16.5.24

Rio Grande do Sul: quem é responsável? (Parte III)

"A natureza não deve ser nossa inimiga. Cabe, portanto, reestabelecer uma relação harmônica, visando o bem-estar da população e um meio geográfico adequado. No nosso país urge, igualmente, reduzir as desigualdades econômicas, pois os mais pobres são geralmente os mais afetados pela crise ambiental.”

Geografia: uma possibilidade de saída para a crise que enfrentamos

Esse trecho da carta aberta da comunidade de professores do Departamento de Geografia da UFRGS sobre a calamidade climática de maio de 2024, publicada em 10/05/2024, pode ser considerado um guia para orientar os políticos do Rio Grande do Sul e do Brasil, desde que passem a confiar na ciência e levem a sério a construção de um projeto de nação que abarque todos os brasileiros e os que aqui vivem.

Também ressalta a importância de resolvermos a crise ambiental, de forma urgente.

Precisamos atentar que tal crise climática é fruto de uma sociedade de consumo sem limites e da consequente busca incessante do lucro.

Fonte: Mídia Ninja - Crise Climática ocasiona maior enchente do Rio Grande do Sul • 14/05/2024 • Porto Alegre (RS)


Precisamos de regramentos econômicos que , primordialmente, se preocupem com a vida humana, por isso a necessidade de não apoiar, como se faz hoje, o agronegócio, mas sim a agroecologia.

Mas como fazer isso com um Congresso como esse que elegemos? Como fazer isso num governo de coalisão, no qual o dito Congresso se apropriou do Orçamento da União. E pior: como retirar da administração pública pessoas tão ruins e pessimamente preparadas?

No episódio que ocorre no Rio Grande do Sul, mas não só, há um show de horrores. Vereador propondo retirar a cobertura vegetal, alegando que o peso das árvores faz com que haja queda de barreiras, prefeito que não aparece na cena da catástrofe, governador que elabora mensagem para barrar a solidariedade do país para com o seu povo...

Esse, pelo menos, pediu desculpas pelas bobagens proferidas.


O jornal Congresso em foco fez uma matéria elencando 28 medidas que tramitam no Congresso prejudiciais ao ambiente, dentre elas uma “reforma” no Código Florestal e o auto licenciamento ambiental. O que já é ruim vai piorar muito!


Podemos dizer, sem medo de errar, que dentro do capitalismo não resolveremos essa crise e as outras que virão.

 

 

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