A era Fidel está se esgotando. O projeto natural para a transição é combinar controle político nas mãos do PC com reformas capitalistas, ao estilo chinês. Mas há uma alternativa, que se apóia nos ricos processos de mobilização social da América Latina
Carlos Gabetta
(Da edição argentina do Le Monde Diplomatique):
Todo o mundo se pergunta se haverá “transição” em Cuba e se acontecerá antes ou depois da morte de Fidel Castro. Os adversários da Revolução Cubana estão certos de que haverá. Acontecerá segundo as premissas capitalistas e, ao terminar, terá reconstruído o sistema, com todas as suas características clássicas.
Há também os que, como nós, entendem que o capitalismo já deu tudo de bom que poderia e agora só pode oferecer desigualdade, conflitos, destruição e opressão. Para esses, o problema continua sendo propor uma alternativa geral. Afinal, depois da experiência soviética, temos que rever tudo que entendemos por socialismo.
Durante anos, temos insistido em denunciar as agressões exteriores de todo o tipo a que a revolução cubana é submetida. Só a má-fé pode ignorar o papel que ataque e o bloqueio norte-americanos exercem sobre a evolução e o caráter do regime político, os problemas da economia e as recorrentes dificuldades de abastecimento da população.
Este texto está publicado no Le Monde Diplomatique, clique aqui e leia-o na íntegra.
Carlos Gabetta
(Da edição argentina do Le Monde Diplomatique):
Todo o mundo se pergunta se haverá “transição” em Cuba e se acontecerá antes ou depois da morte de Fidel Castro. Os adversários da Revolução Cubana estão certos de que haverá. Acontecerá segundo as premissas capitalistas e, ao terminar, terá reconstruído o sistema, com todas as suas características clássicas.
Há também os que, como nós, entendem que o capitalismo já deu tudo de bom que poderia e agora só pode oferecer desigualdade, conflitos, destruição e opressão. Para esses, o problema continua sendo propor uma alternativa geral. Afinal, depois da experiência soviética, temos que rever tudo que entendemos por socialismo.
Durante anos, temos insistido em denunciar as agressões exteriores de todo o tipo a que a revolução cubana é submetida. Só a má-fé pode ignorar o papel que ataque e o bloqueio norte-americanos exercem sobre a evolução e o caráter do regime político, os problemas da economia e as recorrentes dificuldades de abastecimento da população.
Este texto está publicado no Le Monde Diplomatique, clique aqui e leia-o na íntegra.
3 comentários:
Caro Prof. Toni,
A notícia de Larry Rohter reproduzida em seu blog e em outros websites é tão antiga quanto errada. Foi publicada pela primeira vez pela Folha de São Paulo há uma década. Comparando, aliás, o texto do NYT com o da Folha, de 1997, e outra notícia publicada no jornal Página 20, observam-se os mesmos erros, a mesma seqüência de informações, o mesmo formato.
Vamos aos fatos:
Em 1996, Hilton Pereira da Silva (hdasilva@acd.ufrj.br, jamais ouvido pelos jornalistas) acompanhava, na condição de antropólogo, uma equipe de cinegrafistas britânicos que filmavam um documentário entre os Karitiana. Entretanto, sendo ele também médico, viu-se diante de uma emergência e prestou atendimento aos índios. Tudo absolutamente conforme imperativos legais (art. 135 CP) e *éticos* (arts. 57, 58 Código de Ética Médica) de sua profissão.
Teve, entretanto, por dez anos, sua honra corroída pela má imprensa e por más autoridades, que o acusaram de ter vendido, através de laboratórios estado-unidenses, amostras de sangue Karitiana e Suruí.
Sem oportunidade de defesa, vítima de pré-julgamentos, o cientista, médico, biólogo, antropólogo era, em milhares de sites na internet, um* biopirata.*
Apenas em 28 de março de 2006, com o relatório final da CPI da Biopirataria, alguns equívocos espantosos começaram a ser publicamente esclarecidos: o sangue à venda fora coletado por pesquisadores norte-americanos *há vinte anos*, a trajetória deste material estava fartamente descrita em diversos artigos científicos, e as amostras vinham sendo vendidas *antes* do médico visitar a tribo Karitiana – e ele jamais esteve entre os Suruí –; era uma afronta à lógica espaço-temporal vincular Hilton à venda e um erro ainda mais danoso confundir atuação médica com promessas enganosas ou conduta ilegal.
Senhora Anna,
1) a senhora fez o comentário na postagem errada;
2) essa resposta parece ser padrão, com a mudança apenas do parágrafo inicial, o texto não explica ou explora a notícia;
3) o blog oferece espaço para artigo questionando a "matéria" do NYT.
prof toni
Caro,
1) Comentei na postagem mais recente de seu blog para que você pudesse ler a mensagem. Procurei um email seu, pessoal, para remeter o esclarecimento, mas não o encontrei;
2) O objetivo de meu comentário não é exatamente explicar a notícia - até pela limitação do espaço -; mas registrar uma difamação e reportar alguns erros. Deixo o email do envolvido para que você e qualquer leitor possam encaminhar suas perguntas e obter respostas específicas;
3) Outros esclarecimentos podem também ser encontrados em: http://www.abi.org.br/primeirapagina.asp?id=1424 e http://www.verbojuridico.net/doutrina/brasil/br_midiaelectronica.html, além de vários direitos de resposta concedidos na rede.
Att,
Anna Cruz de Araújo Pereira da Silva
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