Em conversas com amigos educadores tenho insistido num ponto: a população não conhece os conselhos de escola!
O governo federal deveria investir numa publicidade agressiva para divulgá-los, isso é de suma importância para melhoria da escola pública.
Hoje o portal Terra publicou excelente matéria sobre o tema:
População desconhece os bem avaliados Conselhos Escolares
O Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou que 71% da população brasileira desconhece a existência dos Conselhos Escolares. Por outro lado, 91% dos que afirmaram saber da existência deles reconhecem que são importantes ou muito importantes para a fiscalização e aplicação dos recursos financeiros das escolas.
Os Conselhos Escolares são grupos constituídos por representantes de pais, estudantes, professores, demais servidores da escola e membros da comunidade local. Eles têm a função de acompanhar a gestão administrativa, pedagógica e financeira da escola.
Segundo dados do Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os alunos matriculados em escolas com Conselhos Escolares têm mostrado um desempenho médio superior em relação aos alunos de escolas sem conselhos.
De acordo com a pesquisa do Sips, além dos 91% que afirmam que os conselhos são importantes na gestão financeira, entre os que disseram conhecer a existência desses grupos também houve 94% de pessoas que consideraram os conselhos importantes no acompanhamento de questões pedagógicas.
Na questão de acompanhamento do rendimento escolar dos alunos, porém, houve menos aprovação por parte dos respondentes. Entre os entrevistados, 54,2% disseram que o desempenho é bom nesta função - 30,5% afirmaram ser regular e 15,2%, ruim.
Segundo o estudo, "o fraco vínculo que os respondentes observam em relação à contribuição dos conselhos escolares para o rendimento dos alunos pode ser explicado pela baixa percepção da ligação direta que há entre a boa gestão da escola e o rendimento particular de cada aluno".
Programa do Livro Didático
Entre os entrevistados, cerca de 68% também disseram desconhecer o Programa do Livro Didático. Mas entre os que disseram que conhecem o programa, as avaliações positivas predominaram.
Quanto à quantidade de livros distribuídos, 59,9% das mulheres disseram achar suficiente, número que cai para 48,3% entre os homens - houve também número expressivo de homens que considerou pouca, 42,9%.
A conservação dos exemplares é vista como boa para 52% das mulheres e 49,7% dos homens. O conteúdo e os métodos foram avaliados muito bem tanto por mulheres como por homens - 67,4% e 60,1%, respectivamente, acham bons.
A qualidade da encadernação também foi bem: entre as mulheres, 68,9% acham boa, e entre os homens, a avaliação positiva é de 62,7%.
Até 2002, só alunos do ensino fundamental recebiam os livros didáticos. A partir de então, o programa foi ampliada gradativamente, passando a atender os alunos do ensino médio.
A pesquisa também perguntou sobre o futuro do programa, e 64% dos entrevistaram opinaram que deveria ser ampliado.
Pesquisa
Segundo o Ipea, a pesquisa foi feita com a aplicação de um questionário de 21 questões objetivas para 2.773 pessoas, em suas residências, em todo o País, no período de 3 a 19 de novembro de 2010. A amostra foi definida por cotas, tendo como parâmetro a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) de 2008, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Todos os entrevistado responderam a perguntas sobre a qualidade de educação pública no Brasil independentemente de frequentarem a escola ou serem responsáveis por alunos.
A pesquisa também não delimitou um período de comparação.
Fonte: Terra Educação
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