9.1.15

Sobre o massacre em Paris



Estou impactado com a rapidez e a avidez com as quais formamos opiniões e divulgamos informações.
Falo do massacre cometido em Paris contra jornalistas da revista Charlie Hebdo.
Não podemos aceitar assassinatos como os que foram cometidos em Paris, ou em São Paulo, na Baixa Fluminense, na Faixa de Gaza, na Síria ou em Osasco. A morte de seres humanos é repugnante, assassinatos cruéis são mais torpes ainda.
A meu juízo, muitas das charges publicadas pela revista são desrespeitosas para com os muçulmanos, católicos, judeus, enfim contra a religião e a fé das pessoas. Sempre os ataques foram desferidos contra fatos e atos de religiosos, mesmo que fazendo usos de símbolos sagrados dessas religiões, e não contra toda a religião. Considero de péssimo gosto fazer isso. Eu não compraria tal revista. Clique aqui e veja uma pequena amostra dos trabalhos que a revista publicou.
Alguns amigos tem acusado a publicação de racista, por causa de uma charge mostrando a ministra francesa como uma macaca. Informações dão conta que a charge foi, na verdade, uma crítica a Frente Nacional (partido de extrema direita) que havia ofendido a Ministra. Clicando aqui você lê texto sobre tais ofensas.
Algumas situações despertam atenção dos leitores mais cuidadosos:
1)    Como é que terroristas sob a vigilância do serviço secreto francês conseguem desfilar, a luz do dia, de carro por Paris e armados até os dentes?
2)    Esses mesmos terroristas estavam muito bem informados, pois sabiam dia, hora e local da reunião de pauta da revista, mas toda essa competência e treinamento não impediu que um deles “esquecesse” o documento de identificação no carro.
3)    O massacre ocorreu no momento que uma onda xenófoba e islamofóbica varre a Europa, ou seja, caiu com uma luva para a direita raivosa.
4)    Nenhum grupo terrorista assumiu o massacre até agora. Que terrorismo é esse que não se vangloria dos seus feitos?
5)    Convenientemente a mídia noticia que os três suspeitos foram mortos, ou seja, caso resolvido.
Creio na possibilidade de que tenham sido fanáticos que cometeram o massacre, mas entre o que a gente acredita e a prova cabal do ocorrido vai uma distância enorme.
Só para lembrar tivemos um atentado tenebroso em Oklahoma (EUA) em 1995. Imediatamente surgiram testemunhas, com apoio de imagens de câmeras de segurança e do FBI, afirmando ter visto um árabe estacionado próximo ao prédio. Mais de 160 mortos.
Descobriu-se depois que os “terroristas árabes” eram, na verdade, cidadãos estadunidenses, militares, cristãos e professavam a crença na “supremacia branca”.
Sobre Oklahoma leia aqui.
Só para terminar não me lembro de ninguém condenado “todos os cristãos” pelo ato dos dois fanáticos.

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