30.6.09

Mudanças no ensino médio

Deu na Agência Brasil: o Conselho Nacional de Educação aprovou mudanças no Ensino Médio!
Quais mudanças? Temo que nem eles, os sábios, saibam.
Estou irritado com a notícia. Tratam a educação com recursos de palanque.
Como sempre o acerto é feito “por cima”. Os agentes maiores das mudanças, os professores como este que vos escreve, são os últimos a saber.
Haverá um “boom” de consultores, aqueles que conhecem todos os caminhos, prontos a vender seus dons e adivinhações.
Que precisamos mudar os rumos da escola, isso é fato! Que as famílias precisam retomar alguns valores basilares da sociedade, como ética, cidadania e solidariedade também é fato! Que precisamos educar nossos jovens para a participação política também é verdade! Como fazer? Quem tem as respostas? Não deveríamos construí-las em sociedade?
Por fim cada Secretaria Estadual, ou Conselho, deverá dizer o que nós, os professores, deveremos fazer.
Bem, abaixo o texto da Agência Brasil, intercalado com meus comentários, em vermelho, é claro!


Conselho Nacional de Educação aprova reforma curricular do ensino médio

Amanda Cieglinski - Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou hoje (30) a proposta de reforma curricular e organizacional do ensino médio que foi apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) em maio. O projeto chamado “ensino médio inovador” irá apoiar iniciativas das secretarias estaduais de educação para melhorar a qualidade do ensino oferecido e tornar a etapa mais atraente.
Como assim mais atraente? Quem determinará o que é “mais atraente”?
Segundo o conselheiro Mozart Neves Ramos, o CNE recebeu várias sugestões de entidades da sociedade civil que foram incorporadas ao projeto. O texto final deve ser divulgado até o fim da semana.
Que bom! Pelo menos eles dizem que não sabem o que dizer. Tem que mudar, como mudar, bem isso a gente resolve depois.
Os principais pontos da proposta apresentada pelo MEC não foram alterados. Entre eles está o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e uma reforma organizacional do currículo. O atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, será dividido em quatro eixos mais amplos (trabalho, ciência, tecnologia e cultura) para incentivar a interdisciplinaridade.
Como se alterações na nomenclatura fizesse a mágica acontecer! E a formação dos professores? As condições de trabalho?
“É importante agora implementar corretamente a proposta e trabalhar principalmente a formação do professor. É preciso que a universidade compreenda qual é a proposta e formar os professores para esse modelo”, apontou Neves.
Ou seja, a proposta está aí, agora nós formaremos os professores para executá-las! Diga-se que é uma proposta que nem sequer foi publicada! Será que essa galera conhece o país do qual falam? De qual universidade estão falando?
Hoje durante a tarde o CNE se reuniu com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) justamente para discutir a questão da formação.
Entendi! Haverá cursos de pós-graduação para todos os professores do ensino médio! Agora vai!
Outra mudança proposta pelo ministério é que os alunos tenham no mínimo 20% de disciplinas optativas dentro do currículo. Todas essas mudanças têm por objetivo tornar a escola mais atraente para o jovem. Pesquisas apontam que o atual modelo é considerado desinteressante, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.
Mas e os brasileiros que não chegam ao ensino médio? E esta anomalia, esse crime contra a juventude, chamado ensino noturno? E a galera que abandona a escola para trabalhar? Engordar a renda da família?
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, cabe à escola corresponder às expectativas do aluno e não o contrário. Segundo ele, o orçamento de 2010 destinará de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões para a proposta. “A partir do momento que nós superamos o gargalo do vestibular tradicional [com a criação do novo Enem], destravamos um processo de diversificação do ensino médio que já ocorre em vários estados”, avaliou.
Quais expectativas dos alunos? De todos? De qualquer aluno? É o típico discurso genérico! Quem garante que o novo ENEM não será o novo gargalo?
As secretarias de educação deverão responder a um edital que será divulgado pelo MEC para inscrever propostas inovadoras que “serão potencializadas com apoio federal”, disse o ministro. A ideia, segundo Haddad, é que essas experiências sejam disseminadas na rede. Inicialmente, o MEC vai financiar a implantação de projetos em 100 escolas.

