5.1.13

Mais uma chacina em SP - a 1ª de 2013.

Começa 2013 e o faroeste do asfalto continua. Uma chacina sucede a outra. O partido do bico grande e da plumagem colorida continua com sua política de segurança pública equivocada.
Para escarnecer da população o tal partido paulista indicou para a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal o Coronel Telhada. O mesmo que foi responsável por jogar a tigrada que baba contra um repórter da Folha de S.Paulo, repórter este obrigado a fugir do país para preservar a si e a sua família. (Leia aqui sobre isso)
Agora foram 7 atingidos, só para começar o ano. Dentre eles o homem que filmou o assassinato de um servente de pedreiro por policiais (leia aqui sobre isso, caso já tenha esquecido). (Aqui a polícia nega que um dos mortos seja a testemunha e aqui afirma)
A guerra parece ser total. De um lado a polícia e de outro os pobres e, principalmente, os pretos e mestiços. Vez por outra citam o PCC para embaralhar as cartas. Uns, para que possam defender a barbárie, dirão que muitos policiais morreram ano passado. É verdade! Assassinados covardemente, sem que suas famílias fossem devidamente amparadas pelo Estado.
Mas quem os matou? Não estou perguntando o nome de quem apertou o gatilho, mas dos responsáveis pelo que acontece nos gabinetes e nos quartéis, mas naqueles setores onde soldado só faz ficar plantado à porta.
Os policiais corruptos, interessados em estabelecer e controlar os bandos armados, as tais milícias? A estrutura militar e arcaica que comanda parte disso? A omissão da Corregedoria ante os desmandos dos policiais desonestos? Os baixos salários da “tropa”, que os obriga aos bicos? A leniência dos comandantes? A cegueira política do senhor governador?
Para bater em operário essa polícia é muito eficiente. Lembram-se do Pinheirinho em São José dos Campos? (Refresque sua memória clicando aqui) Mas para combater o crime organizado e a bandidagem a competência desaparece.
Quantas chacinas mais serão necessárias para por fim à polícia militar? A polícia tem que ser um aparato civil, subordinada aos governos eleitos legitimamente.
Martela na minha cabeça a música do Criolo: não existe amor em SP:
“Não existe amor em SP
Os bares estão cheios de almas tão vazias
A ganância vibra, a vaidade excita
Devolva minha vida e morra afogada em seu próprio mar de fel
Aqui ninguém vai pro céu”

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