas que compõem o currículo escolar. Um razoável conhecimento de Biologia evitaria o negacionismo envolvendo vacinas, por exemplo. Conhecimentos de Matemática, combinado com História e Geografia, evitaria o surgimento dos terraplanistas.

Muitas vezes bastaria uma boa interpretação de texto para escapar da burrice.

Isso tudo para dizer que existem políticos honestos e decentes, ao longo da minha vida conheci alguns. Todos seres humanos, portanto sujeito a erros, que, a depender da gravidade dos erros, devem ser excluídos da vida pública.

26.2.24

Av Paulista: show de horrores no dia de ontem

Ontem a Av. Paulista apresentou um show de horrores!

As bandeiras do Brasil e de Israel assumiram o protagonismo do Carnagado (ou Micagado) deixando a bandeira dos EUA relegada a segundo plano.

A coerência não é o forte dos bolsonaristas e menos ainda a inteligência.

Nas redes sociais os vídeos se destacaram, com muita confusão, tanto teórica quanto teológica.

Abaixo uma pequena amostra.

Via Twitter

Nesse vídeo vê-se o uso de um hino da esquerda embalando o delírio bolsonarista. As pessoas não entenderam a letra da canção, ou a realidade e a história do país. É um baixo nível de cognição que impressiona.

Via Twitter

 Esse outdoor serviu para os bolsonaristas posarem para fotos. Nele estão o Bibi Netanyahu  e o Bolsonaro. O termo em hebraico diz "GENOCIDAS".

 

Via Twittir

Também são especialistas em mentir, aqui e em além mar. nesse caso o português em questão diz que foi intimidade pela PF no aeroporto, mas na verdade, ele tentou entrar para trabalhar no Brasil, a serviço do "Chega" usando visto de turista.


Via Twitter - Joaquim de Carvaçho - @joaquimmonstrao

Mas o ponto alto da festa foi esse vídeo! Vejam vocês mesmos.


Depois o Tarcísio de /freitas, esse carioca que não conhece São Paulo, mas foi escolhido pela maioria da população desse estado para governá-lo. Parecia missa de corpo presente, com direito a cancelamento de CPF.

Também tivemos o discurso do “pastor” Malafaia. Parecia Bolsonaro no 7 de setembro de 2021! Muita ferocidade, ameaças ao STF, ao Alexandre de Moraes e às urnas eletrônicas. Parece-me que ele quer ser preso para assim se cacifar como candidato a presidente da República em 2026.

O ponto alto foi o discurso de Bolsonaro. Não pela qualidade, mas pela sinceridade, ou um verdadeiro “sincericídio,” ao confessar as armações prévias do golpe. O que ele se negou ao falar no depoimento do Polícia Federal ele afirmou ao vivo, para 200.000 pessoas presentes.

Ele assumiu a história da minuta golpista e as conspirações. Veja com seus próprios olhos e ouça com seus próprios ouvidos:


Via Twitter - Reinaldo Azevedo @reinaldoazevedo

 

 

25.2.24

Cenas da mica gado da Av. Paulista

 Essas pessoas perderam a noção completamente!

Se apropriam de hum hino da esquerda, contra a ditadura e que embalou nossas lutas e sonhos por muito tempo e acham que entenderam a mensagem.

A falta de capacidade de interpretação de texto não me surpreende.

Aqueles que lá estão são cúmplices do que há de pior nesse país.


Fonte: William Delucca - @delucca via X

23.2.24

Mica gado

Bolsonaro convocou seus adeptos para irem à Av. Paulista no próximo domingo dia 25/02. Segundo ele próprio, conforme vídeo que circula nas redes sociais, esse evento tem por objetivo fazer sua defesa.

Podemos chamá-la ainda de “eu me amo, não posso mais viver sem mim e nem ser preso”.

Insistiu ainda, nessa mesma convocação, que os seus seguidores não façam protestos contra esse ou aquele poder instituído, por medo de ser preso caso tenha tal manifestação.

É uma convocação de uma grande micareta pró-golpe, caso a PF queira, basta cercar a área ocupada pelo gado bolsonarista e baixar as grades. Penso que seja complicado para os bolsonaristas deixarem de protestar contra o STF, as urnas eletrônicas ou a “globo comunista”. O nível médio de compreensão de texto desse povo é muito baixo, fazem da ignorância seu motivo de viver e se orgulham dela.

O que esperar de um pessoal que rezava para pneu, chamava ET com lanterna de celulares e se pendurava em para-brisas de caminhão?

Bolsonaristas cantam hino nacional e oram para pneu - Fonte: O Tempo - 03/11/22

No UOL de hoje os bolsonaristas falam em guerra civil (clique aqui para ler)

Esse grupo de pessoas, liderados por uma pessoa que nunca produziu nada de útil na vida, não acredita no jogo democrático e não acredita em nada que escape da sua (pouca) capacidade de interpretar o mundo.

Imagino que tal evento, também batizado de carnagado (via @deluccawilliam) será um sucesso de público, não por ser justa, mas por centrar fogo no estado mais bolsonarista e com apoio integral do seu governador.

Resta saber quem vai financiar essa micareta golpista. Os financiadores dos anos anteriores estão recolhidos e nem todos estão disponíveis para bancar essa jogada arriscada.

O que vai acontecer depois disso? Nada. A PF continuará investigando, o STF continuará julgando e as eleições continuarão usando as urnas eletrônicas. Já Bolsonaro e o bolsonarismo também continuarão dando o ar da graça, precisaremos de muito mais esforços para tentar trazer o país de volta a padrões mínimos de civilização.


22.2.24

Lula falou de improviso?

A mídia comercial nativa fez um estardalhaço com relação a fala de Lula na Etiópia, quando criticou duramente o regime sionista de Israel

A defesa do povo palestino é necessária e urgente. Estão sendo dizimados de forma covarde e violenta, aproximadamente 30.000 mortes, sendo um terço delas crianças.

Some-se a isso a posse e o domínio do território, tanto a Faixa de Gaza como a Cisjordânia, com a justificativa de combater o Hamas9 que cometeu o atentado terrorista no último mês de outubro.

A intenção do governo de plantão em Israel parece ser confinar o povo Palestino num espaço que facilite a sua aniquilação.

O mundo não pode se calar ante tal situação, por isso Lula foi duro ao abordar a questão numa entrevista coletiva.

Disse que a ação de Israel se assemelhava aquela realizada por Hitler, quanto se dispôs a eliminar o povo judeu. E, de fato, se assemelha.

Em nenhum momento Lula usou a expressão “holocausto”, mas as autoridades do regime sionista insistem nessa mentira.

Num primeiro momento a imprensa nativa, com a Globo News, Folha, Estadão, O Globo e demais congêneres, partiram pra cima do presidente, fazendo eco a lenga-lenga do governo de Israel, propagando mentiras e exageros.

Até mesmo setores progressistas entenderam que Lula deveria pedir desculpas. Penso que não seja o caso e a diplomacia brasileira acertou, a meu juízo, em ter sido tão enfática na defesa da fala do presidente Lula.

Por outro lado, apareceram aqueles que disseram que a intervenção foi desastrada e partiu da cabeça do presidente, mas sem citar de onde vem essa informação.

Apenas a jornalista Heloísa Vilela afirmou que não houve improviso; clique aqui para ler a matéria dela.

Fonte: iclnoticias.com.br - 20/2/24

Essa ladainha parece ser eterna e disfarça um preconceito contra um líder extremamente expressivo, que não é escolarizado o suficiente para agradar a elite.

Lula é forjado na luta sindical e tem como característica os discursos inflamados e as falas relativamente espontâneas, isso não quer dizer que vive falando o que lhe vem à cabeça e muito menos que ele não ouve os seus ministros e conselheiros.

Lula é um cara intenso, sensível e intuitivo. Erra? Claro, afinal é apenas um ser humano com inteligência privilegiada. Mas me parece que sempre que alguns discordam do que ele fala acusam-nos de improviso, quando acerta elogiam seus assessores e conselheiros.

Lula está no seu terceiro mandato e muitos ainda não engolem que um retirante nordestino ocupe o cargo de Presidente da República Federativa do Brasil.

20.2.24

O Gueto de Gaza

A entrevista de Lula, com palavras duras contra os crimes do estado de Israel, está gerando uma onda forte de debates na mídia, com posições favoráveis – a mídia hegemônica à frente – e contrárias – capitaneadas pela mídia alternativa.

A mídia empresarial brasileira preferiu criar um factoide com base na comparação da tragédia palestina com o Holocausto. Isso parece ser um consenso na grande mídia, mas, ao procurar o vídeo original não encontrei essa palavra nas falas de Lula. Não existe a menção ao termo HOLOCAUSTO. Lula fez uma analogia entre o que Israel faz hoje na Faixa de Gaza com a perseguição e morte de judeus feita pelo regime nazista.

E qual é o problema em se fazer analogias? Nenhum. É um recurso de retórica, muitas vezes excessivamente didático, para facilitar a compreensão de um determinado fenômeno. Nisso Lula foi perfeito.

A rede de TV CNN foi mais correta na chamada, analisando criticamente o conflito, embora tenha chamado de guerra o evento que na verdade é muito desigual. Tal rede comporta-se, quase sempre, como porta-voz do Estado sionista, mas dessa vez foi mais ou menos correta. De um lado um exército bem armado e treinado e de outro um grupo de terroristas, à margem de um estado organizado. 

Reparem que a matéria fala da importância da fala de Lula comparada à Irlanda, que disse mais ou menos a mesma coisa poucos dias antes e ninguém falou nada.

Ontem um médico francês, que estava em Gaza apoiando ações dos médicos palestinos, voltou para França falando poucas e boas contra Israel. (clique aqui para ler no UOL.

Lula não contou nenhuma novidade. Somente para a nossa mídia empresarial causou choque.

Caso queira ler sobre o “outro lado”, trate de procurar na mídia alternativa como o iclnotícias.com.br (aqui uma matéria interessante).

Por outro lado. muitos jornalistas seguem com a ladainha do risco da “fala de improviso”, fato que comprometeria o discurso do presidente do Brasil. Mas quem disse que a fala foi de improviso?

Não vejo equívocos naquilo que Lula falou. Ele foi certeiro e o estramento está na mídia brasileira, que só dá ouvidos às entidades sionistas e não ouve os palestinos, por exemplo.

Há um grande desvirtuamento do centro do verdadeiro debate: os assassinatos cometidos pelo sionismo no Gueto de Gaza (só para explicar: uma analogia com o Gueto de Varsóvia).

A mídia, inclusive aquela que defende Israel, fala em mais de 25.000 mortos, dentre os quais 45% de crianças.

Teriam essas 25.000 pessoas participado do sequestro de israelenses em nome do Hamas? E essas crianças, seriam jovens terroristas?

Após o ataque do Hamas os palestinos foram confinados em Gaza e, segundo os israelenses, deveriam rumar para o Sul, pois o Norte seria atacado para “combater” o Hamas.

A população se concentrou no Sul, próximo à fronteira com o Egito e então Israel passou a bombardear o Sul, onde a população palestina havia se concentrado.

Está armado o Gueto de Gaza, agora ficou mais fácil para Israel exterminar o povo palestino, já que estão concentrados numa pequena faixa de terra. Somente a comunidade internacional poderá evitar tal massacre.

Desde o início dos ataques israelenses foram bombardeados hospitais, escolas, templos religiosos, ou seja, tudo que as convenções que organizam as guerras e tentam dar tintas de civilização aos conflitos foram solenemente ignorados pelo exército sionista.

O portal Opera Mundi apresenta uma matéria (é só clicar aqui que para ler) repercutindo as denúncias de violência sexual e outros abusos cometidos contra mulheres e meninas palestinas na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.

Os crimes cometidos por Israel se amontoam. Esse drama não é novo e data do início do século XX quando o sionismo começou a patrocinar a imigração de judeus para a Palestina. O que era convivência pacífica tornou-se conflituosa com a ação aramada de grupos armados.

Talvez a solução dos dois estados seja aplicável?

O que não podemos aceitar, de forma alguma, é que Israel continue a desrespeitar sistematicamente as deliberações da ONU, escudados por seu principal defensor – os EUA – e muito menos o extermínio de um povo.


15.2.24

Precisamos defender a política e os bons políticos

 Há uma necessidade de se afirmar a política como necessária e fundamental para a vida em sociedade.

Afinal o diálogo e a convivência entre os diferentes precisam ser mediados e a melhor maneira de fazê-lo é por meio da política. Ela é essencial para essa mediação.

A mídia – de maneira pensada – tem levado, nas últimas décadas, a uma criminalização da política e dos políticos de maneira geral.

Um dos desafios para o campo progressista é fazer a defesa da política com meio civilizado para a convivência e o embate de ideias, mas os políticos não ajudam!

Veja o exemplo do carnaval. Comecemos pelo caso mais escabroso, que foi o patrocínio da escola de samba do RJ que fez uma ode a Maceió e aos políticos que ajudaram na liberação do dinheiro para a agremiação.

Segundo o jornal o Globo a Beija-flor, que teve Arthur Lira no desfile, recebeu R$ 8 milhões da prefeitura de Maceió.

Clique aqui para ler o que o Congresso em Foco noticiou sobre o tema.


Lira curtiu o desfile da Beija-Flor ao lado do prefeito de Maceió, JHC, à esquerda, que liberou o financiamento de R$ 8 milhões para a escola homenagear a cidade. Foto: redes sociais - Fonte: Congresso em Foco - 12/2/23.

Esses milhões que bombaram nos cofres da Beija-flor parecem não ter dado muita sorte para a agremiação e menos ainda para o deputado Arthur Lira (PP-AL). Parece que pegou mal, tanto na mídia quanto na população.

Quem pagou a ida ao Sambódromo do RJ do Lira e comitiva? Isso está contemplado nos R$ 8 milhões liberados?

Mas não foi só isso. Sabemos que a semana que marca o fim do carnaval é mais curta, pois o período útil se inicia na Quarta-Feira de Cinzas ou, no máximo, na quinta-feira, mas o que fizeram os excelentíssimos parlamentares? Resolveram emendar a semana descansando.

Qual a razão desse descanso extemporâneo? Os deputados e senadores serão descontados desses dias de gazeta?

Falta transparência e prestação das contas públicas. Os cidadãos e cidadãs precisam saber de todas essas informações, além daquelas das Assembleias Legislativas e Câmaras dos Vereadores.

Os políticos, militares e demais funcionários públicos, precisam esmerar-se nos bons exemplos e condenar os exemplos ruins, a começar pelo cumprimento das leis e normas da sociedade.

9.2.24

Estrutura do PL foi usada para preparar o golpe

O que aconteceu em 8/01/2023 (gran finale) foi gestado desde 2018 e plenamente ensaiado desde 2013, na esteira das “primaveras” promovidas por ONGs estadunidenses, que resultou no golpe contra Dilma (1° ato).

Bolsonaro, com firme parceria das FFAA, tentou romper a democracia, jovem e insegura, com o golpismo de sempre, como o de 1964 e os anteriores.

Se em 1964 a mídia, principalmente os jornalões, como o Estadão e o Globo, e as emissoras de rádio tiveram um papel fundamental no golpe militar, dessa vez esse papel coube ao WhatsApp e outras redes sociais e, ao invés das entidades empresariais o PL – Partido Liberal – jogou pesado na tentativa golpista.

O mais grave é que o PL, assim como os demais partidos com representação no Congresso, conta com dinheiro público, oriundo do Fundo Partidário, que nesse ano será uma bolada de  R$ 4,9 bilhões (Fonte: Agência Câmara de Notícias).


Fonte: icl.com.br - 08/02/24

Desse total o PL abocanhará um total de R$ 863 milhões (Fonte: O Estado de SP).

O dinheiro para compor o Fundo Eleitoral vem do Orçamento, portanto é dinheiro público. O que fazer com esse partido, que usa dinheiro público para bancar parte do sistema golpista, que, felizmente, não deu certo?

Ontem (08/02) o presidente do PL foi preso, embora houvesse contra ele apenas um mandato de busca e apreensão, o que já é grave, e encontram uma arma irregular e uma pepita de outro de procedência não identificada, portanto, de origem criminosa.

Por isso ele foi preso em flagrante. No caso da posse de arma de fogo irregular cabe fiança, mas no caso da pepita sem origem legal. não.

A mansão que o PL usa em Brasília foi apelidada de “QG do golpe”. Clique aqui para ler matéria do UOL sobre o envolvimento do PL.

