25.9.14

A internacionalização da Amazônia novamente em destaque


       Alguns órgãos de imprensa criticaram hoje o fato do Brasil não assinar compromisso de “desflorestamento zero”, proposta encampada por 32 países durante a Cúpula do Clima em Nova Iorque.
    É necessário atentar para armadilhas desenhadas por determinados segmentos ambientalistas, que visam impedir o desenvolvimento dos países do Sul, atrelando questões ambientais locais às discussões globais.
      Interessante observar o nível de comprometimento dos países ricos com as medidas propostas pelos ambientalistas e, perceber que não são eles – os países desenvolvidos – os alvos dos protestos e pressões políticas para fazer avançar os cuidados ambientais planetários.
     Fez bem o governo brasileiro em não assinar tal compromisso, leiam abaixo as justificativas apresentadas na matéria do site Opera Mundi.


Brasil não foi consultado sobre declaração de metas de desmatamento da ONU, diz governo

Assinada por 32 Estados durante Cúpula de Clima, 'Declaração de Nova York' não deixa claro o que pode ser desmatado, afirma ministra


O Brasil não assinou na terça-feira (23/09) um tratado de combate ao desmatamento apresentado durante a Cúpula do Clima, em Nova York, que reuniu mais de 120 chefes de Estado. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o país não foi consultado sobre a declaração.

Chamado de “Declaração de Nova York”, o documento tem o intuito de reduzir pela metade o corte de florestas até 2020 e zerá-lo na década seguinte. Entre outras metas, está também a redução das emissões de gás carbônico de 400 milhões a 450 milhões de toneladas por ano, nos próximos seis anos, ou 2 bilhões de toneladas no total, também até 2020.

"Infelizmente, não fomos consultados. Acredito que seja impossível pensar uma iniciativa em prol das florestas a nível mundial sem incluir o Brasil. Não faz sentido", disse Izabella à agência Associated Press.

De acordo com a ministra, não está claro no texto o que poderia (ou não ser desmatado), o que pode levar a resolução de encontro ao Código Florestal brasileiro. "Desmatamento legal é diferente de desmatamento ilegal. Nossa política nacional é interromper o ilegal", afirmou.

O governo argumenta também que o acordo não é um documento oficial da ONU e que, portanto, só deve ser seguido pelos 32 signatários.

Na Cúpula do Clima, a presidente Dilma Rousseff citou ontem medidas tomadas pelo governo brasileiro nos últimos anos para redução de emissões de gases de efeito estufa, principalmente as relacionadas à queda do desmatamento na Amazônia.

“Ao longo dos últimos dez anos, o desmatamento no Brasil foi reduzido em 79%. Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera, a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas [de gases de efeito estufa]”, apontou. “As reduções voluntárias do Brasil contribuem de forma significativa para a diminuição das emissões globais no horizonte de 2020. O Brasil, portanto, não anuncia promessas, mostras resultados”, acrescentou, de acordo com a Agência Brasil.

Os 32 governos que assinaram a "Declaração de Nova York" também se comprometeram a recuperar mais de 350 milhões de hectares de terras degradadas, superfície similar em tamanho à Índia, como parte da luta contra o aquecimento global.

Os mais de 120 chefes de Estado e de governo de todo o mundo também reafirmaram o compromisso de reduzir as emissões de gás carbônico e criar alternativas financeiras para ajudar países a tomarem medidas ambientalmente menos prejudiciais. No total, os compromissos mobilizarão mais de US$ 200 bilhões antes do final de 2015, segundo informações da ONU.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconheceu o protagonismo do país que governa na degradação ambiental. "Reconhecemos o nosso papel na hora de criar este problema [as mudanças climáticas] e aceitamos nossa responsabilidade para combatê-lo. Mas só podemos ter sucesso se todos os países se envolverem neste esforço. Não pode haver exceções".

Fonte: Opera Mundi

Nenhum comentário: