2.3.07

Crescimento e desenvolvimento

O crescimento medíocre do PIB[1] brasileiro em 2006 só pode ser explicado pelos erros sucessivos do governo na condução de sua política monetária.
Os juros elevados atraem capital especulativo ao mesmo tempo em que afugentam os investimentos produtivos, além da maldita arbitragem[2] praticada pelos homens do dinheiro – muito dinheiro no caso.
Mais uma vez, como em 2005, nos aproximamos do Haiti com relação ao crescimento do PIB.
Devemos considerar, por outro lado, que o “crescimento econômico é um meio, não um fim”, no dizer do economista José Eli da Veiga[3].
Embora o PIB de 2006 seja uma insigficância não podemos tomá-lo como medida única da economia do país, sob pena de repetir os deslumbrados da atualidade, que vivem a repetir o número de computadores vendidos, carros fabricados e celulares dependurados pelo Brasil afora como sendo os mais reais, objetivos e magníficos sinais de desenvolvimento do país.
Como sou um completo ignorante com relação à economia só me resta confiar em boa parte dos economistas que leio: o governo tem que reduzir os juros!
Para atingirmos uma sociedade mais justa, pelo menos em alguns dos seus aspectos – educação, saúde, alimentação e moradia – precisamos gerar mais empregos e isso só com investimentos vigorosos.
Será que o PAC vai funcionar, mesmo com estes juros estratosféricos? Creio que não!


[1]PIB significa o valor total da produção de bens e serviços verificada dentro das fronteiras do país, em determinado período de tempo, sem considerar a nacionalidade dos que se apropriaram dessas rendas, sem descontar rendas eventualmente remetidas ao exterior e sem considerar as rendas provenientes do exterior. Daí o qualificativo produto ´interno´. Fonte: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6987

[2]Arbitragem - Consiste na venda/compra de valores mobiliários numa praça financeira e na sua aquisição/venda simultânea numa outra, de forma a aproveitar a diferença de cotação existente entre ambas as praças. O conceito teórico de arbitragem implica a inexistência de risco nesta estratégia, bem como a ausência de qualquer capital próprio envolvido. Na prática, é natural e possível que determinadas operações de arbitragem incorporem algum risco (embora muito reduzido) e envolvam algum capital próprio. Fonte: http://www.iapmei.pt/iapmei-gls-02.php?glsid=4&letra=A

[3]Veja entrevista no seguinte endereço: http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/entrevistas/index.php?id01=2164&lay=pde

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