9.9.07

José Genoíno

Fui ao sacolão no Butantã no último domingo. Ao sair, por volta das 11 horas da manhã, vi uma figura solitária ao lado do carro, fumando.
Era José Genoíno.
Nem sombra daquele deputado eloqüente, com um carisma formidável, candidato a governador extremamente popular.
Amuado em seu canto, com medo do contato com seus antigos eleitores, era uma verdadeira sombra política.
Participei da primeira campanha de José Genoíno para deputado federal em 1982.
Tinha uma enorme admiração pela sua capacidade de oratória e pela sua história política. Naquela mesma eleição ele me decepcionou profundamente, senti-me traído, pois ele e sua turma abandonaram o candidato a deputado estadual, o operário Fernando do Ó. Ambos compunham uma "chapa" por assim dizer.
Enquanto nós carregávamos a candidatura de Genoíno na zona sul da cidade, ele fazia conchavos com políticos do tipo de Sérgio Santos e Paulo Diniz, populistas, que algum tempo depois abandonaram o PT.
Depois da campanha evitei contato com ele e seu grupo.
Durante minha militância no PT, que durou efetivamente até a metade da década de 90, vi o seu direcionamento para a direita partidária até a composição do tal "Campo Majoritário".
Ao olhar aquele homem grisalho, triste e amedrontado, olhei também para o meu passado militante.
Vi minha incapacidade de fazer política, minhas derrotas com mais um punhado de companheiros, incapazes de fazer o PT cumprir seu papel histórico de educar o povo brasileiro para a política.
Senti pena. Dele. De mim mesmo. Também do povo brasileiro.

Texto publicado em 08/11/05.
http://proftoni.zip.net/arch2005-11-06_2005-11-12.html

8.9.07

O Corinthians de volta às manchetes... policiais!

Texto no Terra Magazine, obra do Bob Fernandes, mas em conjunto com Juca Kfouri da Folha de S. Paulo, mostra parte do enredo que envolveu a MSI e o Corinthians.
Coisa de bandido, mas bandido manipulando muito dinheiro!
Sobra para todos: MSI, diretoria do Timão, jogadores, políticos – a turma do Zé Dirceu, só para variar – e até jornalistas.
A matéria começa assim:

Por mais que pareça ficção, o que se lerá aqui é uma história verídica, repleta de intrigas, mentiras, mas muitas mentiras mesmo, ciúmes entre homens, deslizes, traições, ameaças e, até, um romance numa alta corte da Justiça fluminense. O enredo passeia, ainda, por gabinetes bem próximos ao do presidente da República, no Palácio do Planalto, além do seu próprio gabinete.
Tudo resumido em um relatório da Polícia Federal com 72 páginas, produto de investigações e interceptações telefônicas feitas com autorização judicial. Este Editor-chefe de Terra Magazine e o colunista da Folha de S.Paulo Juca Kfouri tiveram acesso ao material, assim como, pelo menos, um dos advogados de pessoa citada.

Clique aqui para ler a matéria na íntegra.

