A ESPN Brasil apresentou no programa Bom dia Pequim, faz alguns minutos, uma excelente matéria sobre o judoca Eduardo Santos, que chegou muito perto de uma medalha de bronze no dia de hoje.
Mostrou sua família, sua casa e sua luta para prosseguir no esporte.
José Trajano ao chamar a matéria, mostrou, como sempre, sua indignação com a estrutura política do nosso país, com a ausência de práticas esportivas como meio educacional, massivas e de qualidade, com as roubalheiras dos cartolas de sempre e com o deslumbramento do ministro dos Esportes, além da inutilidade do Ministério dos Esportes, para minha decepção nicho (ou curral?) político do PC do B.
Este moço, Eduardo Santos, é um herói! O choro e as declarações que ele deu após sua eliminação, numa decisão para lá de polêmica, diga-se de passagem, ficarão como o grande momento desses Jogos.
Mais do que perder a chance da medalha de bronze ele mostrou quem é o "brasileiro que não desiste nunca".
Eduardo Santos deveria ser recebido nos palácios com todas as honrarias possíveis!
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Um comentário:
Professor: Acompanhei a luta do Eduardo, hoje de manhã. Deu pra ver sua garra. Ele exalava sua determinação. Ainda não sabia sua história...Eu sei o quanto é caro para "ganhar" a faixa preta, ganhar não, conquistar, pois os exames não são fáceis, não mensuram toda a sua vida como lutador, mas "aquele" seu determinado momento e condição física e técnica. Mas o "caro" para o Eduardo não foi só isso (só?), foi também o financeiro, pois a faixa preta de Eduardo custou mil reais e imaginemos a dificuldade, para alguém de origem humilde, dispor desta quantia...Isso sem contar alimentação e tantos outros gastos, indispensáveis para quem quer se manter como atleta de ponta. Pois Eduardo teve que "amargar" sua faixa marrom, muito tempo, mesmo tendo condições de já ser "preta", por conta de não poder pagar a sua graduação. Não que a cobrança seja injusta, afinal, é o ponto final, na relação de dependência financeira entre aluno e professor, além de que haverá a partir daquele momento de graduação, mais um "concorrente". Não estou por dentro dos meandros da Federação de Judô, mas todos nós sabemos da importância de ídolos no esporte, para essa gurizada onde o chefe do tráfico ou da milícia são hoje a expressão do sucesso. Assim, a necessidade (como mesmo disse)de massificar a prática esportiva...Lembrei agora (se me deixar falar de esporte, principalmente de lutas, não paro) de Teófilo Stevenson, um cubano, segundo muitos, o maior pugilista peso pesado que já houve, ao qual ofereceram milhões, para se tornar profissional e abandonar Cuba. Teófilo nunca foi, argumentava que preferia ensinar boxe em Cuba e servir como exemplo...Como grande apreciador de lutas, não afirmo que Stevenson foi o maior lutador que houve, pois Ali, Sugar Ray, Éder Jofre e o próprio Tyson, como pugilistas, foram impressionantes, mas como homem, Teófilo Stvenson foi um dos grandes, mostrando que seu boxe, sua luta, estava acima da mesquinhez...Mas estavamos falando do Eduardo e o que eu queria dizer, é que com toda minha restrição a economia cubana, bato palmas para sua política de esportes...
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