Interessante
a capacidade das pessoas mudarem suas opiniões ao sabor dos ventos! Outro dia
mesmo – quando da discussão sobre as cotas étnico-raciais –, muitos
argumentavam que tal medida prejudicaria os brancos pobres.
Agora, quando
o Congresso aprova o projeto que estabelece cotas para egressos da escola
pública, portanto os pobres, nas Universidades e Institutos Federais muitos se
rebelam também contra essa medida.
Na verdade
falta coragem para estas pessoas gritarem bem alto: quero manter meus
privilégios!
Esbravejam em
favor do mérito acadêmico como se isso fosse possível num país tão desigual – com
diferenças abissais nos sistemas educacionais.
Insistem em
dizer que o estabelecimento de cotas vai diminuir a qualidade acadêmica nas
Instituições. Já temos resultados suficientes, tanto na UnB quanto na UERJ para
desmentir tal fanfarronice.
Precisamos
corrigir as distorções existentes e garantir cotas de entrada no ensino
superior é o meio mais rápido e eficiente. Não podemos esperar pela melhoria no
ensino público, isso demanda tempo, portanto seria pedir aos excluídos de hoje
que permanecessem nessa condição por mais algumas décadas.
Claro está
que precisamos aprofundar o debate político sobre o sistema educacional, isso é
uma responsabilidade de toda a sociedade, isso não é impeditivo para garantir
vagas nas boas instituições públicas para os egressos da escola pública.
Todo apoio ao
projeto e tomara que seja rapidamente sancionado pela Presidenta Dilma.
É uma questão
de justiça e solidariedade!
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário