Os juros elevados atraem capital especulativo ao mesmo tempo em que afugentam os investimentos produtivos, além da maldita arbitragem[2] praticada pelos homens do dinheiro – muito dinheiro no caso.
Mais uma vez, como em 2005, nos aproximamos do Haiti com relação ao crescimento do PIB.
Devemos considerar, por outro lado, que o “crescimento econômico é um meio, não um fim”, no dizer do economista José Eli da Veiga[3].
Embora o PIB de 2006 seja uma insigficância não podemos tomá-lo como medida única da economia do país, sob pena de repetir os deslumbrados da atualidade, que vivem a repetir o número de computadores vendidos, carros fabricados e celulares dependurados pelo Brasil afora como sendo os mais reais, objetivos e magníficos sinais de desenvolvimento do país.
Como sou um completo ignorante com relação à economia só me resta confiar em boa parte dos economistas que leio: o governo tem que reduzir os juros!
Para atingirmos uma sociedade mais justa, pelo menos em alguns dos seus aspectos – educação, saúde, alimentação e moradia – precisamos gerar mais empregos e isso só com investimentos vigorosos.
Será que o PAC vai funcionar, mesmo com estes juros estratosféricos? Creio que não!
[1]PIB significa o valor total da produção de bens e serviços verificada dentro das fronteiras do país, em determinado período de tempo, sem considerar a nacionalidade dos que se apropriaram dessas rendas, sem descontar rendas eventualmente remetidas ao exterior e sem considerar as rendas provenientes do exterior. Daí o qualificativo produto ´interno´. Fonte: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6987
[2]Arbitragem - Consiste na venda/compra de valores mobiliários numa praça financeira e na sua aquisição/venda simultânea numa outra, de forma a aproveitar a diferença de cotação existente entre ambas as praças. O conceito teórico de arbitragem implica a inexistência de risco nesta estratégia, bem como a ausência de qualquer capital próprio envolvido. Na prática, é natural e possível que determinadas operações de arbitragem incorporem algum risco (embora muito reduzido) e envolvam algum capital próprio. Fonte: http://www.iapmei.pt/iapmei-gls-02.php?glsid=4&letra=A
[3]Veja entrevista no seguinte endereço: http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/entrevistas/index.php?id01=2164&lay=pde
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