7.9.07

Campanha pelo cancelamento da privatização da Vale

No boletim do MST desta semana:
UM CHAMADO AO POVO BRASILEIRO

Esta semana diversos movimentos sociais e entidades estão realizando um Plebiscito Popular para questionar o leilão, que em 1997, vendeu a Companhia Vale do Rio Doce. A venda foi realizada durante do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e foi marcada por irregularidades que vão desde o subfaturamento da Companhia, vendida por 3,3 bilhões de reais, quando seu patrimônio à época estava avaliado em 40 bilhões de dólares, até o favorecimento ilícito de grupos. Hoje a Vale está sendo avaliada em cerca de 100 bilhões de dólares.
A privatização da Vale significou a privatização do patrimônio do povo brasileiro. Junto com a Companhia também foram vendidos os patrimônios materiais sobre os quais ela tinha concessão. A Vale tinha concessões públicas sobre a maior parte das reservas minerais do país, concessão de amplas extensões do nosso território. Somente ao redor da reserva mineral de Carajás havia uma concessão de 700 mil hectares de Floresta Amazônica. A Companhia também tinha concessão das três maiores ferrovias do país, a que liga Carajás a São Luiz, Belo Horizonte a Vitória e uma outra que liga o interior de Sergipe ao porto de Sergipe; além de ser concessionária de três grandes portos.
Todas essas obras não eram de propriedades da empresa. Foram construídas com dinheiro público, ou seja, de orçamento da União nos ministérios, portanto não cabia serem privatizadas. A Vale não se constituía em uma empresa comercial de propriedade do Estado, era na verdade uma empresa pública pertencente ao patrimônio de todo o povo brasileiro. Por essa razão é que jamais o governo FHC teria o direito de vender uma coisa que não era dele, mas sim do povo.
Ao longo dos últimos dez anos, vem se travando uma intensa batalha na Justiça pela nulidade do leilão da Vale do Rio Doce. As irregularidades acerca da venda da Companhia motivaram mais de cem ações populares na Justiça, 69 delas ainda estão em andamento. Mesmo antes da realização do leilão muitos juristas tentaram cancelar a venda. Mas na época tanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ), como o Supremo Tribunal Federal (STF), eram totalmente coniventes com os interesses do governo FHC e o leilão somente pode se dar sob a condição de liminares dadas na calada da noite.
Os movimentos sociais, as entidades e as pastorais sociais, articulados na Assembléia Popular no final do ano de 2006, perceberam que, além da luta institucional, é preciso travar uma batalha cotidiana com a participação efetiva do povo. Afinal, o povo não foi consultado sobre a venda de seu próprio patrimônio, nem sequer o Congresso Nacional aprovou a venda da Companhia. Não se respeitou um princípio básico da nossa Constituição de 1988, que garante ao povo brasileiro o poder de tomar as decisões relativas à vida e ao futuro do país.
Além da questão sobre a Vale o plebiscito também aborda outros três temas: se o governo deve continuar priorizando o pagamento dos juros da dívida externa e interna; se a energia elétrica deve continuar sendo explorada pelo capital privado e se você concorda com uma reforma da previdência que retire direitos dos trabalhadores. A idéia é fazer do Plebiscito Popular uma ação cívica para o exercício da cidadania do povo brasileiro.
O Plebiscito faz parte da Campanha Nacional pela Nulidade do Leilão da Vale do Rio Doce. Campanha que está sendo organizada por mais de 60 entidades e movimentos sociais. A votação já começou. Em todo o país, estarão espalhadas urnas para coleta dos votos entre os dias 1° e 7 de setembro, Semana da Pátria. A data foi escolhida por ocasião do Grito dos Excluídos, que esse ano tem como tema “A Vale É Nossa – Queremos Participação no Destino da Nação”.
Nosso objetivo é pressionar pela nulidade do leilão que privatizou a Vale. Não podemos permitir que nossas riquezas naturais, como solo, minerais, água e ar sejam privatizadas. Não podemos permitir a entrega de nosso patrimônio material. Não podemos concordar com a premissa neoliberal de que o alto valor atribuído à Companhia hoje, seja fruto de sua privatização. Ao contrário temos provas concretas de que é possível uma empresa pública dar certo, como acontece com a Petrobras. Além disso, estamos certos de que uma empresa estatal não tem como primeiro objetivo dar lucro. O objetivo dela é o bem-estar da população.
Por tudo isso, queremos consultar o povo e convocamos cada amigo e cada amiga do MST a encampar também essa luta. Vote a favor do Brasil, a Vale é nossa, é do POVO BRASILEIRO!

Boa luta para todos e todas!

Saudações!
Direção Nacional do MST

PARA SABER COMO PARTICIPAR

Para saber como participar e ver locais de votação acesse a página:
www.avaleenossa.org.br
Assista aos vídeos da Campanha: Vídeo Parte 01 - Vídeo Parte 02 - Vídeo Parte 03

2.9.07

Licença sanidade mental

Só volto quarta-feira! Motivo: fechamento de notas trimestrais na escola, preparação de material para o cursinho e o blog do Guia Época Vestibulares 2008.

