5.6.12

Os arranjos e desarranjos da política


A presidenta Dilma parece ter renovado o seu governo e, vagarosamente, vai se desprendendo de algumas figuras para lá de nefastas.
O PR, com os seus líderes Alfredo Nascimento e Valdemar da Costa Neto, já se foi. E foi para onde? Para o colo do PSDB, justo o PSDB que acusava o PR de ser a figura do pior dos mundos na política.
A aliança PSDB-PR isola um pouco mais a candidatura do Fernando Haddad a prefeito de São Paulo pelo PT. Isso é bom ou ruim?
Pensando somente do ponto de vista pragmático, é ruim para o PT. Perde tempo de TV enquanto o PSDB ganha mais tempo. Já do ponto de vista político é bom para o candidato petista, poderá assim compor uma chapa de centro-esquerda sem o reacionarismo do PR.
O voto do cidadão de São Paulo – a capital e o Estado – é um mistério. Embora já tenhamos escolhido Luiza Erundina e Marta Suplicy como prefeitas, a tendência é sempre a de escolher o que temos de pior na política: Jânio Quadros, Paulo Maluf, Celso Pitta, Quércia... Não há sociólogo que consiga explicações lógicas.
Temos o mesmo grupo político no comando do estado desde 1982 – quando Franco Montoro ainda pertencia ao PMDB. As gestões são uma sucessão de fracassos, mas a maioria continua dando o seu voto ao mesmo ninho.
José Serra, que se transformou num “coiso” político não conclui um mandato há 17 anos! E continua recebendo o voto do cidadão paulistano. Prepara-se agora para mais um pleito municipal, uma vez que ficou reduzido a este papel: um cacique provinciano.
Nestes primeiros dias de junho vamos observar a definição do quadro de candidatos às eleições municipais próximas.
Por enquanto tudo confuso e nebuloso.

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