10.9.22

Imbrochável!

Durante a ditadura cívico-militar tivemos generais boçais ocuparantes da cadeira de presidente da república que preferiam o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo.

Veio a redemocratização e com ela o governo Sarney. Diga o que quiser sobre ele e suas jequices, mas ele sabia respeitar a liturgia do cargo. Não me ocorre lembrança dele desrespeitar uma autoridade estrangeira ou falar barbaridades em seus pronunciamentos.

Depois veio o Fernando Collor, que durante a campanha eleitoral afirmou que tinha “aquilo roxo”. Vergonha alheia, mas que caiu como uma luva para o eleitorado dele, machista e necessitado de permanente autoafirmação.

A propósito, presenciei uma discussão num ônibus e o machão briguento afirmou para o cobrador que tinha aquilo roxo. Um gaiato, no fundo do ônibus gritou: então corta, porque gangrenou!

Com o impeachment do caçador de marajás, vice-rei de Alagoas, assumiu a presidência da república o Itamar Franco, que ficou famoso por três coisas: ressuscitar o Fusca, criar o plano Real e ir ao camarote presidencial no carnaval acompanhado por uma modelo com a perereca exposta.

Com FHC, Lula e Dilma a sexualidade dos presidentes parou de ser manchete de jornais, mas voltou com o golpista Temer, que teve seu tratamento de uretra mostrado em horário nobre e sua virilidade elogiada por Roberto Jefferson, que afirmou que só num homem viril seria possível tal doença.

Mas eis que surge o boçal maior da República. O atual (des)presidente, que sempre cantou suas “virtudes sexuais” em entrevistas, fossem elas com as galinhas na tenra infância ou como comedor de gente com dinheiro público, usa o 7 de setembro para afirmar - sem que ninguém tivesse perguntado -, sua imbrochabilidade!

 O desqualificado que ocupa a cadeira da Presidência da República não se cansa de dar vexames, desde os mais graves, como a demora na aquisição de vacinas e a compra de107 imóveis, alguns deles em dinheiro vivo, até esse coro digno da 5ª Série A, dizendo-se imbrochável.

Fico imaginando a dificuldade da imprensa estrangeira em explicar para o seu público leitor o significado da expressão e a importância dela nas comemorações dos 200 anos de Independência do país.

Parece que não há limites para o fundo do poço!

Nenhum comentário: