13.11.24

Redução da jornada de trabalho

Redução na jornada de trabalho

Faz muito tempo que não vejo uma pauta tão unificadora como o combate à jornada 6 x 1!

Mobilizou boa parte da esquerda e vários setores da população. Isso como resultado do movimento VAT (Vida Além do Trabalho) que resultou na eleição do vereador Rick Azevedo (PSOL/RJ).

Ao mesmo tempo a deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP) busca assinaturas para o projeto que proíbe a jornada 6X1. Claro que a ideia conta com apoio dos partidos políticos à esquerda e com a negativa por parte da direita e extrema direita. 

O PL, por exemplo, fechou questão contra e apenas um deputado do partido assinou o encaminhamento do projeto.

É bom lembrar que a ideia da redução da jornada de trabalho, não só para os trabalhadores que fazem a jornada 6x1, mas para todos, não é nova. Em outras legislaturas esse tema foi apresentado ao Congresso, sem sucesso.

Por parte da direita apareceram muitos argumentos mentirosos, especialidade desses agrupamentos.

O jornal Vermelho, cita a OIT (organização Internacional do Trabalho) e mostra que as jornadas de trabalho dos países do G7 são as seguintes: Canadá (32,1 horas), Alemanha (34,2), França e Reino Unido (35,9), Itália (36,6), Japão (36,6) e Estados Unidos (38). Já no Brasil a jornada média é de 39 horas.

Alguns dirão: os países do G7 (ricos) não valem. Temos que olhar outros países. Então vejamos:

  • Butão 54,4 horas
  • Emirados Árabes Unidos 50,9
  • Catar 48
  • Índia 46,7
  • China 46,1
  • Colômbia 44,2
  • Turquia 43,9
  • México 43,7
  • Peru 43,1
  • África do Sul 42,6
  • Angola 41,4
  • Cuba 41
  • Chile 40,4
  • Rússia 39,2
  • Brasil 39
  • Venezuela 38,7
  • Coreia do Sul 38,6
  • Israel 38,5
  • MÉDIAMUNDIAL 38,2

Fonte: Vermelho.org.br

Sem dúvida é uma pauta que mobiliza a população e cabe aos partidos progressistas tomarem a frente dessa discussão.

Também é importante reforçar a participação nas redes, seja apoiando essa pauta ou divulgando os canais formais de participação no Congresso, ou ainda divulgando a maneira como os cidadãos e cidadãs podem participar nesses canais.

Além disso as Centrais Sindicais devem dizer aos seus filiados como votaram cada deputado e deputada. Essa é uma contribuição fundamental dos sindicatos para a formação política dos trabalhadores e trabalhadoras.

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