Para a sorte dos democratas esses caras foram muito incompetentes. Lascaram o Brasil com grana para os taxistas, caminhoneiros etc. e não conseguiram eleger o mito.

O STF e a PF estão fazendo um trabalho excepcional, espero, sinceramente, que não acabe em pizza, ou pelo menos que essa pizza seja servida na Papuda.

7.2.24

Morrer em São Paulo está pela hora da morte

Faz quase um ano que os cemitérios de São Paulo foram privatizados (sistema de concessão). Nesse curto período morrer na capital do estado mais rico da federação ficou 11 vezes mais caro, segundo matéria do Brasil de Fato.


Jornal Brasil de Fato - 05/02/24 - Michael Dantas/AFP

Morrer tá custando entre R$ 3.250 a R$ 4.613,25, contra R$ 289,35 anterior a concessão. Importante ressaltar que os valores podem variar de acordo com a concessionária.

Existe também a possibilidade de atendimento à população de baixa renda, mas, no caso da capital paulista, isso depende da inscrição no CadÚnico. Esse sistema é federal, mas a responsabilidade pela inscrição é da Prefeitura, tarefa hercúlea em São Paulo.

Os serviços não melhoraram como o prometido. Os cemitérios estão com zeladoria prejudicada, faltam funcionários (que surpresa!)

Precisamos ouvir as pessoas do “privatiza que funciona melhor e o serviço fica mais barato”.

Exemplos desses descalabros não faltam, seja no transporte público, nas telecomunicações ou no saneamento básico.

Sempre que se fala sobre isso é lembrado do caso da telefonia. É verdade que o fornecimento de linhas telefônicas foi agilizado, mas os serviços melhores, propagandeada pelos privatistas, não aconteceu, além da vantagem da concorrência, que, na verdade, não existe.

E a distribuição de energia elétrica? A ENEL ,aqui em São Paulo, é muito ruim, e qual alternativa caso você não queira ser atendido pela ENEL? Voltar à idade da pedra.

Os serviços essenciais privatizados, sejam federais, estaduais ou municipais não funcionam! Eles devem permanecer sob controle do Estado e não dando lucros para empresas privadas.

2.2.24

As Forças Armadas precisam voltar ao seu papel constitucioal

 As Formas Armadas precisam voltar ao seu papel institucional e se recolher aos quartéis, deixando a política para os civis.

E mais do que isso: voltar para os quartéis e abandonar os gabinetes.

É preciso da um basta à sucessão de escândalos que tem abalado as instituições militares no último período.

Seria uma excelente ideia se os militares protegessem as fronteiras, evitando o tráfico de drogas e de armas e defender a integridade do território nacional, por exemplo.

Um militar deve servir ao Estado e não a um líder ou partido político, sendo necessário obedecer a autoridade eleita como tal. Hoje o Presidente Lula é o Comandante Supremo das Forças Armadas, assim diz a Constituição Federal de 1988.

Por isso é inconcebível que os militares, envolvidos na proteção ao Povo Ianomami, se recusem a cumprir a missão dada pelo presidente da República.

Não cedem equipamentos, aeronaves, barcos e pessoal! Isso é um crime, tanto no aspecto moral e legal.

O genocídio, em que pese a ação do governo federal, continua em curso.


Fonte: politize.com.br

Clicando aqui você lê excelente matéria sobre esse genocídio.

O país pagará um preço elevado por essa ação no exterior.  

É necessário que o governo ouça, de forma atenta, as mais variadas lideranças indígenas, além da Ministra Sônia Guajajara, para detectar quais são, de fato, os problemas vivenciados pelos povos originários e dar a eles a devida atenção.

De nada adianta um grande esforço, sem que haja planejamento e estrutura, em todos os segmentos, nos quais os povos originários sofrem, tais como saúde e alimentação, principalmente.

Para que isso aconteça e os esforços do governo sejam bem-sucedidas, é necessário que toda a máquina do governo trabalhe em conjunto, sob a coordenação da Ministra Sônia e haja um combate intenso e sem tréguas ao garimpo ilegal nas terras indígenas.

É urgente que as Forças Armadas se submetam a autoridade legítima, conferida pelas urnas, do Presidente Lula.