Fruto da Terra

Este curta faz parte do projeto Marco Universal. Marcos Tiarajú foi o primeiro bebê nascido na Fazenda Annoni, em 1985. Os pais fizeram parte das 1500 famílias na ocupação realizada pelo MST, início de uma nova etapa na luta pela reforma agrária no Brasil. Sua mãe, Rose, foi morta durante essa luta. A história dessa ocupação, que culminou com a conquista da terra e de novas oportunidades de vida, é contada nos dois premiados documentários de Tetê Moraes, Terra para Rose e O Sonho de Rose, 10 anos depois. Hoje, com 22 anos, Marcos é bolsista de medicina, em Cuba. Uma saga de conquista de direitos humanos, através da luta social, uma história de superação de desigualdades e injustiças, de marginalização e miséria.

29.6.09

Golpe em Honduras, os fantasmas ameaçam voltar?

Creio que não, trata-se de um caso isolado. Devemos acompanhar com atenção as reações dos vizinhos, principalmente do Grande Irmão do Norte.
Vejam o que saiu na Agência Brasil:
Governo determina que embaixador brasileiro em Honduras fique no Brasil
Mylena Fiori Repórter da Agência Brasil


Brasília - O governo brasileiro determinou que o embaixador do Brasil em Honduras, Brian Michael Fraser Neele, não retorne àquele país ao final de suas férias em razão da crise política que culminou com a expulsão, ontem (28), do presidente José Manuel Zelaya, exilado na Costa Rica. O embaixador está agora no Brasil, sem prazo para voltar a Honduras.
Para ler o restante da matéria clique aqui (não deixe de visitar os hiperlinks).

27.6.09

Jornalista precisa de diploma?

Por decisão do STF, não!
Essa discussão é antiga.
A pendenga teve inicio em razão da lei que regulamentou o exercício da profissão de jornalista – exigindo o diploma – foi gestada em plena ditadura militar, na fase mais sombria, sob o comando do AI-5.
Penso que para ser jornalista o indivíduo tem que se comunicar com muita competência e ser ético no trato da informação. Nisso incluo, por exemplo, não se vender por meio dos famigerados “testemunhais”, tão comuns nos programas de jornalismo esportivo. E olha que tem mesa redonda por aí coordenada por professor de jornalismo!
Ao aceitar o principio de que a profissão pode ser exercida sem o respectivo diploma de Jornalista, não quer dizer que a tal profissão não deva obedecer a determinadas regras.
Talvez fosse o momento de discutir um Conselho Profissional, com código de ética e conduta, ou um exame de qualificação semelhante ao da OAB. Aliás, um belo caso para análise: se o advogado, para exercer a profissão, precisa passar por um exame tão rigoroso quanto o da OAB, por que a necessidade do título de bacharel em direito?
Um Conselho talvez seja uma boa solução, caminhando para a auto-regulamentarão.
A discussão é muito apaixonada. Abaixo fiz uma seleção de textos produzidos por jornalistas, juristas, estudantes etc. sobre o tema.

Ser ou não ser (diplomado), eis a questão
Contra a obrigatoriedade, a favor da regulamentação
O que penso a seis meses de me formar como jornalista
Péssima notícia
Vinganças do ministro Gilmar
Carta aos jornalistas sem-diploma

23.6.09

Que tal acabar com o Senado?

Antes que todos tenham um ataque não estou engrossando os argumentos do PIG - expressão do Paulo Henrique Amorim para designar o Partido da Imprensa Golpista - e querendo dar golpes nas instituições.
Pode parecer pretensioso, mas não resisti e resolvi publicar novamente um texto meu de 9/7/07.
Longe de mim aproveitar a crise que a mídia produziu em torno dos escândalos do senado (a letra minúscula é opção minha) da República, aliás o próprio noticiário demonstra que as notícias estavam na gaveta esperando o momento oportuno, afinal é difícil acreditar que os tais atos secretos conseguiram assim permanecer por longos 14 anos.
Vejam que em 2007 havia uma crise danada no Senado, e, ano após ano, aparece uma diferente.
Não que a Câmara dos Deputados seja muito diferente, mas a discussão não é essa, a discussão é sobre representação proporcional.

Para que serve o Senado da República?

Essa não é uma pergunta oportunista, reflexo dessa enorme exposição dos nossos senadores.
Meus alunos são testemunhas desse questionamento e já faz bastante tempo.
Vejam, esse sistema bicameral seria justificável se houvesse necessidade de uma correção das decisões legislativas, evitando que os estados com maior número de eleitores dessem as cartas, em detrimento daquelas unidades menos aquinhoadas.
Se houvesse uma proporcionalidade de fato, bastaria uma conjunção de interesses dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul – aproximadamente 55% dos eleitores – para que se aprovasse uma determinada lei, deixando à margem da decisão as outras 22 unidades da federação. Supondo, é claro, que interesses regionais superassem todos os outros: ideológicos, culturais, econômicos etc. Assim o Senado cuidaria de devolver o equilíbrio necessário.
Isso se cada eleitor do território brasileiro valesse exatamente a mesma coisa, mas não vale!Numa conta bastante simples basta dividir o número de eleitores, algo próximo de 125.000.000 pelo número de cadeiras: 513. Assim cada 243.000 eleitores teriam direito a 1 deputado.
Claro que estou simplificando, não estou trabalhando aqui com as exigências próprias das eleições para se estabelecer o coeficiente eleitoral ou as particularidades de cada pleito. O pensamento aqui segue a lógica da representação proporcional, ou seja: cada cidadão tem direito a um voto, sem distinção de classe, cor, credo, sexo...
Pois bem, por esta conta simples o estado de SP deveria ter 115 representantes; MG, 56; RJ, 44; BA, 37 e RS, 31. Em razão de dispositivo Constitucional têm, respectivamente: 70, 53, 46, 39 e 31.
Já os estados de Roraima* (233.596 eleitores), Amapá* (360.614 eleitores), Acre* (412.840 eleitores), Tocantins* (882.728 eleitores) e Rondônia* (988.631 eleitores) possuem 8 deputados federais cada, quando na verdade deveriam possuir, respectivamente: 1, 1, 2, 4 e 4.
Quando somamos o Senado à representação federativa, temos uma grave distorção representativa.
No Senado a representação é majoritária, ou seja, 3 cadeiras para cada unidade da federação!Portanto o dispositivo constitucional que limita o número máximo (70) e mínimo (8) de deputados por unidade da federação torna o Senado um instrumento legislativo desnecessário, inútil e dispendioso!

* Fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2006/07/07/materia.2006-07-07.2265431466

Mineradoras e governo do Peru unem-se contra os nativos

As notícias nos chegam em pequenas doses, homeopáticas, também pudera, são apenas latino-americanos!
Com exceção da CartaCapital, com ótimas matérias nas duas últimas edições – pena que não estejam disponíveis no site – a mídia grande pouco tratou do assunto. Quando o fez foi daquela maneira apressada, com pouca importância.
Por isso a importância da mídia “alternativa”.
Achei excelente matéria no site Amazonia.org.
Para ver fotos do conflito clique aqui.
Abaixo, parte do texto mencionado:

Massacre na Amazônia peruana resulta em saída de ministra - 09/06/2009

O confronto entre populações indígenas no Peru e o governo peruano culminaram, ontem (8), na renúncia da ministra peruana da Mulher e do Desenvolvimento Social, Carmen Vildoso, que saiu da pasta diante dos violentos conflitos entre indígenas e policiais, ocorridos em Bagua - região da Amazônia peruana - no final de semana e que deixaram pelo menos 33 mortos, entre nativos e militares.
Segundo informações da imprensa local, o motivo de sua renúncia foi o desacordo da então ministra frente à maneira que o Executivo enfrentou o conflito amazônico.
O conflito que culminou nas mortes começou na sexta-feira (5), quando policiais tentaram desbloquear uma rodovia que estava ocupada havia várias semanas por milhares de indígenas.
Outro que pode sair do governo peruano é o ministro da Agricultura, Carlos Leyton, que disse estar avaliando apresentar sua carta de renúncia para não ser "um obstáculo" no diálogo entre o governo e as comunidades tradicionais.


