10.2.14

E aparece o primeiro cadáver

Lamentável a morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes de TV, Santiago Andrade, vítima de um "rojão" durante manifestações no RJ
Protestar e discordar todos podem. Esquerda, direita e centro. Isso é regra da convivência democrática.
Concordar ou não vai de cada um.
Usar de violência nos protestos é cabível, principalmente para se fazer ouvir, ou, como foi o caso do nosso país durante muito tempo, quando impera a ditadura e não existem canais de expressão política.
Criminalizar manifestações a priori é um risco grande. Bem como imputá-las a este ou aquele partido.
Da mesma maneira que não foi possível engolir a história de sabotagem do Metro de SP durante a campanha eleitoral de 2010, quando o governador Alckmin e o candidato Serra, tentaram jogar nas costas do PT a incompetência da gestão tucana, também não podemos acusar o PSOL pelo assassinato do cinegrafista da Band - Santiago Andrade - nas manifestações do RJ, com base apenas no depoimento de alguém, que ainda por cima ouviu falar.
Discordo das posições do PSOL no tocante ao "Fora Dilma!". Também não acho razoável a campanha "não vai ter copa", mas daí a responsabilizar Marcelo Freixo ou qualquer outra liderança expressiva do partido pela morte do rapaz vai um exagero muito grande.
Apostar no "quanto pior melhor", estratégia da extrema esquerda e dos tais black blocs é uma temeridade muito grande. A chance de se produzir cadáveres em abundância com essa tática de luta é enorme. Também a chance de avivar o fascismo é quase certa.
Da mesma forma que criticamos a extrema esquerda por dar os braços a direita raivosa, não podemos dar os braços a essa mídia manipuladora.
Imagino que seja prudente aguardarmos as investigações e exigir apuração rigorosa desse crime.

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