31.8.07

Direito à memória e à verdade

Finalmente o governo Lula faz um gesto no sentido de pôr fim ao silêncio oficial sobre as torturas praticadas pelos militares durante a ditadura.
Foi lançado nesta quarta-feira (29/7) o livro Direito à memória e à verdade. Nele o Estado reconhece as barbaridades cometidas pelos de farda, como tortura, morte, desaparecimentos, suicídios etc.
Este livro não será vendido nas livrarias, mas será distribuído para as bibliotecas e instituições de pesquisa país afora. Caso queira lê-lo, o jornal O Estado de S.Paulo oferece a versão completa, em formato pdf, basta clicar no link abaixo:
http://www.estadao.com.br/ext/especiais/2007/08/direitoamemoriaeaverdade.pdf

Guia Época Vestibular 2008

O blog de suporte ao Guia Época Vestibular Atualidades 2008 já está funcionando.
Serve para apoio à publicação que está nas bancas e circulará pelas próximas 10 semanas, além de possibilitar ao leitor a escolha do tema do 11º fascículo, que será inteiramente on-line.
Clique aqui para acessar o blog.

"Aquecimento Global é terrorismo climático"

Esta é a manchete que a Revista Istoé reservou para a entrevista com o professor Luiz Carlos Molion, Pós-doutor em meteorologia formado na Inglaterra e nos Estados Unidos, membro do Instituto de Estudos Avançados de Berlim e representante da América Latina na Organização Meteorológica Mundial.
Já faz algum tempo tomei contato com as teorias do prof. Molion, figura muito respeitada por aqueles que o conhecem e, por vezes, desrespeitado entre aqueles que teimam em olhar a ciência como se fosse religião: infalível, dogmática e irrefutável.
Vejam uma das repostas do professor:
“É difícil dizer que o aquecimento é global. O Hemisfério Sul é diferente do Hemisfério Norte, e a partir disso é complicado pegar uma temperatura e falar em temperatura média global. Os dados dos 44 Estados contíguos dos EUA, que têm uma rede de medição bem mantida, mostram que nas décadas de 30 e 40 as temperaturas foram mais elevadas que agora. A maior divergência está no fato de quererem imputar esse aquecimento às atividades humanas, particularmente à queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, e à agricultura, atrás da agropecuária, que libera metano. Quando a gente olha a série temporal de 150 anos usada pelos defensores da tese do aquecimento, vê claramente que houve um período, entre 1925 e 1946, em que a temperatura média global sofreu um aumento de cerca de 0,4 grau centígrado. Aí a pergunta é: esse aquecimento foi devido ao CO2?”

Clique aqui e leia-o na íntegra.

