Deu na Agência Brasil: o Conselho Nacional de Educação aprovou mudanças no Ensino Médio!
Quais mudanças? Temo que nem eles, os sábios, saibam.
Estou irritado com a notícia. Tratam a educação com recursos de palanque.
Como sempre o acerto é feito “por cima”. Os agentes maiores das mudanças, os professores como este que vos escreve, são os últimos a saber.
Haverá um “boom” de consultores, aqueles que conhecem todos os caminhos, prontos a vender seus dons e adivinhações.
Que precisamos mudar os rumos da escola, isso é fato! Que as famílias precisam retomar alguns valores basilares da sociedade, como ética, cidadania e solidariedade também é fato! Que precisamos educar nossos jovens para a participação política também é verdade! Como fazer? Quem tem as respostas? Não deveríamos construí-las em sociedade?
Por fim cada Secretaria Estadual, ou Conselho, deverá dizer o que nós, os professores, deveremos fazer.
Bem, abaixo o texto da Agência Brasil, intercalado com meus comentários, em vermelho, é claro!
Conselho Nacional de Educação aprova reforma curricular do ensino médio
Amanda Cieglinski - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou hoje (30) a proposta de reforma curricular e organizacional do ensino médio que foi apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) em maio. O projeto chamado “ensino médio inovador” irá apoiar iniciativas das secretarias estaduais de educação para melhorar a qualidade do ensino oferecido e tornar a etapa mais atraente.
Como assim mais atraente? Quem determinará o que é “mais atraente”?
Segundo o conselheiro Mozart Neves Ramos, o CNE recebeu várias sugestões de entidades da sociedade civil que foram incorporadas ao projeto. O texto final deve ser divulgado até o fim da semana.
Que bom! Pelo menos eles dizem que não sabem o que dizer. Tem que mudar, como mudar, bem isso a gente resolve depois.
Os principais pontos da proposta apresentada pelo MEC não foram alterados. Entre eles está o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e uma reforma organizacional do currículo. O atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, será dividido em quatro eixos mais amplos (trabalho, ciência, tecnologia e cultura) para incentivar a interdisciplinaridade.
Como se alterações na nomenclatura fizesse a mágica acontecer! E a formação dos professores? As condições de trabalho?
“É importante agora implementar corretamente a proposta e trabalhar principalmente a formação do professor. É preciso que a universidade compreenda qual é a proposta e formar os professores para esse modelo”, apontou Neves.
Ou seja, a proposta está aí, agora nós formaremos os professores para executá-las! Diga-se que é uma proposta que nem sequer foi publicada! Será que essa galera conhece o país do qual falam? De qual universidade estão falando?
Hoje durante a tarde o CNE se reuniu com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) justamente para discutir a questão da formação.
Entendi! Haverá cursos de pós-graduação para todos os professores do ensino médio! Agora vai!
Outra mudança proposta pelo ministério é que os alunos tenham no mínimo 20% de disciplinas optativas dentro do currículo. Todas essas mudanças têm por objetivo tornar a escola mais atraente para o jovem. Pesquisas apontam que o atual modelo é considerado desinteressante, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.
Mas e os brasileiros que não chegam ao ensino médio? E esta anomalia, esse crime contra a juventude, chamado ensino noturno? E a galera que abandona a escola para trabalhar? Engordar a renda da família?
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, cabe à escola corresponder às expectativas do aluno e não o contrário. Segundo ele, o orçamento de 2010 destinará de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões para a proposta. “A partir do momento que nós superamos o gargalo do vestibular tradicional [com a criação do novo Enem], destravamos um processo de diversificação do ensino médio que já ocorre em vários estados”, avaliou.
Quais expectativas dos alunos? De todos? De qualquer aluno? É o típico discurso genérico! Quem garante que o novo ENEM não será o novo gargalo?
As secretarias de educação deverão responder a um edital que será divulgado pelo MEC para inscrever propostas inovadoras que “serão potencializadas com apoio federal”, disse o ministro. A ideia, segundo Haddad, é que essas experiências sejam disseminadas na rede. Inicialmente, o MEC vai financiar a implantação de projetos em 100 escolas.
Quais mudanças? Temo que nem eles, os sábios, saibam.
Estou irritado com a notícia. Tratam a educação com recursos de palanque.
Como sempre o acerto é feito “por cima”. Os agentes maiores das mudanças, os professores como este que vos escreve, são os últimos a saber.
Haverá um “boom” de consultores, aqueles que conhecem todos os caminhos, prontos a vender seus dons e adivinhações.
Que precisamos mudar os rumos da escola, isso é fato! Que as famílias precisam retomar alguns valores basilares da sociedade, como ética, cidadania e solidariedade também é fato! Que precisamos educar nossos jovens para a participação política também é verdade! Como fazer? Quem tem as respostas? Não deveríamos construí-las em sociedade?
Por fim cada Secretaria Estadual, ou Conselho, deverá dizer o que nós, os professores, deveremos fazer.
Bem, abaixo o texto da Agência Brasil, intercalado com meus comentários, em vermelho, é claro!
Conselho Nacional de Educação aprova reforma curricular do ensino médio
Amanda Cieglinski - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou hoje (30) a proposta de reforma curricular e organizacional do ensino médio que foi apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) em maio. O projeto chamado “ensino médio inovador” irá apoiar iniciativas das secretarias estaduais de educação para melhorar a qualidade do ensino oferecido e tornar a etapa mais atraente.
Como assim mais atraente? Quem determinará o que é “mais atraente”?
Segundo o conselheiro Mozart Neves Ramos, o CNE recebeu várias sugestões de entidades da sociedade civil que foram incorporadas ao projeto. O texto final deve ser divulgado até o fim da semana.
Que bom! Pelo menos eles dizem que não sabem o que dizer. Tem que mudar, como mudar, bem isso a gente resolve depois.
Os principais pontos da proposta apresentada pelo MEC não foram alterados. Entre eles está o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e uma reforma organizacional do currículo. O atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, será dividido em quatro eixos mais amplos (trabalho, ciência, tecnologia e cultura) para incentivar a interdisciplinaridade.
Como se alterações na nomenclatura fizesse a mágica acontecer! E a formação dos professores? As condições de trabalho?
“É importante agora implementar corretamente a proposta e trabalhar principalmente a formação do professor. É preciso que a universidade compreenda qual é a proposta e formar os professores para esse modelo”, apontou Neves.
Ou seja, a proposta está aí, agora nós formaremos os professores para executá-las! Diga-se que é uma proposta que nem sequer foi publicada! Será que essa galera conhece o país do qual falam? De qual universidade estão falando?
Hoje durante a tarde o CNE se reuniu com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) justamente para discutir a questão da formação.
Entendi! Haverá cursos de pós-graduação para todos os professores do ensino médio! Agora vai!
Outra mudança proposta pelo ministério é que os alunos tenham no mínimo 20% de disciplinas optativas dentro do currículo. Todas essas mudanças têm por objetivo tornar a escola mais atraente para o jovem. Pesquisas apontam que o atual modelo é considerado desinteressante, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.
Mas e os brasileiros que não chegam ao ensino médio? E esta anomalia, esse crime contra a juventude, chamado ensino noturno? E a galera que abandona a escola para trabalhar? Engordar a renda da família?
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, cabe à escola corresponder às expectativas do aluno e não o contrário. Segundo ele, o orçamento de 2010 destinará de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões para a proposta. “A partir do momento que nós superamos o gargalo do vestibular tradicional [com a criação do novo Enem], destravamos um processo de diversificação do ensino médio que já ocorre em vários estados”, avaliou.
Quais expectativas dos alunos? De todos? De qualquer aluno? É o típico discurso genérico! Quem garante que o novo ENEM não será o novo gargalo?
As secretarias de educação deverão responder a um edital que será divulgado pelo MEC para inscrever propostas inovadoras que “serão potencializadas com apoio federal”, disse o ministro. A ideia, segundo Haddad, é que essas experiências sejam disseminadas na rede. Inicialmente, o MEC vai financiar a implantação de projetos em 100 escolas.
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