Considero
o momento pelo qual passamos hoje no Brasil como sendo fruto de um
golpe de Estado, com origens ainda no primeiro mandato do presidente Lula.
Não
como aqueles dos anos de 1950/1960, com os brucutus nas ruas, tanques
e mandatos cassados, mas de outro tipo, com apoio da mídia e
financiado pelo país hegemônico na América Latina.
Quando
as ditaduras destas bandas definharam, nos anos de 1980, as forças democráticas
ganharam fôlego e obtiveram sucesso nas urnas, a ponto de, no início
dos anos 2000 ocuparem a cadeira presidencial de vários países da
América do Sul.
Parecia
que a hegemonia dos EUA nesse pedaço do seu eterno quintal estava
ameaçada.
Rapidamente
a máquina da geopolítica dos EUA se reinventou.
A
meu ver o ensaio foi o Mensalão, processo amplamente manipulado pela
Mídia e dominado pelo Judiciário. Lula escapou por pouco, mas o
estrago na estrutura do PT foi imenso, sem que se conseguisse sequer
arranhar o modus operandi do sistema político que permitiu ao país chegar aquele estado
de coisas.
O primeiro
caso de sucesso apoiou-se numa estrutura do sistema vigente, que fez de Lugo, no
Paraguai, sua primeira vítima, num processo de impeachment em tempo
recorde. (clique aqui para saber mais)
O
impeachment da presidenta Dilma foi a coroação do processo (clique aqui para ler uma excelente análise do impeachment). Teve
sua faceta institucional midiática, mas foi alimentado pelas redes
sociais e, obviamente, contando com generoso patrocínio de “ONGs”
estadunidenses.
As grandes manifestações de 2013, que não eram só
por conta dos R$ 0,20 do aumento da passagem dos coletivos, mas sim
“contra tudo isso que está aí” foi o ponta pé inicial.
Não
conseguiu impedir a reeleição da presidenta, mas foi fator
determinante em tudo que se seguiu até o seu impedimento em 2016.
Fatos
semelhantes, com pequenas variações, ocorreram na Argentina e no
Equador.
Em
2007 publiquei nesse blog um texto sobre o tema:
“As
críticas que devem ser feitas ao governo Lula
São
inúmeras as críticas que devem ser dirigidas ao atual governo.
Fisiologismo
continua sinônimo de governabilidade.
Os
praticantes da “democracia de resultados”, aquela que fornece
cargos e acesso as negociatas com o dinheiro público, apossaram-se
de boa parte da máquina pública.
O
executivo mostra-se indeciso para enfrentar o poder da mídia
golpista, dos monopólios e do sistema financeiro.
A
distribuição da renda e melhoria do acesso aos bens públicos, como
educação e saúde, são de uma timidez brutal ante as necessidades
do país.
Ainda
assim devemos tomar cuidado ao tecer essas críticas, pois corremos o
risco de engrossar o caldo da direita raivosa.
Tenho
consciência de equívocos cometidos pelo governo e pelo principal
partido da base aliada, o PT, mas não consigo perder o temor do
GOLPE!
Para
ler o texto completo, acompanhado de uma análise de Marco Aurélio
Weissheimer da Agência Carta Maior, é só clicar aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário