Quando ouço essa música, na voz dessa mulher maravilhosa, sinto como se o tempo pudesse voltar.
23.8.12
21.8.12
Mais um show de bola do Bob Fernandes
Bob Fernandes é um dos melhores jornalistas do Brasil. Já pensava assim quando ele comandava a redação da CartaCapital. Continuo com a mesma opinião hoje, quando ele está a frente do Terra Magazine e faz comentários sobre política no Jornal da Gazeta.
Neste dia 20/08 ele mandou muito bem, mais uma vez! Assistam, vale a pena:
20.8.12
Campanha eleitoral na Internet
Leis
eleitorais garantem liberdade de expressão na internet durante as eleições;
veja regras
Com a
popularização da internet, e também das redes sociais, foi necessário adaptar
as leis eleitorais para tratar de questões diferentes daquelas existentes no
mundo off-line. As mudanças realizadas em 2009 no código eleitoral passaram a
contemplar situações antes inexistentes, como propagandas em blogs. Abaixo,
você confere o que é permitido e o que é proibido na internet durante a
campanha eleitoral – as restrições são muito maiores para os candidatos do que
para os internautas.
Os usuários
não têm de se preocupar com a censura, pois tanto as mensagens contra e a favor
dos candidatos estão liberadas. No entanto, não é permitido que as
manifestações sejam feitas de forma anônima. Neste caso, os autores e possíveis
beneficiados pelas postagens estão sujeitos a multas entre R$ 5.000 e R$ 30
mil.
Já os
políticos que desejam ingressar nos cargos públicos precisam se atentar há uma
série de regras, que seriam suficientes para fazer uma cartilha (isso sem falar
das regras fora da internet). Veja a seguir o que os internautas e candidatos
podem ou não fazer.
INTERNAUTAS
O que é
permitido:
Os usuários
são livres para postar opiniões positivas ou negativas em relação aos
candidatos.
O que é
proibido:
Manifestações
ofensivas feitas de forma anônima. Neste caso, os autores das postagens estão
sujeitos a multas de até R$ 30 mil.
Comentários
ofensivos ou caluniosos. Quando isso acontece, o candidato tem o poder de
solicitar direito de resposta à justiça.
POLÍTICOS
O que é
permitido:
Campanha
eleitoral nos sites dos candidatos, partidos e coligações, desde que os
endereços eletrônicos estejam cadastrados na Justiça Eleitoral.
Utilização de
redes sociais como forma de divulgação durante a campanha eleitoral.
Envio de
e-mails aos usuários, desde que o político ofereça um modo para que os
internautas retirem o endereço da lista de destinatários eletrônicos.
O que é
proibido:
Hospedagem de
informações divulgadas na internet fora do Brasil.
Campanha
eleitoral nas redes antes do dia determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
As propagandas partidárias são permitidas no máximo em até 90 dias antes da
votação.
Propaganda
eleitoral paga de qualquer espécie na internet.
Veiculação de
conteúdo de campanha em sites governamentais.
Publicação de
campanha em sites de instituições privadas, mesmo que a empresa não possua fins
lucrativos.
Receber
doação de endereço eletrônico das empresas de serviço de internet.
Punições
Caso algum
serviço online descumpra as determinações da lei eleitoral, os candidatos,
partidos ou o Ministério Público podem entrar com um pedido no Tribunal
Superior Eleitoral para que a página fique fora do ar durante 24 horas.
Fonte: UOL - Eleições 2012
16.8.12
Cotas para os alunos da escola pública: questão de solidariedade e justiça
Interessante
a capacidade das pessoas mudarem suas opiniões ao sabor dos ventos! Outro dia
mesmo – quando da discussão sobre as cotas étnico-raciais –, muitos
argumentavam que tal medida prejudicaria os brancos pobres.
Agora, quando
o Congresso aprova o projeto que estabelece cotas para egressos da escola
pública, portanto os pobres, nas Universidades e Institutos Federais muitos se
rebelam também contra essa medida.
Na verdade
falta coragem para estas pessoas gritarem bem alto: quero manter meus
privilégios!
Esbravejam em
favor do mérito acadêmico como se isso fosse possível num país tão desigual – com
diferenças abissais nos sistemas educacionais.
Insistem em
dizer que o estabelecimento de cotas vai diminuir a qualidade acadêmica nas
Instituições. Já temos resultados suficientes, tanto na UnB quanto na UERJ para
desmentir tal fanfarronice.
Precisamos
corrigir as distorções existentes e garantir cotas de entrada no ensino
superior é o meio mais rápido e eficiente. Não podemos esperar pela melhoria no
ensino público, isso demanda tempo, portanto seria pedir aos excluídos de hoje
que permanecessem nessa condição por mais algumas décadas.
Claro está
que precisamos aprofundar o debate político sobre o sistema educacional, isso é
uma responsabilidade de toda a sociedade, isso não é impeditivo para garantir
vagas nas boas instituições públicas para os egressos da escola pública.
Todo apoio ao
projeto e tomara que seja rapidamente sancionado pela Presidenta Dilma.
É uma questão
de justiça e solidariedade!
Leia também:
10.8.12
A casa do sol nascente
Essa música embalou parte da minha infância/adolescência. Sempre me emocionou, mesmo sem entender nada do que eles cantavam. A melodia carrega um ar de dramaticidade incrível.