28.8.07

Politicagem e oportunismo no Largo São Francisco

Entristeceram-me e muito os acontecimentos ocorridos dentre os dias 21 e 22 desse mês na minha faculdade. Basicamente, houve uma ocupação do espaço por um grupo de manifestantes dos mais diversos movimentos sociais (UNE, MST, Educafro dentre outros). Os alunos, desavisados e retirados de suas salas de aula, entraram em pânico ao ver um bando de pessoas pobres e mal vestidas – coisa que não se vê todos os dias dentro da faculdade – e saíram correndo, encontrando barreiras que os impediram, por aproximadamente vinte minutos, de voltar para suas casas.
Passado o pânico inicial, os motivos da invasão começaram a ficar mais claros: eram 18 reivindicações, que além de pedirem o fim do analfabetismo e aumento do número de vagas nas faculdades públicas, queriam o fim do vestibular e as tão controversas cotas para ingresso nas universidades públicas. Todas válidas, porém nenhuma imediata, que justificasse uma ocupação com direito a barricadas e interrupção de aulas.
Após conversas com os poucos alunos que restaram na faculdade, negociações com a diretoria e entrada de policiais para verificar algum dano em patrimônio público que poderia ter sido causado (o que não ocorreu), o diretor Rodas autorizou a entrada da tropa de choque para expulsar os invasores. Sessenta policiais armados tiraram à força alunos e manifestantes, os levaram à delegacia e nisso ficou. Atitude no mínimo, exagerada.
Não só exagerada, mas com enorme simbologia: a faculdade teve presença de militares apenas uma vez antes da ocasião, foi centro de combate à ditadura e sempre representou território livre para debates. Classes mais pobres em território público sendo expulsas por forças policiais em favor de pessoas privilegiadas também não é uma idéia que me agrada.
Um movimento ocupacional liderado por políticos profissionais oportunistas, uma massa da “elite intelectual” pouco se importando com o que ocorria, uma diretoria indisposta a negociar e utilizando-se de métodos completamente desproporcionais. Quando todo o podre parecia estar revelado, surge mais um elemento: O Centro Acadêmico XI de Agosto, cuja atual gestão é do partido Fórum da Esquerda, não só já sabia do movimento e não avisou os alunos, como parecia apoiar os manifestantes sem o consentimento de seus representados.
Essa é a perspectiva do modo de fazer política para nosso país nos próximos anos.
O objetivo do movimento, chamar atenção para os problemas na educação pública no país (objetivo muito nobre e necessário, por sinal), foi o último a ser alcançado. A mídia de uma forma geral tratou do evento como algo parecido com a ocupação da reitoria da USP há alguns meses, e parece ter agradado o fato que dessa vez, os policiais entraram para expulsar os “vagabundos”. As conseqüências dentro da faculdade foram debates mesquinhos visando às eleições desse ano para o Centro Acadêmico.
As Arcadas do Largo São Francisco estão de luto.

Riccardo Silva – Estudante de Direito – USP

Devolução da Vale do Rio Doce!

Essa dica é do blog Vi o Mundo:
Vídeo da campanha promovida por diversos movimentos sociais que pede a devolução da Companhia Vale do Rio Doce ao seu verdadeiro dono - o povo brasileiro -, e reivindica a declaração de nulidade do leilão de privatização da Companhia Vale do Rio Doce. O Plebiscito Popular sobre o tema será realizado de 1 a 7 de setembro.

27.8.07

A prova do ENEM

Uma prova coerente e bem pensada, assim podemos definir a prova aplicada ontem no Exame Nacional do Ensino Médio.
Os meus alunos do Pueri Domus e do CPV Vestibulares acharam a prova muito fácil e a maioria deles pontuou acima de 50, com máximo de 59 acertos.
A prova, como já afirmado por todos aqueles professores que se preocuparam em entender o ENEM, retomou o padrão de cobrar do aluno a aplicação, na verdade o uso, do saber escolar.
O tema da redação foi muito interessante, permitindo ao aluno explorar grandes possibilidades para chegar a um bom texto.
O que mais me preocupa com relação ao ENEM é o resultado.
Ano após ano constatamos que o ensino público vai de mal a pior. O diagnóstico é reforçado permanentemente, mas as mudanças... Bom, aí já é outra história!

26.8.07

Guia Época Vestibular 2008 Atualidades

Começou a circular ontem encartado na revista Época, o Guia Época Vestibular 2008 Atualidades.
O Guia é resultado de uma parceria do Sistema Uno - coleção de material didático - e da Revista Época.
Eu e o Prof. Venê, do Cursinho da Poli e do Objetivo, fazemos parte da equipe de coordenação de textos.
É um material preparado com muita seriedade e carinho, pensado para ajudar o vestibulando nesta reta final de preparação.

