13.2.09

Oportunistas estão sobrando no ensino superior privado

Recebi a correnspondência abaixo de uma ex-aluna do Cursinho da Poli. Percebe-se a diluição do encanto com o curso escolhido em razão da picaretagem protagonizada pelos mantenedores da instituição.
É um pena!
O que faz o MEC com relação a esse descalabro?
Olá, Toni.
Talvez eu não tenha lhe contado a novidade: acabo de entrar nas faculdades integradas Teresa Martin – atual UNIESP, no primeiro semestre do curso de licenciatura em História.
Encontrei por lá um corpo docente de muita qualidade. São competentes professores que, como descobri sem muita surpresa, têm de lecionar da melhor forma possível em uma instituição que se mostra puramente privada e de uma administração desrespeitosa para com todos os alunos.
A instituição está prestes a tomar decisões que afetam negativamente os cursos de História e Geografia em especial, mas também outros cursos como Biologia e Pedagogia.
Uma destas decisões é a unificação de semestres que, se implementada, reduzirá a qualidade e colocará em jogo todo um projeto pedagógico construído já em 2006.
Os professores que adotarem a tarefa de dar aulas a turmas unificadas terão de escolher entre não repetir os conteúdos para alguns e deixar que outros percam o fio da meada em disciplinas fundamentais no curso.
Como já disse, estou no curso de licenciatura.
Honestamente, não sei se um dia darei aulas de fato – decisão que só cabe a mim.
Por outro lado, um curso que pretende formar futuros professores não pode oferecer um ensino confuso por conta de interesses administrativos e, justificando-se através de "crises econômicas".
O que a instituição UNIESP pretende fazer é de uma tamanha IRRESPONSABILIDADE SOCIAL, sem qualquer sensibilidade e espaço de participação-comunicação-discussão entre diretoria/aluno na tomada de decisões disciplinares que afetam completamente os próprios alunos e o futuro da educação.
Profissionais da educação mal formados SÓ perpetuarão o ensino de baixa qualidade das escolas.
Outra decisão é a inclusão de 20% dos cursos em EAD, o que já seria ruim o bastante caso uma das disciplinas inclusas no ensino à distância não fosse História da África que, dentro da realidade em que vivemos, é de extrema importância em qualquer nível da nossa sociedade.
Por conta desta situação, os alunos da instiuição UNIESP se manifestarão nesta segunda-feira, 16/02, em frente ao prédio da UNIESP (Conselheiro Crispiniano – Centro de São Paulo), defendendo também a manutenção do corpo docente e a manutenção do quadro do curso sequencial para o qual fomos matriculados, preservando um ensino claro e de futuras intervenções positivas na sociedade através de profissionais da educação.
Esta mensagem é para você, enquanto professor que tem meu profundo respeito, ser informado sobre esta manifestação e descontentamento dos estudantes – dentre eles, eu mesma.
Se puder, compareça na segunda-feira – desde às sete e meia da manhã estaremos lá – ou divulgue.
Grande abraço!

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