8.4.12

Que belezura de texto!

Nesta semana me bateu uma saudade doida e doída das montanhas de Minas Gerais e dos meus amigos lá de Varginha, cidade onde vivi minha adolescência e início da idade adulta.
Meu primo, Marcelo Mascarenhas me mandou via facebook bela canção do Lô Borges e do Toninho Horta:

Ao abrir o site da CartaCapital, faz alguns minutos, me deparei com esse texto:

‘Apesar da censura e opressão, éramos felizes’

por Beatriz Mendes

Quando a ditadura foi instaurada no Brasil, Márcio Borges, o segundo filho de uma grande família de 11 músicos, era ainda um menino. Em 1964, aos 18 anos de idade, ainda não escrevia versos para as composições de Milton Nascimento. Aliás, nem mesmo as próprias músicas existiam: “Bituca” – apelido de Milton na época – estava em um curso pré-vestibular, estudando para tentar uma vaga no curso de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais.
Na esquina da Rua Divinópolis com a Paraisópolis, no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte, não havia clube algum. Sem saber que poucos anos mais tarde seria o responsável pelas estrofes de clássicos como Clube da Esquina, Um girassol da cor de seu cabelo e Os Povos, Márcio Borges preenchia seus dias com uma quantidade considerável de idas ao cinema, batidas de limão, conversas infinitas com amigos pelos corredores do Edifício Levy – prédio onde morava com pais e irmãos – e o cotidiano da Escola Estadual Central. No mesmo período, lá também estudava a hoje presidenta Dilma Rousseff.
Dilma e Márcio nunca foram da mesma classe. Os dois se conheceram por amigos em comum do colégio estadual. Na época, a instituição era um pólo político e cultural da capital mineira – por lá também passaram os irmãos Henfil, Toninho Horta, Fernando Pimentel entre outras figuras célebres da história do Brasil – como Getúlio Vargas, Fernando Sabino e ex-jogador Tostão. “Todo mundo que estudava no Central era engajado com causas sociais, com a política, fazíamos oposição à ditadura. Foi lá que se consolidou o movimento estudantil da cidade”, conta Márcio Borges.

Clique aqui e leia essa delícia de texto até o fim.

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