25.8.07

ENEM

O ENEM faz parte de um sistema de avaliações criado pelo governo federal dentro do contexto de modificações na educação básica brasileira a partir da nova LDB de 1996.
Ele prioriza o raciocínio crítico ao invés da “decoreba” tradicional. Por isso ele não está dividido por disciplinas, embora você consiga identificar conteúdos específicos nas questões propostas.
Portanto ele não mede acúmulo de conteúdos e informações, mas sim habilidades e competências do aluno em lidar criticamente com o conhecimento, exercer plenamente a cidadania, prosseguir seus estudos e preparar-se para o mundo do trabalho.
A nota do ENEM é aproveitada em importantes faculdades e universidades como componente da nota do vestibular. A FGV, por exemplo, reservou 5 vagas do seu curso de Economia e 20 do curso de Administração para ingresso exclusivo pelo ENEM; a IBMEC reservou 20% da vagas.
Universidades públicas como USP, UNESP e UNICAMP também usam o ENEM para compor a nota do vestibulando.
A UNICAMP só considerará a nota do ENEM para aqueles alunos que também fizerem a redação – desde que não zerem – ao contrário do que acontecia até 2006, quando eram consideradas somente as questões de teste.
Prestar o exame com seriedade é fundamental! Faça a redação com esmero, mostre todas as suas competências e habilidades!
Boa prova para todos!

Amanhã é dia de ENEM

Muitos dos meus alunos e alunas prestarão o ENEM amanhã. Vejam algumas dicas:


Dia da Prova – NÃO BRINQUE COM O HORÁRIO, CHEGUE ANTES PARA EVITAR CONTRATEMPOS (SE POSSÍVEL VERIFIQUE O LOCAL DA PROVA NO DIA ANTERIOR)
As provas do Enem 2007 serão no dia 26 de agosto, com início às 13 horas e término às 18 horas. Não se atrase! Os portões de acesso aos locais de prova em todo o Brasil serão abertos ao meio-dia e fechados às 12h55 (horário de Brasília). Depois disso NÃO será permitida a entrada no local.
O que levar:
- Original do documento de identificação que você citou na ficha de inscrição (sem ele você não poderá fazer a prova);
- Cartão de Confirmação de Inscrição;
- Folha de respostas do questionário socioeconômico;
- Caneta esferográfica de tinta preta (pelo menos 2);
- Lápis preto nº 2 (pelo menos 2);
- Borracha.
OBS: Se você não tiver recebido o Cartão de Confirmação de Inscrição, pode apresentar o comprovante de inscrição no lugar.
Previna-se, leve água e lanches leves e fáceis (bolachas, frutas etc.).

Sobre Marte e a Lua

Depois de receber o 23º e-mail sobre o tamanho de Marte em agosto resolvi pedir socorro a quem sempre me esclarece: www.quatrocantos.com!
Ao abrir a página citada, encontrei um bom artigo do astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, que reproduzo abaixo:

Vamos observar Marte
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão(*)
Durante as noites de agosto, o planeta Marte será o mais interessante dos objetos celestes visíveis a olho nu, em virtude do seu brilho e de sua coloração acentuadamente vermelha, razão pela qual foi associado a Marte, deus da guerra entre os romanos.
Sua máxima aproximação à Terra vai ocorrer no dia 27 de agosto, quando o planeta estará a uma distância de 55,8 milhões de quilômetros da Terra. A última vez que tal aproximação ocorreu foi há 73.000 anos. É importante observar, especialmente, sabendo que nenhum ser humano jamais o viu tão brilhante. Naquela época não havia registro histórico. Por este motivo, esta aproximação constitui, para o observador interessado no céu, uma ocasião única para apreciar o planeta a olho nu.
Na realidade, Marte é visível a cada dois anos, sendo que as máximas aproximações ocorrem a cada 15 ou 17 anos. Assim, a próxima aproximação equivalente a atual vai ocorrer em 2018, quando o planeta estará a 57,7 milhões de quilômetros.
Atualmente, ele está surgindo do lado do nascente, por volta das 20:00 horas e está alcançando o zênite – o ponto mais alto no céu – por volta de uma hora da manhã. Já é um belo espetáculo. No final do mês de agosto, Marte surgirá ao anoitecer, logo após o pôr-do-Sol, e alcançará o zênite por volta da meia-noite.

