Segundo os analistas da grande mídia o Centrão ganhou as eleições municipais.
Isso, em parte, é verdade.
Temos uma realidade bastante complexa, com “novidades” na
política que vira de cabeça para baixo nosso entendimento da política institucional.
É nesse contexto que surgem “coahcs” messiânicos, estelionatários de várias
matizes e demais oportunistas.
Mídia Ninja fez uma excelente matéria sobre as emendas pix, que faz com que
consigamos compreender como o sequestro do Orçamento fez a vitória da direita e
extrema-direita.
Nós, cidadãos comuns, não nos atentamos aos votos que elegem
senadores e deputados. Os partidos políticos, na sua maioria, também priorizam os cargos executivos em detrimento dos
legislativos.
Essa pouca atenção pode custar caro. Partidos de direita e
extrema-direita estão atentos às vagas do Senado, serão duas em jogo nas
eleições de 2026, que poderão levar a enormes modificações na Constituição
Federal e no ordenamento jurídico de forma geral.
Na eleição municipal conseguimos perceber como o sequestro
do Orçamento garantiu a eleição de uma enormidade de prefeitos (no primeiro turno)
e a ida ao segundo turno nas capitais, todos ligados à direita ou
extrema-direita.
Bolsonaro não foi reeleito, mas isso não garantiu o fim do
bolsonarismo, que continua campeando por todo o país, inclusive com algumas
novidades que conseguem ser pior – se é que isso é possível – como o surgimento
do Pablo Marçal em São Paulo, por exemplo.
Precisamos – nós os progressistas e democratas – voltar os
olhos para os cargos legislativos, até como forma de educação política da
população.
É urgente também a educação política, com foco na
Constituição Federal, nas escolas. Mais uma tarefa que deve ficar a cargo dos
professores, tarefa esta que deveria caber aos partidos políticos, que durante
muito tempo assumiram esse papel.
Um excelente instrumento de educação política pode ser encontrado
aqui: