25.4.09

A Folha de S. Paulo aderiu ao padrão Veja de contar a sua "verdade"

Recentemente a Folha de S.Paulo reproduziu uma ficha da ministra Dilma como se fosse um documento do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) - temido órgão da repressão que muito atuou na Ditadura Militar.
Soube-se depois que o documento não era verdadeiro.
O jornal teve uma atitude sensata, mas, como no epsiódio da "ditabranda", não reconheceu o erro por completo. Leiam o trecho de matéria da Folha de hoje sobre o acontecido:

"Autenticidade de ficha de Dilma não é provada
Folha tratou como autêntico documento, recebido por e-mail, com lista de ações armadas atribuídas à ministra da Casa Civil

Reportagem reconstituiu participação de Dilma em atos do grupo terrorista VAR-Palmares, que lutou contra a ditadura militar

DA SUCURSAL DO RIO

A Folha cometeu dois erros na edição do dia 5 de abril, ao publicar a reprodução de uma ficha criminal relatando a participação da hoje ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no planejamento ou na execução de ações armadas contra a ditadura militar (1964-85).
O primeiro erro foi afirmar na Primeira Página que a origem da ficha era o "arquivo [do] Dops". Na verdade, o jornal recebeu a imagem por e-mail. O segundo erro foi tratar como autêntica uma ficha cuja autenticidade, pelas informações hoje disponíveis, não pode ser assegurada -bem como não pode ser descartada.
A ficha datilografada em papel em tom amarelo foi publicada na íntegra na página A10 e em parte na Primeira Página, acompanhada de texto intitulado "Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto". "
Quer dizer: não temos prova de que seja verdadeira, mas também não temos prova de que seja falsa.
Então publique-se assim mesmo e danem-se os fatos e os leitores!
O descaramento não tem limite!

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