(*) Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, astrônomo e pesquisador titular do Museu de Astronomia e Ciências Afins, e autor de mais de 70 livros, entre outros livros, do "O Livro de Ouro do Universo".
Consulte a homepage:
http://www.ronaldomourao.com.

23.8.07

Mais uma do Latuff


Retrato do Brasil

Começou a circular juntamente com a edição 458 da revista CartaCapital a publicação Retrato do Brasil (clique aqui e leia a apresentação oficial da revista).
Lembro-me com saudades da primeira publicação que levou este nome. Liderada por Raimundo Rodrigues Pereira, acompanhado por um grupo de jornalistas de excelente qualidade, tomei contato com ela no início dos anos 80, se a memória não me trai.
Desta feita a CartaCapital publicará 6 números, os primeiros três, que tratarão de energia, quinzenalmente e outros mensalmente.
Para quem deseja ler o Brasil com outros olhos que não o da grande mídia nativa, Retrato do Brasil é imprescindível!

21.8.07

Caos na Catraca: Gilmara passa mais de um mês por ano DENTRO DE UM ÔNIBUS

Enfrentar um ônibus lotado todos os dias nem é o maior problema para quem mora em Campo Limpo.
O rio Pirajussara corta o bairro e, quando enche, inunda várias ruas.
Gilmara diz que a água é contaminada e conhece o caso de uma criança que pegou leptospirose, a doença transmitida pelos ratos.
Assassinatos na região são comuns.
Na semana passada, por exemplo, um bando local matou dois rapazes que faziam assaltos no bairro.
A polícia é mais temida que os bandidos.
Como não confia nos médicos do posto de Saúde, Gilmara dá duro levando os filhos para atendimento no ambulatório do Hospital das Clínicas.
Ou seja, o ônibus é apenas MAIS UM problema.
Gostou do pedaço de texto? Ele está no blog do Luiz Carlos Azenha - Vi o mundo, o que você nunca pôde ver na TV - basta clicar aqui para ter acesso ao texto na íntegra.

Direto da Venezuela

A guerra das tevês

Num país sul-americano, numa emissora de tevê cujo nome leva o substantivo masculino “globo”, começa mais um telejornal de fim de noite. Os “âncoras” são um casal bem apessoado, uma mulher e um homem bonitos e elegantes. Eles anunciam mais um escândalo que envolveria o governo federal. “Por enquanto”, já haveria indícios disto ou daquilo. Depois da chamada inicial, vem uma reportagem que tenta convencer o telespectador da tese da emissora sobre corrupção no governo. Não há provas, mas há “indícios”, que se bastam. Em seguida, aparece um senhor de meia idade verbalizando um editorial no qual faz violentos ataques ao governo e pede ao telespectador que se revolte.
Se você pensou que eu estava me referindo à Rede Globo, do Brasil, e ao governo Lula, enganou-se. Trata-se da emissora venezuelana “Globovisión” e do governo Hugo Chávez.
Este texto está no blog Cidadania.com, do Eduardo Guimarães, clique aqui para lê-lo na íntegra!

Cada um na sua!

Do Blog do Kayser

19.8.07

Querem saber sobre a Venezuela?

Venho fazer-lhes uma sugestão insistente de leitura: blog Cidadania.com (clique no nome do blog para acessá-lo), do Eduardo Guimarães.
Este moço, um vendedor que viaja pela América Latina trabalhando, aproveita o seu tempo útil para ouvir o povo nas ruas e passar impressões dos lugares que visita.
Neste momento ele se encontra na Venezuela.
Transcreve diariamente as impressões, diálogos e investigações que está realizando naquele país, tentando entendê-lo, a seu modo é claro, mas para nós com uma grande vantagem: não é o modo da grande mídia! É o modo do cidadão decente, pronto a ouvir a todos, a pensar e a compartilhar as informações obtidas.
Para quem deseja saber mais sobre a Venezuela, mas diferentemente do que noticia a Veja, O Globo, O Estadão e o resto, ler o que escreve Eduardo Guimarães é dever inescapável.