4.7.08

O Estado refém do monopólio privado

Demorou!
Ontem São Paulo viveu uma pane no sistema de Internet da empresa Telefônica. Clique aqui para ler mais sobre isso.
Uai, mas não é só o setor público que não funciona? Cadê os neoliberais, defensores da perfeição do deus mercado?
Serviços públicos, bancos, empresas, além de residências, ficaram sem o serviço ao longo do dia.
Delegacias de Polícia tiveram que recorrer à velha e boa bic, já a NossaCaixa, banco estatal, ficou fora do “ar", o mesmo acontecendo com várias agências lotéricas e serviços de vários bancos.
O Estado tornou-se refém de um monopólio privado. É inconcebível que um governo, ainda mais do estado mais rico da federação, seja prisioneiro de uma empresa estrangeira num setor essencial para a população.
Já imaginaram se “El Rey” resolve dizer um “por que não te calas” ao estado de São Paulo? Ainda mais, se passasse da retórica à ação, usando o poder monopolista da empresa espanhola que controla a telefonia fixa e boa parte da Internet no estado?
Para minha felicidade consegui escapar das garras infames desta empresa. Senti-me um consumidor realizado, quase de primeiro mundo, quando pude, finalmente, trocar esta porcaria por outra empresa, de acordo com meu desejo.

Um comentário:

Renato Couto disse...

Professor, venho ao seu blog, direto das "páginas" do Jean Scharlau, leitura quase diária (e lúcida), permita-me a reflexão: Temo no caso das teles, óbvia situação de Oligopólio (poucas empresas, único produto-ou substitutos próximos, preços semelhantes, etc...), mas lembremos da ineficiência do Estado, quando esta sim, tinha Monopólio da exploração da telefônia, o quanto custava uma linha telefônica, negociada a peso de ouro anos atrás com o agravante da total incapacidade operacional da mesma...Então professor, para jogar lenha na fogueira, o que é melhor, neste caso? A ineficiência do Monopólio do Estado ou o Oligopólio destas Multinacionais?
Abraços