Está complicado torcer no
campeonato brasileiro. Os times, com exceção do Cruzeiro, alternam boas e
péssimas atuações.
Os árbitros cometem falhas
infantis, prejudicando demais a qualidade do espetáculo.
As transmissões da TV transbordam
chavões e clichês, diferenciando-se a ESPN nesse mar de tolices.
Os estádios construídos para a
Copa fazem a gente ter vontade de ver os jogos, mas os preços estão proibitivos
e as torcidas não foram reformadas, continuam com a mesma selvageria de sempre.
Trapalhadas se sucedem no órgão
que deveria zelar pela qualidade do jogo, garantindo o conforto do torcedor e a
lisura da disputa.
Ainda temos o racismo presente em
algumas torcidas, exemplo maior vitimou o goleiro Aranha do Santos Futebol
Clube (ver matéria aqui)
e a homofobia. As brigas também são intermináveis. O pior é ouvir de algumas
pessoas que isso é coisa do campo de jogo e deve ficar por lá.
Parece que o futebol tudo permite.
É bom deixar claro que não permite não. A lei e a dignidade das pessoas devem ser
observadas e preservadas.
Bem fez o Aranha em queixar-se na
polícia e não dar ouvidos aos apelos hipócritas para “perdoar” a principal
acusada de racismo. Como ele disse, ela está perdoa, mas deve pagar pelo crime
que cometeu.
Acabo de ler no UOL (clique aqui)
uma matéria sobre o Malcom, menino craque que está despontando no Corinthians.
A história é a mesma de inúmeros
dos nossos craques de bola: menino que veio da favela e carrega a esperança de
redenção social, sua e da família!
O que me deixou surpreso foi a
afirmação de que ele abandonou os estudos no 2º ano do Ensino Médio. Como assim
Corinthians? Essa joia rara precisa ser lapidada e, junto com as habilidades de
futebolista e a parte física, ele precisa de escolarização formal, aprender
Inglês e Espanhol (pelo menos). Isso é obrigação do clube proporcionar. Como um
garoto pode abandonar a escola para trabalhar?
Os clubes deveriam ser obrigados a
oferecer escola para os garotos da base, ainda mais um clube que ganhou
inúmeras vantagens do poder público para construir seu estádio.
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