O
SBT resolveu colocar as barbas de molho e tirou do ar a jornalista (?) Raquel
Sherazade – até agora não sei qual a grafia correta do nome desta moça.
Algumas
pessoas estão bradando contra o que chamam de censura, comparando o episódio
aqueles ocorridos no período da ditadura cívico-militar.
Não
creio que a analogia seja aplicável. A “censura” preventiva imposta pelo SBT
está relacionada aos crimes que a mesma cometeu. Sim, isso mesmo, pois quem
incita ações criminosas, criminoso é. Além do mais ela fez uso de um espaço que
é uma concessão pública, pois, até que se prove o contrário, o “ar” ainda não
foi privatizado.
As
falas dessa moça foram criminosas. Não digo aquelas aleivosias lançadas contra
o governo, mas, por exemplo, a maneira como ela elogiou os justiçamentos
praticados Brasil adentro, estimulando que os cidadãos façam justiça com as
próprias mãos.
Na
sequência do seu pronunciamento desastroso tivemos o assassinato de um homem –
no Espírito Santo – acusado de estupro, que, soube-se depois, não fora cometido
por ele e o espancamento de outro delinquente – este no Rio de Janeiro – achado
amarrado a um poste. Soube-me mais tarde que esse justiçamento foi realizado
por bandidos milicianos.
Nossa
TV aberta carece de qualidade. Pululam na telinha, ao cair da tarde e início da
noite, programas policiais que praticam os mesmos crimes. Incitam a violência e
atentam contra a Constituição Federal.
Outorgam-se
o título de jornalismo investigativo, mas apenas reproduzem os boletins de
ocorrência e, quase sempre, a versão oficial da polícia.
Têm
uma enorme facilidade para desqualificar os pobres e os pretos, mas não
demonstraram a mesma ferocidade contra, por exemplo, os traficantes que
carregavam quase meia tonelada de cocaína no helicóptero pertencente a um
deputado federal em MG. Aliás, tal fato parece que foi fruto da nossa
imaginação, uma vez que a imprensa esqueceu rapidamente o assunto.
Precisamos
estar atentos, pois liberdade de expressão não é um valor absoluto, ela é
limitada pela lei e deve ser guiada pela ética e decência. O direito à crítica
sempre deve ser respeitado, mas a mentira e manipulação devem ser punidas
exemplarmente!
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