Para ler o restante da matéria clique aqui.

22.6.09

Uma gripe de "classe"

O jornal SPTV noticiou que três colégios suspenderam as aulas por causa de registros da gripe entre seus alunos.
Todos os alunos contrairam a danada em viagem ao exterior.
Logo nenhum desses colégios fica no Capão Redondo.

21.6.09

O Irã é um grande mistério para nós ocidentais

Sendo uma República Fundamentalista Islâmica o assombro é sempre maior, principalmente por parte daqueles que acham que tudo que não segue o padrão europeu não é civilizado.
Sempre lemos sobre o islamismo, particularmente sobre o Irã, com os olhos enviesados do preconceito.
A declaração de Lula, pondo em dúvida a fraude nas últimas eleições daquele país, serviu de munição para nossa mídia preconceituosa, sempre pronta a desqualificar o ex-torneiro mecânico, não por seus erros, mas sim por puro preconceito de classe.
No site Vi o Mundo encontrei um texto que merece ser lido com atenção. Abaixo segue um trecho dele:


Moussavi & Rafsanjani deram com os burros n'água

por M.K. Bhadrakumar*, no Asia Times Online

Tradução: Caia Fittipaldi

A política iraniana nunca é fácil de decifrar. A agitação criada em torno do resultado das eleições presidenciais da 6ª-feira passada intrigou muitos dos sempre presentes jornalistas e analistas autoproclamados decifradores bem informados dos códigos políticos iranianos. Tanto se escreveu sobre tantas pistas falsas que, hoje, já ninguém parece saber quem é quem na disputa política no Irã, e o que mais interessa a cada um.
O grande vitorioso foi o Líder Supremo, o Aiatolá Ali Khamenei; esse, sim, alcançou vitória retumbante. A 'eminência parda' da política iraniana, Akbar Hashemi Rafsanjani, é o perdedor, obrigado agora a lidar com os efeitos de uma acachapante derrota.
Resta saber se, afinal, estará caindo a cortina, depois de encerrado o último ato da tumultuada carreira do "Tubarão" –, apelido que 'colou' em Rafsanjani, desde o tempo em que nadava no poço sem fundo de intrigas que é o Parlamento (Majlis) iraniano. Naquele poço, Rafasanjani acostumou-se a nadar sem qualquer restrição, como predador político e como deputado porta-voz da Revolução Iraniana, desde os primeiros dias.

Para concluir a leitura clique aqui, vale a pena.

15.6.09

Simonal era dedo-duro?

Em tempo de debates sobre a "ditabranda" o tema toma conta do debate: Wilson Simonal era ou não era dedo-duro?
Nada como dois blogs, em campos opostos, para lançar luz na discussão. Um, o da Maria Frô, toma partido da hipótese revisionista, outro, O Biscoito Fino e a Massa traça um panorama bem mais amplo, musical e político.
Ambos merecem ser lidos, basta clicar nos títulos..

11.6.09

Bom humor e fina ironia!

Para quem gosta de bom humor e ironia refinada sugiro o blog do Professor Hariovaldo de Almeida Prado.
Clique aqui.

10.6.09

Mais sobre a USP


A imagem acima "roubei" do Blog Maria Frô.
Imperdivel O Biscoito Fino e a Massa, tratando do mesmo assunto.

Policia agride estudantes, funcionários e professores da USP

Mais uma vez a USP está em greve! Trabalhadores só chegam a este recurso extremo quando a intransigência do patrão ou a necessidade os leva.
Conhecemos de sobra o autoritarismo reinante no governo estadual, inflexível no trato com os profissionais da educação, embora muito flexível com outros segmentos, digamos, melhor posicionados na pirâmide social.
Como cantam os Titãs:

Dizem que ela existe pra ajudar
Dizem que ela existe pra proteger
Eu sei que ela pode te parar
Eu sei que ela pode te prender
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia
Dizem pra você obedecer
Dizem pra você responder
Dizem pra você cooperar
Dizem pra você respeitar
Polícia para quem precisa
Polícia para quem precisa de polícia

Tony Bellotto

Na Agência Carta Maior encontrei um relato sobre o ocorrido ontem. Triste de ler. As lembranças das ações da Ditadura fazem todo sentido.
O relato é do Prof. Dr. Pablo Ortellado, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, da Universidade de São Paulo leiam trechos:

Hoje, as associações de funcionários, estudantes e professores tinham deliberado por uma manifestação em frente à reitoria. A manifestação, que eu presenciei, foi completamente pacífica. Depois, as organizações de funcionários e estudantes saíram em passeata para o portão 1 para repudiar a presença da polícia do campus. Embora a ADUSP não tivesse aderido a essa manifestação, eu, individualmente, a acompanhei para presenciar os fatos que, a essa altura, já se anunciavam. Os estudantes e funcionários chegaram ao portão 1 e ficaram cara a cara com os policiais militares, na altura da avenida Alvarenga. Houve as palavras de ordem usuais dos sindicatos contra a presença da polícia e xingamentos mais ou menos espontâneos por parte dos manifestantes. Estimo cerca de 1200 pessoas nesta manifestação
Nesta altura, saí da manifestação, porque se iniciava assembléia dos docentes da USP que seria realizada no prédio da História/ Geografia. No decorrer da assembléia, chegaram relatos que a tropa de choque havia agredido os estudantes e funcionários e que se iniciava um tumulto de grandes proporções. A assembléia foi suspensa e saímos para o estacionamento e descemos as escadas que dão para a avenida Luciano Gualberto para ver o que estava acontecendo. Quando chegamos na altura do gramado, havia uma multidão de centenas de pessoas, a maioria estudantes correndo e a tropa de choque avançando e lançando bombas de concussão (falsamente chamadas de “efeito moral” porque soltam estilhaços e machucam bastante) e de gás lacrimogêneo. A multidão subiu correndo até o prédio da História/ Geografia, onde a assembléia havia sido interrompida e começou a chover bombas no estacionamento e entrada do prédio (mais ou menos em frente à lanchonete e entrada das rampas).

Para ler o relato na íntegra, clique aqui.

Fonte: Agência Carta Maior – 10/06/09.

7.6.09

Mães da Sé - em busca da esperança

Bela reportagem da Agência Brasil sobre as "Mães da Sé" e o desejo de rever filhos e filhas que sumiram na vida.

6.6.09

O poder do dólar está chegando ao fim?

O economista Renato Couto do blog Se 1 ler tá bom, nos brinda com ótimo texto sobre o dólar.
O barato de lê-lo é que quando ele escreve em economês ativa a tecla SAP.
Leiam um trecho do texto:
Nem sempre o dólar foi a moeda padrão de conversibilidade do mundo. Começou (ou melhor, foi ratificado) no fim da 2ª Grande Guerra, em 1944, no vilarejo de Bretton Woods, nas montanhas de New Hampshire, no nordeste dos EUA. Mas será para sempre?
E se os chineses quisessem desafiar o dólar?O endividamento crescente dos EUA acabou por transformar a China em seu maior credor e falamos em US$ 2 trilhões em reservas do tesouro americano! Cabe bem a analogia do economista Jório Dauster (ex-presidente da Vale), quando compara a China com a formiguinha da fábula de La Fontaine e os EUA com a cigarra...
Clique aqui para lê-lo na íntegra.

4.6.09

Senado aprova MP que facilita grilagem de terras na Amazônia

Ambientalistas criticam texto aprovado no Senado que ratificou as emendas inseridas na Câmara que alteraram o sentido original do texto

