13.9.11

ENEM: discussões preliminares

Estamos às portas do ENEM 2011 e o INEP divulgou o resultado do ENEM 2010 por escolas.
Neste ano com uma novidade: agrupou as escolas por percentual de alunos participantes, tentando assim driblar aquelas instituições, que selecionam apenas os melhores alunos para participarem do exame.
Temos então 4 “rankings” diferentes: escolas com 75% ou mais de participantes; entre 50 e 75% de participantes; entre 25% e 50% e aquelas com até 25% de alunos participantes. É uma tentativa do MEC de deixar o resultado mais justo, se é que é possível.
Com os dados disponíveis é possível verificar o desempenho das escolas por estado, nas capitais, no interior, por região etc.
O Estadão.com publicou duas matérias que me chamaram a atenção. Numa delas afirmava que os alunos com melhor preparo da capital paulista, não participaram do ENEM em razão da negativa da USP e UNICAMP, que optaram por não utilizar o resultado do exame para compor as notas do vestibular. Clique aqui e leia a matéria. 
Minha experiência em cursos preparatórios para o vestibular, bem como nas escolas particulares, não me permite partilhar dessa ideia. Precisaria de números mais precisos  e indicações concretas desse fenômeno.
A outra notícia diz respeito ao uso de sistemas apostilados. Clique aqui para ler a matéria.
Hoje leciono no Parthenon que ocupa a 5º colocação no grupo (escolas do interior de SP) que envolve aquelas escolas com participação entre 50% e 75% de alunos concluintes do ensino médio. Nela adotamos livro didático.
Trabalhei no Colégio Saad – de Taubaté – que ocupa a 9ª colocação entre as escolas com mais de 75% de participantes. Lá se adota o Sistema Positivo. Faz tempo. Na matéria tem uma declaração interessante do coordenador do ensino médio, mostrando que o sistema apostilado não é uma prisão pedagógica.
A matéria estabelece uma relação interessante com a questão do poder aquisitivo dos alunos, mostrando que as escolas da Capital podem e cobram mais caro, enquanto as do interior usufruem dos sistemas apostilados como forma de baratear os custos.
Tenho minhas dúvidas se esta condicionante é absoluta. Além da formação acadêmica o aluno precisa ter uma vivência bacana, conhecer a sociedade na qual vive, participar, intervir, pensar com autonomia...
Não sei se somente livros ou apostilas respondem a essas necessidades.

Vejam a tabela publicada no Estadão:

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