Redução na jornada de trabalho
Faz muito tempo que não vejo uma pauta tão unificadora como o combate à jornada 6 x 1!Mobilizou boa
parte da esquerda e vários setores da população. Isso como resultado do
movimento VAT (Vida Além do Trabalho) que resultou na eleição do vereador Rick
Azevedo (PSOL/RJ).
Ao mesmo tempo a deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP) busca assinaturas para o projeto que proíbe a jornada 6X1. Claro que a ideia conta com apoio dos partidos políticos à esquerda e com a negativa por parte da direita e extrema direita.
O
PL, por exemplo, fechou questão contra e apenas um deputado do partido assinou
o encaminhamento do projeto.
É bom lembrar
que a ideia da redução da jornada de trabalho, não só para os trabalhadores que
fazem a jornada 6x1, mas para todos, não é nova. Em outras legislaturas esse
tema foi apresentado ao Congresso, sem sucesso.
Por parte da
direita apareceram muitos argumentos mentirosos, especialidade desses
agrupamentos.
O jornal
Vermelho, cita a OIT (organização Internacional do Trabalho) e mostra que as
jornadas de trabalho dos países do G7 são as seguintes: Canadá (32,1 horas),
Alemanha (34,2), França e Reino Unido (35,9), Itália (36,6), Japão (36,6) e
Estados Unidos (38). Já no Brasil a jornada média é de 39 horas.
Alguns dirão: os
países do G7 (ricos) não valem. Temos que olhar outros países. Então vejamos:
- Butão 54,4 horas
- Emirados Árabes Unidos 50,9
- Catar 48
- Índia 46,7
- China 46,1
- Colômbia 44,2
- Turquia 43,9
- México 43,7
- Peru 43,1
- África do Sul 42,6
- Angola 41,4
- Cuba 41
- Chile 40,4
- Rússia 39,2
- Brasil 39
- Venezuela 38,7
- Coreia do Sul 38,6
- Israel 38,5
- MÉDIAMUNDIAL 38,2
Fonte:
Vermelho.org.br
Sem
dúvida é uma pauta que mobiliza a população e cabe aos partidos progressistas
tomarem a frente dessa discussão.
Também
é importante reforçar a participação nas redes, seja apoiando essa pauta ou
divulgando os canais formais de participação no Congresso, ou ainda divulgando a
maneira como os cidadãos e cidadãs podem participar nesses canais.
Além
disso as Centrais Sindicais devem dizer aos seus filiados como votaram cada
deputado e deputada. Essa é uma contribuição fundamental dos sindicatos para a
formação política dos trabalhadores e trabalhadoras.
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