Faz tempo que a mídia nativa vem buscando uma “3ª Via” na
tentativa de derrubar Lula e um projeto de centro-esquerda para o país.
Esse esforço da mídia e o equívoco da pouca atenção estratégica às eleições legislativas vem forçando uma composição cada vez mais a direita por parte do PT e do seu candidato.
Para refrescar a memória, tivemos Collor de Mello – o caçador
de marajás –, depois Lula derrotou José Serra, dando início a um período de
polarização entre PT e PSDB, marcando uma derrota ímpar da mídia hegemônica que
se dividiu.
Na reeleição de 2006 houve maior equilíbrio por parte da
mídia, pois o Lula não se mostrou tão feio assim no primeiro mandato, embora
cercado pelo escândalo do chamado mensalão, ainda assim a eleição foi decidida
no segundo turno, com Lula obtendo pouco mais de 60% dos votos no segundo turno
derrotando o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
Quando Lula indicou Dilma para sua sucessão a mídia resolveu
se mexer e escolheu José Serra como a melhor opção para o Brasil. Foi ungido
como a melhor alternativa para o Brasil pós Lula. Não deu certo. Dilma venceu
com 55% dos votos válidos.
Para a sucessão de Dilma a mídia resolveu mudar de assunto, mas não muito e buscou uma alternativa dentro do PSDB mesmo, o herdeiro de Trancredo Neves foi o escolhido e o nomde de Aécio Neves passa a fazer parte do cenário nacional.
Também não deu certo. Dilma venceu com 51,5% dos votos e
Aécio deu voz a necessidade de impossibilitar um novo governo do PT. Acabou aí
a convivência civilizada da polarização até então existente.
Apoiado por um Congresso horrível, que só perde para o
atual, Eduardo Cunha começou com as pautas bombas, inviabilizando de fato o governo,
levando ao impeachment da presidenta.
Veio o Temer, seguido por Bolsonaro e, depois de 2022, Lula
voltou. Novamente num governo de frente ampla, tendo que recorrer ao
fisiologismo do Congresso, com o agravamento da conquista de parte importante
do Orçamento da União por parte dos senhores deputados e senadores.
Todos esses momentos apresentaram um dado em comum: o pavor
das elites conservadoras ao Lula e a busca, às vezes desesperadas, por uma
alternativa democrática de direita!
Embora ainda faltem mais de 2 anos para a próxima eleição
presidencial a cena se repete: a direita busca um representante “confiável”,
perfumado e que saiba usar talheres à mesa.
O nome da vez é o governador de São Paulo Tarcísio de
Freitas. O governador que não sabe andar pela capital de São Paulo, que nunca
morou em São Paulo e que foi escolhido pelo povo paulista como seu governador.
Bolsonarista moderado, como a mídia quer vende-lo, não
existe! Se é bolsonarista, por definição, não pode ser moderado.
Será que a imprensa corporativa vai cometer esse equívoco novamente?
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