https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d0/Bacias-hidrograficas.jpg/950px-Bacias-hidrograficas.jpg?20180910014339
Neste momento o mais importante é a solidariedade e o
socorro às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
No entanto, não podemos e não devemos partidarizar as
discussões, mas isso não significa não politizar tais questões. A discussão
política e, particularmente, de políticas públicas envolvendo as questões ambientais
e de prevenção aos desastres é fundamental.
É muito difícil hierarquizar os problemas envolvidos, por
isso escolhi, em primeiro lugar, os responsáveis diretos pelo socorro em
primeira mão: os prefeitos e prefeitas.
Atuam na ponta, em contato direto com a comunidade e
respondem por elementos fundamentais, como podemos observar pelo caso de Porto
Alegre, com as comportas de contenção do Guaíba enferrujadas e sem manutenção
adequada.
Some-se a isso a incapacidade de lidar com o fenômeno
apresentado, até por não ser esse primeiro episódio de enchentes monumentais,
não faz um ano que aconteceu algo muito semelhante.
Ficando ainda com o caso de Porto Alegre vimos um show de
incapacidade técnica, liderança e despreparo do prefeito.
Isso se repetiu, em maior ou menor grau, em todos os
municípios afetados pelas enchentes.
Depois temos o governo estadual, que cuidou de mutilar as
leis ambientais do Estado, advogando em prol do agronegócio e da especulação imobiliária,
que, sedentos de lucros, ignoraram a ciência completamente.
Outra característica desse governo foi o total desprezo aos
movimentos sociais, dentre eles os ambientalistas.
Nesse campo temos que responsabilizar também o legislativo
estadual, que, com as honrosas exceções dos partidos de esquerda, cuidaram de
apoiar o governador e buscar apoio aos grandes latifundiários das suas bases
eleitorais, financiadores de suas campanhas.
Falta ainda a fatia que cabe ao Congresso Nacional, com
destaque para a direita e extrema-direita, que sempre coloca à frente os
interesses da economia em detrimento dos seres humanos.
Nesse sentido temos assistido a deputados e senadores mais
preocupados em lacrar na Internet do que em aprovar leis que beneficiem a
população.
Na ponta disso tudo temos os eleitores, que se deixaram
levar pelas fakenews e caíram na conversa do estado mínimo, criando no seu
imaginário que tudo que é público é ruim e o setor privado tudo resolve.
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