Nesta semana nos defrontamos com um escândalo no qual militares foram descobertos tentando matar o presidente e vice eleitos e um ministro do STF que presidiu o TSE na eleição presidencial de 2022.
Existe, não só por parte desses militares, mas também por
parte da população em geral, uma extrema ignorância da nossa Constituição
Federal de 1988.
As Forças Armadas devem se submeter ao poder civil,
legitimamente eleito, e não o contrário.
Tal ignorância poderia ser mitigada com aulas nos anos
finais do Ensino Fundamental e durante o Ensino Médio, sem a necessidade de se criar
uma disciplina, mas inserindo tais conteúdos nas aulas de História, Geografia, Sociologia
e Filosofia.
Seria fundamental inserir esses conteúdos com um ponto de
vista crítico, estabelecendo reflexões sobre os tópicos da Constituição Federal
de 1988.
Dessa maneira teríamos eleitores mais bem preparados para
votar ao finaldessa etapa da educação básica.
Por outro lado, a TV, a mídia e as redes sociais deveriam
propiciar maiores esclarecimentos sobre as obrigações dos cidadãos e das
cidadãs para com os processos decisórios e, da mesma forma incentivar a democracia
direta para as questões do cotidiano de grande impacto na vida das pessoas.
Há uma completa ignorância sobre as constituições estaduais
e sobre a Lei Orgânica Municipal.
Já imaginaram os orçamentos públicos sendo submetidos a referendos?
O plano diretor de cada município sendo referendado pelos munícipes? Seriam
processos extremamente educativos, fazendo com que os partidos políticos
tivessem um papel ativo na sociedade e não apenas se fazendo presentes apenas
nas eleições a cada dois anos.
É preciso compreender a razão de existência do Estado, qual
o papel do mesmo e como os cidadãos e cidadãs devem se comportar perante os
seus direitos e deveres.
Gostaria muito de ver o povo da esquerda, os influenciadores responsáveis, os professores que estão nas redes, mas, em especial, fica aqui um pedido ao ICL e ao Felipe Neto para que possam dar início a esse processo.
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