Começa 2013 e o faroeste do
asfalto continua. Uma chacina sucede a outra. O partido do bico grande e da
plumagem colorida continua com sua política de segurança pública equivocada.
Para escarnecer da população o
tal partido paulista indicou para a Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal
o Coronel Telhada. O mesmo que foi responsável por jogar a tigrada que baba
contra um repórter da Folha de S.Paulo, repórter este obrigado a fugir do país
para preservar a si e a sua família. (Leia aqui
sobre isso)
Agora foram 7 atingidos, só para
começar o ano. Dentre eles o homem que filmou o assassinato de um servente de pedreiro
por policiais (leia aqui
sobre isso, caso já tenha esquecido). (Aqui
a polícia nega que um dos mortos seja a testemunha e aqui
afirma)
A guerra parece ser total. De um
lado a polícia e de outro os pobres e, principalmente, os pretos e mestiços.
Vez por outra citam o PCC para embaralhar as cartas. Uns, para que possam
defender a barbárie, dirão que muitos policiais morreram ano passado. É
verdade! Assassinados covardemente, sem que suas famílias fossem devidamente
amparadas pelo Estado.
Mas quem os matou? Não estou
perguntando o nome de quem apertou o gatilho, mas dos responsáveis pelo que
acontece nos gabinetes e nos quartéis, mas naqueles setores onde soldado só faz
ficar plantado à porta.
Os policiais corruptos,
interessados em estabelecer e controlar os bandos armados, as tais milícias? A
estrutura militar e arcaica que comanda parte disso? A omissão da Corregedoria
ante os desmandos dos policiais desonestos? Os baixos salários da “tropa”, que
os obriga aos bicos? A leniência dos comandantes? A cegueira política do senhor
governador?
Para bater em operário essa
polícia é muito eficiente. Lembram-se do Pinheirinho em São José dos Campos?
(Refresque sua memória clicando aqui)
Mas para combater o crime organizado e a bandidagem a competência desaparece.
Quantas chacinas mais serão
necessárias para por fim à polícia militar? A polícia tem que ser um aparato
civil, subordinada aos governos eleitos legitimamente.
Martela na minha cabeça a música
do Criolo: não existe amor em SP:
“Não existe amor em SP
Os bares estão cheios de almas
tão vazias
A ganância vibra, a vaidade
excita
Devolva minha vida e morra
afogada em seu próprio mar de fel
Aqui ninguém vai pro céu”
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