Por: Maurício Thuswohl - Publicado em 04/06/2009

Os setores da sociedade brasileira que defendem os interesses do agronegócio e dos grandes projetos de infra-estrutura têm um novo motivo para comemorar. Em mais um capítulo da ofensiva da bancada ruralista no Congresso, o Senado aprovou na noite de terça-feira (2) a Medida Provisória 458, que facilita a legalização de terras griladas na Amazônia. As movimentações recentes desse grupo no Legislativo federal tem sido voltadas a reverter alguns dos principais pontos da legislação ambiental do país.
"A aprovação da MP 458 abre as portas para a grilagem na Amazônia, e a grilagem é o carro-chefe do desmatamento. Ao liberar a regularização também para pessoas jurídicas, a medida favorece aqueles que ocupam a Amazônia não para viver e produzir, mas para degradar e especular", afirma Raul do Valle, coordenador do Programa de Política e Direito Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA). A organização também critica os critérios que permitem, por exemplo, que uma empresa ou grande proprietário adote “laranjas” para burlar a lei e adquirir grandes extensões de terra.
Da forma como foi aprovada, a MP 458 permitirá a regularização e posterior venda de terras de até 1,5 mil hectares, desde que ocupadas até 2004, nos nove estados da Amazônia Legal – Amazonas, Pará, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Acre, Amapá, Tocantins e Maranhão. A intenção inicial do governo ao editar a medida era permitir a regularização fundiária de pequenos agricultores e posseiros que, por estarem ilegais, não conseguiam acesso a crédito para financiar sua produção.
No entanto, desfigurada pelas emendas ruralistas aprovadas na Câmara dos Deputados e agora ratificadas pelo Senado, a MP 458 se transformou no que ambientalistas qualificam como o maior incentivo recente à grilagem, à concentração de terra e ao desmatamento da Amazônia. A ex-ministra do Meio Ambiente, a senadora Marina Silva (PT-AC), que teve duas emendas à MP 458 rejeitadas pelos colegas, lamentou o rumo que as coisas estão tomando: “Tudo o que se lutou nos últimos 30 anos pela Amazônia foi por terra abaixo”, disse.

Tramitação
O texto da MP 458 nasceu no gabinete da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, comandada pelo ministro Mangabeira Unger. A medida, da maneira como foi inicialmente pensada, tinha significativo cunho social ao privilegiar a regularização do pequeno agricultor e parecia ser um passo à frente na solução do caos fundiário da região da Amazônia. Por isso, recebeu o apoio de boa parte das organizações do movimento socioambientalista e também dos ministros Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Minc (Meio Ambiente).
Ao chegar à Câmara, no entanto, o texto original da MP 458 foi alvo de diversas modificações introduzidas pelo relator, deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), e por outros parlamentares da bancada ruralista. A principal delas foi permitir que o processo de regularização fundiária, originalmente restrito a pessoas físicas, fosse estendido a pessoas jurídicas.
Outra mudança muito criticada por ambientalistas permite que terras regularizadas com área superior a 400 hectares possam ser revendidas apenas três anos após a regularização (para as menores, o prazo é de dez anos). Além disso, o texto aprovado abre brechas na exigência de que o ocupante de terras públicas na Amazônia não seja proprietário de imóvel rural em qualquer outra parte do território nacional.
A derrubada da exigência de comprovação prévia e averbação da Reserva Legal em cada propriedade regularizada também é uma mudança encarada como desastrosa. No texto, aprovado por deputados e senadores, ficou estabelecido somente o “compromisso” dos proprietários em realizar essa averbação, sem a estipulação de prazos. Enquanto a comprovação da Reserva Legal não for realizada, o proprietário não poderá ter seu título de propriedade rescindido, mesmo que ocorra desmatamento ilegal.
Após a aprovação no Congresso, resta agora aos ambientalistas recorrer ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pedir o veto aos artigos considerados nocivos. O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), confirmou que, nos próximos dias, levará a Lula um apelo nesse sentido, em nome da bancada da legenda.


Fonte: Rede Brasil Atual

Pagando os pecados

Estou fora de São Paulo e, enquanto descanso, resolvi acompanhar o noticiário na TV aberta. Neste horário, 18 horas, só o Brasil Urgente.
É deprimente!
Não sei como uma figura como esse Datena pode sobreviver de comunicação.
A cena dele com a Eleonara Pascoal foi constrangedora. Ela oferecia esclarecimentos sobre uma nota da Marinha e ele questionava a nota do ponto de vista “técnico”, isso admitindo ao vivo que não sabia de nada.