18.11.06

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra

Segunda-feira, dia 20 de novembro é feriado municipal em São Paulo. Dia da Consciência Negra.
Um dia reservado para a reflexão da nossa sociedade sobre o prejuízo que causamos aos negros com a escravidão e com o racismo, acobertado pelo mito da “democracia racial”.
Na revista Caros Amigos deste mês a ministra chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, concede brilhante entrevista tratando da questão racial no Brasil.

(Clique aqui para ler um trecho disponível no site).
Ainda na Caros Amigos, mas no menu “Só no site” temos um excelente artigo, Zumbi e o feriado (clique no título para ler a matéria), uma verdadeira aula de história, principalmente para aqueles que pensam a nossa nação formada por europeus apenas ou predominantemente.

4 comentários:

Edu Fonseca disse...

Toni,
dia da consciência negra! Dia da consciência...
cons...
ciência!
Além da consciência acerca dos quase 400 anos de escravidão, de preconceito, intolerância...
Além da consciência das condições de trabalho... que perduram e mantem inalteradas as estruturas de um passado colonial, ainda vicejantes.
Consciência, de que existiu alguém, Zumbi, que nasceu livre e foi escravizado...
astuto, estrategista... derrotado e traido.
Mas, alguns acham que sequer existiu!
Não importa! O simples fato de colocarem a sua existência em duvida já exige reflexão... não a ideal mas, já é um começo!

Prof Toni disse...

Pois é meu amigo e tem gente que ainda acha que o país é uma "democracia racial". Dizem ainda que quem está a plantar o rascimo são as minorias, negros por exemplo, com essa "mania" de se afirmar...

Anônimo disse...

É, corro o risco de ser apedrejada, mas me ocorre o seguinte raciocínio: sim, é preciso que a gente pare para pensar no quanto colocamos em desvantagem nossos semelhantes, como se numa corrida de 100 metros colocássemos duas pessoas 50 metros à frente e depois dissessemos: a largada será ao mesmo tempo para todos vocês, isso é democracia. Enfim, a reflexão é necessária, o que não é necessário, é o ódio disfarçado de orgulho, venha ele de onde vier, porque essa exaltação, esse separatismo, do tipo: eu sou 100% negro, sai de perto de mim seu branquelo! - é algo que gera hostilidade e caminha para uma igualdade social nos moldes estadunidenses. A exaltação de uma raça em detrimento de outra, seja ela qual for, soa aos meus ouvidos como um sussurro nazista, se é que posso usar esse termo. O orgulho de ser um indivíduo culturalmente rico, que cultiva suas raizes e que luta pelos seus direitos é muito diferente do ódio crescente entre as pessoas negras que não toleram que seus filhos namorem um indivíduo branco (e isso existe, acredite!). Essa história é tão complexa que chega a dar um nó na minha cabeça... por isso fico sempre em cima do muro quando surge discussões sobre cotas raciais. Será que o caminho é esse? Será que não há um meio mais humano e mais amável, no sentido de abraçarmos uns aos outros com vontade de ajudar e não de simplesmente solucionar parcialmente um problema pra calar a boca de quem reclama??? É isso.

Prof Toni disse...

Moça, as marcas são tantas e tão profundas que fica difícil, para nós que somos brancos, estabelecermos juízos definitivos. Só mesmo quem sentiu na pele, quem tem a noção histórica do que é ser negro, do que negar ser negro para ser simplesmente, que pode nos contar, sem pieguice, as mazelas do nosso rascismo.