25.9.09

O inferno é aqui

Em São Paulo 19 horas. Não é o anúncio do programa “A voz do Brasil”, é só para avisar que o congestionamento na cidade bateu em 222 km!
Cheguei de São José dos Campos por volta das 14 horas e encontrei a Marginal Tietê com pouca lentidão, fato surpreendente. Imaginei que chegaria cedo em casa (saudades do ET). Que nada! O chamado corredor Norte-Sul estava travado. A av. Ibirapuera também. Resultado: 1 hora e 30 minutos para percorrer 15 km.
O dia foi todo do assim. Um acidente após o outro. A Zona Sul foi a que mais sofreu. A tortura começou às 9 horas da manhã e não acabou até agora.
Dado interessante: nenhuma menção, a não ser no fechamento uma única frase, no SPTV da Rede Globo.
No UOL uma matéria especial, ligando o trânsito de hoje ao dia sem automóvel (22/9). Clique aqui para ler. Nenhuma linha sequer sobre as responsabilidades dos gestores da cidade. É como se tudo acontecesse por obra divina ou, pior ainda: os culpados somos nós.
Nenhuma crítica a falta de políticas claras para o transporte público. Parece que o trânsito amaldiçoado só é assim por causa dos cidadãos, que não tendo nada mais criativo a fazer resolvem botar o carro na rua.
As últimas intervenções consistentes, destinadas às políticas de transporte público foram feitas na gestão da Luiza Erundina – 1989/1993 – depois dela os olhos dos administradores voltaram-se para o transporte particular, com inúmeras concessões à classe média. Fosse ela a prefeita nos dias de hoje e com certeza a mídia “porcorativa” estaria fazendo uma campanha contra o “caos no trânsito”.

Foto do G1

2 comentários:

Anônimo disse...

É irônico como as pessoas que deveríam nos representar nem mesmo colocam em pauta o que é do nosso interesse. Qualquer cidadão de São Paulo "perde" pelo menos 3 horas no trânsito. Esse é o tipo de coisa que não pode virar piadinha, como anda ocorrendo nos telejornais, muito menos ser aceito pelo nosso conformismo.

patympacheco@hotmail.com

Prof Toni disse...

Além do cansaço fico indignado com a mídia: apresentam o problema como se a culpa fosse nossa, pobres e indefesos cidadãos!