3.8.12
Momento olímpico
Como
de hábito estamos num momento de mobilização desportiva. A mídia oferece
generosos espaços para todos os esportes, as pessoas comentam nas ruas,
escolas, bares, redes sociais etc. e tal sobre todas as modalidades em disputa
na distante Londres.
A
torcida, ensandecida, clama por medalhas, como aquele personagem do desenho
animado que só sabia falar: medalhas, medalhas...
Somos
acostumados aos talentos que brotam, ora numa modalidade, ora noutra. Invejamos
o desempenho de países como EUA, China, Coréia do Sul, dentre outros e não nos
damos conta de como é o processo para que alcancem tal sucesso.
Não
gosto do jeitão dos chineses, lembra-me um pouco o jeito estalinista de criar
campeões. Partilho da visão do Dr. Sócrates, que infelizmente não está mais entre
nós, que afirmava que o esporte deve ser parte integrante da política
educacional e de saúde. Deve ser massificado com campeonatos escolares nos
municípios e estados da federação, culminando com grandes torneios nacionais.
Assim,
dessa enorme quantidade, conseguiríamos apurar os talentos e ganhar em
qualidade. Os centros de treinamento deveriam ser nas escolas e, talvez por
região ou estados, deveriam ser construídos centros de excelência, com
equipamentos, médicos, fisiologistas, laboratórios e tudo o mais que fosse
necessário.
É
necessário reconhecer que o trabalho tem sido mais efetivo e o Brasil tem
realizado alguns avanços. O “bolsa atleta” é um deles, mas é uma gota d’água no
oceano.
O
emaranhado de federações, comandados por cartolas de honestidade duvidosa, suga
boa parte das verbas, sem que elas alcancem de fato os verdadeiros merecedores:
atletas, técnicos e equipe de apoio.
Os
resultados não aparecerão do dia para a noite, preparar um atleta de alto
rendimento demanda tempo e paciência, mas o trabalho deve ser permanente,
inclusive para se garantir a renovação.
O
caso do futebol feminino é emblemático. A falta de apoio dentro do país impede
a renovação. A seleção nacional que acaba de ser eliminada foi a última para
grande parte das jogadoras. E o trabalho de base?
O
judô parece viver um ciclo de excelência. Novos e promissores atletas surgem a
cada ciclo olímpico, talvez fosse um modelo a ser estudado.
O
atletismo também tem presenciado o surgimento de novos atletas, muito
promissores.
Na
ginástica a aposentadoria de uma equipe feminina muito talentosa não aparenta
ter substitutas a altura. Ao contrário da equipe masculina que vê surgir jovens
ranqueados entre os melhores do mundo, embora não tenham conquistado medalhas.
A
natação brasileira também tem evoluído, com nadadores competitivos em todos os torneios
olímpicos, mais o time masculino do que o feminino.
O
atletismo, que começou hoje, parece ter também se renovado, além de alguns
veteranos em boas condições de competir.
Nos
esportes coletivos o basquete masculino ressurgiu das cinzas, embora com os
jogadores, quase todos, atuando nos EUA ou na Europa, fato que pode colocar em
risco a renovação. Infelizmente o feminino não teve a mesma sorte.
O
vôlei paga o preço de uma hegemonia duradoura. Parece que o time masculino se
cansou de ganhar ou chegou ao limite de sua evolução. O feminino oscila muito
emocionalmente, mas parece garantir certo padrão de renovação, com exceção de
substitutas para Fernanda Venturini e Fofão, nossas levantadoras durante
décadas.
O
futebol masculino aparece com chances reais de buscar a medalha de ouro,
inédita, só torcer para que nenhuma zebra aparecer.
O
público precisa ser educado para apreciar e torcer pelos esportes que não sejam
o futebol, basquete e vôlei.
Para
um nadador ficar entre os 10 melhores do mundo numa competição olímpica é um
feito incrível. Conquistar uma medalha de bronze então é um grande honraria. E
o que dizer daquele que fica em quarto lugar por diferença de décimos de
segundo? É um fracassado? Não, principalmente se considerarmos nossa realidade,
tal atleta tem que ser tratado como herói!
Isso
se aplica a todos os demais esportes. Infelizmente a mídia não colabora muito
com esse movimento de educação do telespectador/torcedor. Em dado momento um
ufanismo exagerado, talvez para amealhar maior assistência e agradar mais os
patrocinadores, soa muito distante da realidade do nosso esporte. A esse
ufanismo, sucede um desapontamento com os insucessos daqueles prognósticos
antes realizados. Sem contar a desinformação e os equívocos, principalmente da
TV aberta.
É
uma pena que a totalidade da população não tenha acesso às transmissões da
ESPN. Não que ela seja isenta de erro ou bobagens, mas a qualidade dela é
infinitamente superior às outras emissoras, quer sejam a cabo ou abertas.
Não
sou otimista nem pessimista com relação ao desempenho dos nossos atletas. Creio
que ficaremos no mesmo patamar dos Jogos de Pequim, talvez um pouco abaixo ou
um pouco acima.
O
surgimento de jovens talentos aponta para uma participação melhor nos Jogos do
Rio em 2016.
Mas
precisamos mudar a política de esportes no Brasil. O dinheiro do Estado deve
ser mais bem empregado. Os atletas, técnicos e equipes de apoio devem ser os
grandes protagonistas e não os dirigentes.
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