26.12.23

Vamos falar sobre censura?

O que os "libertários do Brasil" fizeram com o jornalista Breno Altman é censura da pior qualidade, pois tem o aval da justiça estadual.
Uma representação da Conib conseguir apagar algumas postagens do jornalista no "X", alegando discriminação.
Houvesse regulamentação das mídias sociais isso seria resolvido de forma mais fácil.
Impressionante a máquina do sionismo, conseguem censurar um judeu por discordar dos crimes de guerra cometidos por eles.

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25.12.23

Sobre o Forte Apache que ganhei de Natal

Amigos e amigas, não estou fazendo "publi" do Forte Apache, nem da Gulliver, mas esse presente de Natal dado pelo meu filho, Jaime Mello, está repleto de significados para mim.

Vamos a história.

Quando ele era criança sempre deixei claro que ele, um dia, faria as suas próprias escolhas e quando esse dia chegasse, ele jamais poderia negar de onde vinha: filho de trabalhadores, neto de trabalhadores com origem no campo e por aí vai.

Então, muito cedo, cuidei de desmistificar uma série de coisas. Um pouco antes de completar três anos ele soube por mim que o papai noel era uma fraude capitalista e que quem dava os presentes eram os pais, avós, tios e tias etc.

Fui duramente criticado por parte da família, mas não desisti de deixar claro que o dinheiro que nos permitia existir não era uma dádiva do patrão, mas sim fruto do empenho e da dedicação, o que nos impedia de ficar mais tempo com ele.

E continuei contando histórias para que ele entendesse sempre.

Numa dessas, não lembro exatamente quando, contei que quando criança meu pai enfrentou muitas dificuldades financeiras, sempre procurando não deixar faltar o básico para mim e minha irmã, mas sem poder atender nossos desejos.

Entendi isso muito cedo, sem que houvesse a necessidade de ser comunicado.

Nunca pedi presentes de Natal ou aniversário, mas claro que desejava o que a TV nos mostrava na época, principalmente o Autorama e o Ferrorama da Estrela, mas meus olhos brilhavam mesmo com o Forte Apache.

Aliás não compreendia a razão de sempre torcer para os índios, isso só ficou claro bem mais tarde, quando percebi a importância de ficar do lado dos mais fracos e oprimidos.

Foram muitas histórias ao longo desses 24 anos. Minhas e dos meus amigos, algumas aconteceram, outras, tenho certeza, que nasceram da minha imaginação.

Eu só não imaginava o Forte Apache ficaria tão gravado na memória dele e que, com parte do seu primeiro salário como Desenhista da Prefeitura de Assis, emprego que ele conquistou por meio de um concurso público ele me compraria o dito cujo.

Imaginem um senhorzinho, bem capenga, recebendo um presente de Natal, que ele desejava desde a infância, aos 62 anos!

Não canso de ficar emocionado toda hora que olho pra aquela caixa da Gulliver.

Claro que nossa situação financeira melhorou um pouco.

Hoje conseguimos atender também alguns desejos, com dificuldades aqui e ali, mas conseguimos.

Mas sempre faço questão de lembrar, para que não reste ilusões: somos trabalhadores, filhos de trabalhadores com origem no campo. Estamos de um lado na luta de classes e os donos do capital do outro, por mais bonzinhos que sejam.

 

 



 

 

22.12.23

Sobre a corrupção

Gostaria de retomar um tema que tratei na Revista Galileu Vestibular de 2007? A corrupção.

Embora publicado na primeira década do século XXI o texto pode ser atualizado para os dias atuais com muita facilidade, basta somar os episódios do Cunha, do Petrolão e do governo Bolsonaro.

Imagino que hoje poderíamos colocar, sem medo de errar, que o presidencialismo de coalizão, coisa só existente no Brasil, é um dos motores das ações atuais.

O que há de pior no Congresso chantageia o presidente da República por meio do orçamento secreto. Foi assim na segunda metade do governo Bolsonaro e continuou no início do governo Lula.

Culpa do eleitor que votou pessimamente nos seus representantes? Talvez. Prefiro culpar o campo progressista pela incapacidade de angariar votos para os bons representantes do povo.

Isso não pode fazer com que criminalizemos a política. Existem políticos ruins, assim como profissionais de todas as áreas, a grande diferença é que esses políticos definem a vida de todas as outras pessoas.

O falecido Plínio de Arruda Sampaio defendia que o PT centrasse suas energias no legislativo, compondo quando possível, chapas para o Executivo. Hoje penso que ele tinha razão.

Mas a questão da qualidade do voto fica para outro texto.

 

                                                                                                                                                                                              Lula Marques/Agência Brasil

 

Texto publicado na revista Galileu Vestibular 2007

PROBLEMA HISTÓRICO E GENERALIZADO

Prática da corrupção foi disseminada em praticamente todos os governos do país

A corrupção no País é sistêmica, atingindo todos os setores da sociedade, pautando-se quase sempre pela oportunidade. 

Temos o jovem rico pagando ao segurança para furar a fila da balada, o moço pobre furando a fila na bilheteria do estádio, o bancário subornando o guarda para que ele ignore o desrespeito à lei, o deputado ou qualquer outra autoridade do poder público visando engordar seus lucros. 

Não podemos ignorar que a corrupção não é uma via de mão única: se tem um corrupto tem também um corruptor, ambos criminosos. 

Entra governo e sai governo, os escândalos se multiplicam e se renovam. 

Às vezes disfarçados de "megaobra", às vezes camuflados de caixa 2 — ou dinheiro não contabilizado. Definitivamente, a corrupção não foi inventada pelo governo Lula e muito menos é este o governo mais corrupto da história. 

Num rápido passeio por um desses sites de busca, como o Google, encontraremos referências à corrupção nos governos de Getúlio, JK, Jango, nos presidentes da ditadura militar, Sarney, Collor, FHC e Lula. Em todas as crises, a imprensa trombeteia tratar-se da maior da História. 

A sucessão de escândalos neste governo, no entanto, foi impressionante. Já a incapacidade do seu principal partido, o PT, em responder a eles de forma convincente, optando pela estratégia do silêncio e apostando no esquecimento do eleitor, parece ter sido bem-sucedida.

A Polícia Federal está muito mais atuante do que em governos anteriores, é claro. 

Independentemente dessa atuação, podemos lembrar o mensalão, a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro de Brasília e agora a compra do dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo José Serra. 

Divulgar documentos comprobatórios ou indicativos de atos de corrupção não é crime. O crime está no método usado e principalmente na origem do dinheiro para comprá-lo, quase R$ 2 milhões.

Quando pensamos que o governo e o PT encontraram fácil o caminho da reeleição do presidente Lula, eles mesmos atiram contra si.

Aqui a publicação original





19.12.23

Eu não gosto de você papai noel

Faz tempo que o clima de Natal não me agrada, não fosse pela possibilidade de me juntar aos familiares eu preferiria continuar na minha toca, sem ver ninguém.

Lembro-me de quando contei para o meu filho que papai Noel não existia, e esse que a gente via no Natal era uma invenção da Coca-Cola, fruto do mais puro capitalismo. Fui muito criticado, só porque ele tinha acabado de fazer três anos.

Nos últimos o governo do genocida me fez ficar mais triste ainda com essa data.

O aumento da população de rua, da pobreza e da fome, somados as inúmeras intrigadas familiares, por conta do fascismo, me entristeceram bastante.

Neste ano o país parece caminhar melhor, embora com dificuldades. A esperança parece melhorar, mas ainda estou ressabiado.

Por isso volto com essa poesia que é emocionante e que faz com que lembremos das pessoas que não tem acesso aos bens mais essenciais, quanto mais ao papai Noel.




18.12.23

Parabéns Jaime Ernesto!

 
Em 1999, num dia como hoje de muito calor e sol escaldante, fomos para a maternidade,  Ana Lúcia  e eu , numa ansiedade, misturada com medo, pela expectativa da chegada de nosso filho.

Depois de alguns alarmes falsos ele veio a este mundão trazer muitas alegrias e algumas preocupações também.

Naquele momento, quando aquele “pequeno repolho”, com uma cabeça enorme, saiu da sala de parto e foi exibido a nós, estavam na antessala, o tio Anselmo, a vovó Dalva e  eu, que nem sabia o que dizer.

Só pensava em como fazê-lo feliz, mesmo sabendo que isso não seria possível o tempo todo. Ou ainda em como ser um excelente pai, mas lembrei que não tinha um curso para isso, embora o hospital escolhido tenha oferecido um curso nesse sentido, mas o lanche era bem melhor do que o curso.

O médico veio até mim dizer que o parto tinha corrido bem, embora tivesse sido “2 em 1”, foi feita toda a preparação para o parto normal, mas na “hora h” o rapaz em questão resolveu olhar na direção errada e o médico teve que tomar a decisão pela cesariana.

Veio o primeiro susto, ele deveria ir para a isolete neonatal, acho que é esse o nome e talvez não voltasse pra casa conosco. Mas foi só um susto e dois dias depois fomos para casa, levados pelo camarada Edílson, que o presenteou com o primeiro uniforme do Timão (o segundo veio do Maurício).

E pensar que isso tudo já faz 24 anos!

Vieram então as etapas escolares, com uma pré-escola maravilhosa, que demoramos a acertar, com o Fundamental I feito na escola na qual eu lecionava, depois o Fundamental II, quando mudamos de escola e o Ensino Médio.

Para alegria da família ele foi aprovado no Instituto Federal, na ETEC e no Liceu de Artes e Ofícios. Era o tempo que ele dizia querer fazer arquitetura, então escolheu o Liceu.

Momentos tensos, quando por desencontros, entre as expectativas e o ensino oferecido, fizeram com que ele desistisse da Arquitetura.

Depois de várias agruras veio a decisão difícil: o que fazer no ensino superior?

Escolheu engenharia biotecnológica, unindo as exatas com a biologia.

Falta um ano para terminar o curso.

Neste ano iniciou sua trajetória profissional ao ser aprovado no concurso para desenhista na prefeitura da cidade na qual mora e estuda.

Nós o amamos.

Não sabemos o quanto acertamos e o quanto erramos na sua educação, mas hoje ele pode caminhar sozinho.

É uma pessoa despida de preconceitos, solidário, companheiro, e, para mim o essencial: um cidadão consciente,  que pensa sempre naqueles não cuidados pela sociedade.

Ainda por cima corintiano!

Penso que, para finalizar, só nos cabe deixar aqui uma declaração bastante simples:

NÓS TE AMAMOS MUITO!

Que faça as escolhas certas e, se errar, estaremos aqui.

 



14.12.23

Dilma: de presidenta injustiçada à presidência do banco dos BRICS

Parabéns, Dilma

Dilma foi muito injustiçada, inclusive por setores da esquerda.
Mulher brilhante, com uma história de lutas irretocável.

Hoje preside o banco dos BRICS e foi escolhida como a melhor economista do ano!
Que tenha forças pra lutar por muito tempo ainda!

Viva Dilma!

Vejam o vídeo no link, no qual ela dá uma resposta bem bacana pra uma "lacradora" de redes sociais


5.12.23

A herança precisa ser taxada com urgência

Durante um tempo dei aulas num preparatório para vestibular muito chique aqui em Sampa.

A grande maioria dos alunos e alunas eram preparados para assumir os negócios da família. Tinham uma infinidade de cursos extracurriculares e muitas milhas acumuladas.

Quando eu dizia que a herança era uma fábrica de vagabundos e que banco não produz nada, então deveria ser taxado de uma forma diferente, frequentemente eu sofria alguns aborrecimentos.

Não dou mais aulas lá faz tempo, mas gostaria de ver reação do pessoal com essa notícia do UBS, um banco gestor de fortunas, portanto não cabe a alcunha de "comunista".

Em tempo: tive excelentes alunos humanistas, solidários e também do ponto de vista cognitivo.

Pela primeira vez, bilionários acumularam mais riqueza pela herança que com trabalho, diz UBS

4.12.23

Arte e Cultura Guarani


 

Censura ou reparação?

O STF entendeu que os órgãos de imprensa são responsáveis pelo que o entrevistado fala no caso de falsa imputação de crime.

Alguns jornalistas se rebelaram contra a medida, no meu entender por justa razão.
Imagine como seriam as entrevistas ao vivo nessa situação? Impossíveis de serem feitas.

Mas, por outro lado, é necessário tomar algumas medidas para que não aconteça novamente o que aconteceu com o ex-deputado, já falecido, Ricardo Zarattini, que foi acusado, de forma caluniosa, pelo Jornal Diário de Pernambuco de ter realizado um atentado no Aeroporto de Guararapes, que resultou em uma morte.

O ponto de partida da acusação foi uma entrevista, com informações falsas, do ex delegado de polícia, alinhado à ditadura militar, Wandenkolk Wanderley.
Não houve o chamado “o outro lado” nem a checagem da notícia, ainda não estava em moda. 

A reparação só veio agora, decorridos 30 anos do fato.
Podemos perceber uma enorme lacuna no judiciário pela demora descabida. Justiça tardia é injustiça, sabemos todos.

Mais recentemente o jornalista Leandro Demori foi caluniado pelo deputado federal Gustavo Gayer. De forma mais ágil a justiça decidiu pela reparação, obrigando o deputado mentiroso a ler uma nota nas suas redes sociais, escrita pelo próprio Demori, restabelecendo a verdade. 

A medida do STF é censura?
Nos casos das entrevistas "ao vivo", sim, mas se usado o bom senso, as notícias mentirosas, ou fake News, não podem servir de base para acusações infundadas ou ainda para escaladas dos noticiosos, como nos casos da cassação da presidenta Dilma Roussef e da prisão do presidente Lula. 

A medida correta seria criar um instrumento ágil da justiça para reparação da verdade, de imediato, sem prejuízo das indenizações cíveis.



Privatiza que dá certo!

O mito neoliberal da privatização dos serviços públicos não resiste a um olhar pra realidade, quer seja aqui ou em terras estrangeiras.