Em 1999, num dia como hoje de muito calor e sol escaldante,
fomos para a maternidade, Ana Lúcia e eu , numa ansiedade, misturada com medo,
pela expectativa da chegada de nosso filho.
Depois de alguns alarmes falsos ele veio a este mundão
trazer muitas alegrias e algumas preocupações também.
Naquele
momento, quando aquele “pequeno repolho”, com uma cabeça enorme, saiu da sala
de parto e foi exibido a nós, estavam na antessala, o tio Anselmo, a vovó Dalva
e eu, que nem sabia o que dizer.
Só pensava em como fazê-lo feliz, mesmo sabendo que isso
não seria possível o tempo todo. Ou ainda em como ser um excelente pai, mas
lembrei que não tinha um curso para isso, embora o hospital escolhido tenha
oferecido um curso nesse sentido, mas o lanche era bem melhor do que o curso.
O médico veio até mim dizer que o parto tinha corrido bem,
embora tivesse sido “2 em 1”, foi feita toda a preparação para o parto normal,
mas na “hora h” o rapaz em questão resolveu olhar na direção errada e o médico
teve que tomar a decisão pela cesariana.
Veio o primeiro susto, ele deveria ir para a isolete
neonatal, acho que é esse o nome e talvez não voltasse pra casa conosco. Mas
foi só um susto e dois dias depois fomos para casa, levados pelo camarada
Edílson, que o presenteou com o primeiro uniforme do Timão (o segundo veio do
Maurício).
E pensar que isso tudo já faz 24 anos!
Vieram então as etapas escolares, com uma pré-escola
maravilhosa, que demoramos a acertar, com o Fundamental I feito na escola na qual
eu lecionava, depois o Fundamental II, quando mudamos de escola e o Ensino
Médio.
Para alegria da família ele foi aprovado no Instituto Federal,
na ETEC e no Liceu de Artes e Ofícios. Era o tempo que ele dizia querer fazer
arquitetura, então escolheu o Liceu.
Momentos tensos, quando por desencontros, entre as expectativas
e o ensino oferecido, fizeram com que ele desistisse da Arquitetura.
Depois de várias agruras veio a decisão difícil: o que
fazer no ensino superior?
Escolheu engenharia biotecnológica, unindo as exatas com a
biologia.
Falta um ano para terminar o curso.
Neste ano iniciou sua trajetória profissional ao ser
aprovado no concurso para desenhista na prefeitura da cidade na qual mora e
estuda.
Nós o amamos.
Não sabemos o quanto acertamos e o quanto erramos na sua
educação, mas hoje ele pode caminhar sozinho.
É uma pessoa despida de preconceitos, solidário, companheiro,
e, para mim o essencial: um cidadão consciente, que pensa sempre naqueles não cuidados pela sociedade.
Ainda por cima corintiano!
Penso que, para finalizar, só nos cabe deixar aqui uma
declaração bastante simples:
NÓS TE AMAMOS MUITO!
Que faça as escolhas certas e, se errar, estaremos aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário