As eleições municipais estão batendo à porta e, dessa vez, vemos a violência política disseminada por todo o país, desde os municípios mais remotos até as grandes capitais, como São Paulo.
Essa linguagem da violência sempre esteve presente nos debates
eleitorais, mas poucas vezes chegou-se as vias de fato, como agora.
Para além da cadeirada no debate em São Paulo, temos o
registro de mais de 450 casos violentos nessa eleição, sem contar a violência
verbal, que virou lugar comum com o advento do bolsonarismo e das redes sociais
como rinha de disputa das campanhas.
Pouco se discute ideias e propostas, isso deu lugar a
lacração nas redes sociais e as postagens estilo tiktok. Parece que a disputa
por ideias se degenerou completamente.
Um candidato a prefeito de São Paulo afirmou numa entrevista
que ele comparece aos debates não para divulgar ideias e propostas, mas sim
para “causar”, ou seja, produzir cortes para as redes sociais.
Segundo o portal G1 temos mais de 400 casos de violência política nestas
eleições.
Outra preocupação com relação à violência diz respeito a
infiltração criminosa, conforme notícia da Agência Brasil, particularmente com a presença
das milícias no Rio de Janeiro. O que antes era tema de novela e romances policiais
saltaram para a vida real de forma impressionante.
Também conviemos com a violência de gênero, como o apoio do
Congresso Nacional, que anistiou os partidos e coligações que fraudaram a lei
com candidaturas de mulheres e negros servindo de “laranjas”. Como sempre nossa
legislação é excelente, pena que sempre aparecem espertalhões prontos para burlá-las.
O nível de violência que vivemos em São Paulo faz com que
tenhamos receio de uma violência ainda maior até o final do segundo turno.
Resta torcer para que não termine em tiroteio!
No mais, sinto saudades dos tempos de convivência tranquila entre
defensores de candidatos diferentes, hoje isso é impossível.
2 comentários:
Que horror
Muito bom! Realmente torcer para que estes debates não terminem mal.Tomara que eles consigam mostra inteligência para apresentar boas propostas.M.I.
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