5.6.07

Deu no Terra Magazine

Abaixo segue um trecho do texto do jornalista Bob Fernandes, do portal Terra Magazine, um dos textos mais envolventes da imprensa brasileira. Quando o leio, desde os tempos da CartaCapital é que percebo como foi acertado ter desistido do curso de jornalismo!
Como sempre ele dá show de “letras”. Caso queiram conferir a matéria na íntegra é só clicar aqui.


Venezuela: mídia e RCTV, hoje e no golpe de 2002
Terça, 5 de junho de 2007, 14h03
Bob Fernandes

No domingo, 10 de abril de 2002, a dupla de irlandeses estava no Forte Guaicapuro, a uma hora de Caracas, onde Chávez foi gravar o programa dominical de televisão, estatal, "Alô Presidente".
No início da madrugada da segunda-feira 11 de março, exatamente um mês antes do golpe de estado, tive as primeiras de mais de 30 horas de conversas gravadas com Hugo Chávez ao longo dos últimos 6 anos. Estas primeiras, na Sala de Despachos, Palácio Miraflores, de onde o presidente governa.
No total, incluindo-se entrevistas com seus mais próximos, são mais de 50 horas gravadas, além de ter à disposição mais de 180 horas com depoimentos de todos os grandes envolvidos no golpe e no contragolpe, figuras do governo e da oposição: generais, ministros, coronéis, almirantes, jornalistas, empresários...
Nestes dias de junho de 2007 (veja aqui), em que tantos se esforçam para alimentar uma batalha midiática, política e diplomática entre Chávez e Lula, Brasil e Venezuela, vale recordar o papel de alguns dos mais importantes personagens do golpe de estado e do contragolpe.
Dramático o enredo, com fatos e diálogos que já são, ou virão a ser, parte da história.
Para que se entenda a Venezuela um pouco mais é inescapável recordar o que narram ao menos alguns dos seus livros de história: algo como um terço da população teria morrido na Guerra de Libertação - contra a Espanha - no ínício do século XIX. Portanto, de raízes profundas a virulência política generalizada.
No brevíssimo, embora interminável, espaço de 47 horas entre 11 e 13 de abril de 2002, o presidente eleito foi deposto e preso, em seu lugar assumiu o presidente da Federação das Indústrias, Pedro Carmona Estanga, para em seguida assistir-se ao retorno de Chávez - depois de Pedro tomar posse e imediatamente fechar o Congresso.
Antes, durante e depois do golpe e do contragolpe, uma instituição e seus personagens ocupou a ribalta, à frente dos eventos: a mídia, a imprensa. E seus proprietários.
A mídia, a imprensa, instituição que lá, como cá ou alhures, se faz de quarto poder quando tantas vezes é o primeiro, primeiríssimo.
Na Venezuela, naqueles dias, eram quatro os principais canais abertos do país: Venevision, de Gustavo Cisneros, Globovision, de Alberto Federico Ravel, Televen, de Victor Ferrer, e a agora célebre RCTV, de Marcel Granier.

3 comentários:

Anônimo disse...

Toni vc já viu isto? se puder comenta alguma coisa gostaria de saber sua opinião:

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5825&language=pt

Prof Toni disse...

Nelson, um cara como Olavo de Carvalho que afirma que a Rede Globo está "tomada" por comunistas não merece ser levado a sério... Este site, Mídia sem Máscar e o outro, Escola sem Partido, são dois absurdos, não perco tempo com eles.

Prof Toni disse...

digo: Máscara