15.1.09

Alguns equívocos do governo Lula

A mídia ataca o governo por puro preconceito de classe!
As críticas que merecem ser feitas são ignoradas sistematicamente.
Vejamos alguns tópicos interessantes:

Acordo com o Vaticano
Lula esteve recentemente com o Papa e assinou um acordo que interfere na vida republicana ao determinar o ensino religioso, por exemplo.
A BBCBrasil noticiou o encontro e mencionou, ainda que brevemente, o Acordo Brasil - Santa Sé. Clique aqui para ler a BBC e aqui para ler o acordo assinado. Outros órgãos da grande mídia preocuparam-se mais com detalhes sem nenhuma importância.
Chama-me a atenção o artigo 11º do referido acordo:
“Artigo 11
A República Federativa do Brasil, em observância ao direito de liberdade religiosa, da diversidade cultural e da pluralidade confessional do País, respeita a importância do ensino religioso em vista da formação integral da pessoa.
§1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação.”
O acordo nesses termos hierarquiza as religiões, dando importância maior à Católica, coisa que não cabe ao Estado laico. Também não cabe às religiões ministrar coisa alguma na escola pública.

Exoneração do delegado Paulo Lacerda da ABIN
Paulo Lacerda fez da Polícia Federal um órgão respeitado e colocou ordem na casa. Na ABIN caminhava para uma profissionalização da antiga arapongagem do SNI.
Foi envolvido numa mentira costurada por Gilmar Mendes, o todo poderoso presidente do Supremo e pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, amparados pela Revista Veja e por boa parte da grande mídia.
O Ministro mentiroso continua no cargo e Paulo Lacerda foi “promovido” para um cargo inexistente de adido policial em Portugal.

Fusão BrT Oi
Com raras exceções, como Estadão, a mídia conservadora ignorou essa fusão, no mínimo estranha.
Ela envolve empresa doadora de recursos milionários (legais) para as campanhas petistas, embora também tenha doado para outros partidos e uma sociedade com o filho do presidente Lula.
Para que a fusão fosse feita a ANATEL alterou a regulamentação do setor a toque de caixa.
De quebra o governo resolveu um impasse de maneira favorável ao grupo do Daniel Dantas.
Leiam aqui as críticas à fusão (que não deu no Jornal Nacional e nem foi capa de Veja):
Todos pela BrOi
A BrOi vai beneficiar quem?
A revista CartaCapital, o site Teletime e o site Conversa Afiada – do Paulo Henrique Amorim – dedicaram bastante espaço aos estranhamentos dessa fusão.

Por enquanto isso, no correr da semana vamos lembrar mais temas para críticas justas e corretas, que precisam ser feitas e a grande imprensa não se dá ao trabalho.

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