27.9.24

Violência nas eleições municipais em 2024

 As eleições municipais estão batendo à porta e, dessa vez, vemos a violência política disseminada por todo o país, desde os municípios mais remotos até as grandes capitais, como São Paulo.

Essa linguagem da violência sempre esteve presente nos debates eleitorais, mas poucas vezes chegou-se as vias de fato, como agora.

Para além da cadeirada no debate em São Paulo, temos o registro de mais de 450 casos violentos nessa eleição, sem contar a violência verbal, que virou lugar comum com o advento do bolsonarismo e das redes sociais como rinha de disputa das campanhas.



Pouco se discute ideias e propostas, isso deu lugar a lacração nas redes sociais e as postagens estilo tiktok. Parece que a disputa por ideias se degenerou completamente.

Um candidato a prefeito de São Paulo afirmou numa entrevista que ele comparece aos debates não para divulgar ideias e propostas, mas sim para “causar”, ou seja, produzir cortes para as redes sociais.

Segundo o portal G1 temos mais de 400 casos de violência política nestas eleições.

Outra preocupação com relação à violência diz respeito a infiltração criminosa, conforme notícia da Agência Brasil, particularmente com a presença das milícias no Rio de Janeiro. O que antes era tema de novela e romances policiais saltaram para a vida real de forma impressionante.

Também conviemos com a violência de gênero, como o apoio do Congresso Nacional, que anistiou os partidos e coligações que fraudaram a lei com candidaturas de mulheres e negros servindo de “laranjas”. Como sempre nossa legislação é excelente, pena que sempre aparecem espertalhões prontos para burlá-las.

O nível de violência que vivemos em São Paulo faz com que tenhamos receio de uma violência ainda maior até o final do segundo turno. Resta torcer para que não termine em tiroteio!

No mais, sinto saudades dos tempos de convivência tranquila entre defensores de candidatos diferentes, hoje isso é impossível.

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