15.5.24

Rio Grande do Sul: quem é responsável? (Parte II)

Então está claro que temos responsáveis, por despreparo ou por ideologia, de prefeitos e governador do Estado, além, obviamente, do sistema.

Vamos colocar exemplos, que foram estampados na mídia, de questões que combinam o neoliberalismo com questões do cotidiano da população.

O primeiro exemplo vem de Eldorado do Sul, onde o prefeito Ernani Gonçalves(PDT) terraplanou um terreno de Área de Proteção Ambiental (APA), às margens do rio Jacuí, obra realizada por uma empresa da família do prefeito.


Fonte: ICL Notícias – 15/05/24

Um crime que cometido nesse local contribui imensamente para a enchente no município e em toda a região. Não é culpa exclusiva, mas ofereceu contribuição decisiva para o conjunto da obra.

Outro exemplo gritante é o de Porto Alegre.

De acordo com o jornal Sul 21 os “ex-diretores do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), do extinto Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) e da recém-privatizada Corsan  em conjunto com outros especialistas na área, assinam um manifesto em que sugerem uma série de medidas a serem adotadas para reforçar o Sistema de Proteção Contra Inundações de Porto Alegre e facilitar o processo de vazão da atual inundação que atinge a cidade. Na abertura do manifesto, os signatários defendem que o atual sistema é “robusto, eficiente e fácil de operar e manter”, mas que não está operando adequadamente pela falta de manutenção.”

Podemos deduzir que o sistema não funcionou por obsolescência e por descaso da administração municipal.


Porto Alegre inundada pelas águas do Guaíba. Foto: Isabelle Rieger/Sul21 – 14/05/24

Já no que diz respeito ao governo do Estado vimos ontem (14) um pronunciamento confuso do governador, afirmando que as doações, de certa forma, atrapalham o comércio local.

Reparem, a população do Rio Grande do Sul depende das doações que chegam do país e até do exterior, para sobreviver. São toneladas de alimentos, roupas, água, cobertores etc. e o governador faz esse tipo de alerta. O que será que ele espera que aconteça a partir daí?

A mensagem parece clara: não doem mais nada, comprem do comércio local, mesmo que ele esteja destruído e embaixo d’água.


“X” – 14/05/24.

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